domingo, 3 de junho de 2018

ARENGA 493


O brasileiro é apontado lá fora como um povo tão ridículo que além de entregar a estrangeiros suas riquezas, a justiça atua ao contrário ao proteger os ladrões, garantir segurança particular a um presidiário que se encontra sob a guarda do Estado, além de automóvel e dois motoristas, o que dá a entender que por aqui o preso passeia de carro. Mas os brasileiros, assim como aqueles que os têm com justa razão na conta de uma espécie inferior, também são inferiores porquanto à humanidade não é permitido elevar-se acima da condição inferior e vil de povo. A manutenção do povo na eterna qualidade de povo é defendida a ferro e fogo por um punhadinho de imbecis que cavam a própria sepultura ao parasitar seus semelhantes tornando-os material humano com o qual fabricam suas montanhas de riqueza atrás das quais esperam erroneamente encontrar paz e tranquilidade. Caso estes monstros sociais tivessem na cabeça cérebro em lugar de esterco, uma vez que eles determinam o rumo que a humanidade deve seguir, teriam mudado o destino do mundo depois de ter Marx dito que os filósofos se limitaram a interpretar o mundo, mas o que é realmente necessário é modificar o mundo. De todas as observações já manifestadas sobre a humanidade, nenhuma delas contém um milionésimo da verdade e sabedoria expressas nesta afirmação. Para se perceber a necessidade de mudança no comportamento humano é suficiente observar a disparidade existente no fato de serem perseguidos e mortos todos aqueles que defenderam a ideia de que absolutamente todos os seres humanos devem ter direito de satisfazer suas necessidades. Ora, as pessoas que assim procedem, do ponto de vista da sociabilidade a que está ligada a humanidade, em vez de perseguição, deveriam ser elevados à condição de líderes porque a humanidade estará cada vez em piores condições enquanto for liderada por quem prega uma cultura que não considera o perigo existente na estupidez de ignorar o risco que existe em conviver imensa multidão de famintos ao lado de poucos Reis Midas, parasitas sociais com imensas barrigas, cartolas listradas e charuto na boca da qual escorre baba de dragão. Na última página do livro 1917, Ano Que Abalou o Mundo, livro de leitura chatíssima, há um pôster que por si só diz muito mais do que todo o texto enjoado do livro. Intitulado CAMARADA LÊNIN LIMPA O LIXO DO MUNDO, o pôster mostra o revolucionário Lênin com uma vassoura varrendo para fora do globo terrestre parasitas sociais como reis, banqueiros e representantes de Deus. No entanto, em função da inobservância da necessidade de se mudar o mundo como disse Marx, predomina na sociedade humana justamente a classe mais prejudicial à boa convivência entre os seres humanos e são escorraçados aqueles que lhe são contrários. Na página 466 do livro História da Raça Humana, de Henry Thomas, há a seguinte observação sobre o funeral de Giuzzepe Mazzine, um dos muitos líderes perseguidos, onde compareceram oitenta mil pessoas: “É um velho truque humano matar os profetas do mundo e depois venerar-lhes o cadáver”.

No que se refere à harmonia, povo algum saiu da condição de massa bruta posto que absolutamente todos optam pela desarmonia. Mesmo nos movimentos chamados revolucionários nos quais se procurou melhorar as condições de vida para o povo, os líderes de tais movimentos se desarmonizaram entre si que muitos deles foram levados à morte por outros. Os estúpidos seres humanos se emocionam diante de uma estátua, do quadro ridículo do Papa beijar o pé do desafortunado como meio de prevenir o infortúnio, de luxuosos templos onde vão se comunicar com um Deus inexistente, de espetáculos circenses, mas ouvem indiferentes de papagaios de microfone infindável baboseira sobre uma tal de economia que na verdade é uma astúcia urdida pela classe antissocial dos ricos donos do mundo. A finalidade da economia é arrancar da massa bruta de povo a pele para proteger as caixas-fortes dos infernos fiscais. É assim que caminha a humanidade rumo ao desastre, valorizando quem não tem valor algum e perseguindo quem o tem.
Como o pensamento ignora barreiras, Diferentemente da peleja entre Deus e o Diabo, criada pelos autores das histórias idiotas da bíblia, na qual se especulava sobre a lealda de Jó, na história de Fausto, criada por Goethe, a questão levantada era saber se realmente vale a pena nascer uma vez que se tem de morrer. Para o Diabo, seria melhor a não existência. Pessoalmente, eu votaria no Diabo porque se para os panacas frequentadores de igreja, onde por vezes encontram a morte, a existência teria a finalidade de selecionar os que mereciam dos que não mereciam ir para o lado de Deus, não há vantagem para nenhum dos dois lados uma vez que também os merecedores iriam ter uma vida mais do que chata de orar, jejuar e não ter um boteco onde prosear e tomar umas e outras. Inté.

   

 

 

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