domingo, 10 de junho de 2018

ARENGA 495


Alguém que se disponha a buscar nos livros o significado de ESTADO, vai se deparar com uma baboseira infernal. Coisas tipo assim: “O Estado deve ser concebido como educador” (Antonio Gramsci) – “A arte da guerra é de vital importância para o Estado” (San Tzu) – “Nenhum Estado maior que o Estado mínimo pode ser justificado” (Robert Nozick).

Ao se buscar conhecimento sobre POLÍTICA   depara-se com baboseira tipo assim: “O poder político vem do cano de um revólver” (Mao Tsé-tung) – “Somente os fracos acreditam que a política é um lugar de colaboração” (Gianfranco Miglio) – “Todos devem garantir que os ricos estejam felizes” (Noam Chomsky) “A guerra é a continuação da política por outros meios” (Carl von Clausewitz).

Buscar conhecimento sobre GOVERNO leva a baboseiras tipo assim: “O governo é jogado de um lado para outro, como uma bola” (Cícero) – “O governo evita a injustiça, menos a que ele mesmo comete” (Ibn Khaldun) – “Um governo Prudente não pode e não deve manter a sua palavra” (Nicolau Maquiavel). A fonte das baboseiras foi o Livro da Política, editora D K Penquin Random House.

A mais eficiente maneira de se compreender o que é e para que serve o Estado e a Política é meditar sobre a vida. Ao fazer isto, conclui-se tratar-se de algo muito simples. Primeiro se une um homem e uma mulher que procriam e formam uma família. A impossibilidade de viver uma família isolada das outras famílias resultantes da união de outros homens e outras mulheres obrigam-nas a se juntarem de modo a formarem grupos que se tornam maiores a cada nascimento. Sendo o ser humano incapaz de conviverem harmoniosamente, para que as desavenças das pessoas dentro do grupo não se tornem também maiores a ponto de inviabilizar a vida grupal, em determinado momento histórico o grupo decidiu criar um poder capaz de coibir as desavenças, e este poder é o Estado.

Quanto à Política, a observação da vida mostra ser ela a atividade do Estado através da qual exerce sua função de administrar o grupo dirimindo os conflitos e mantendo a ordem social.

Agora, se o Estado degenerou de tal forma que passou a exercer sua atividade em benefício dos seus mandatários que se autoproclamaram deuses que se mudaram do Monte Olimpo para suntuosos palácios sem dispensar a ambrosia e o néctar, cabe a esse grupo usar do mesmo raciocínio que o levou a concluir pela necessidade do Estado e encontrar a solução para o problema. Se o pão e circo deixar. Inté.

    

 

 

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