Essa gente fanática por deus e outros que tais só podem pensar
que todos os demais não raciocinam ou não afirmariam o que afirmam. Na página 15
do livro Vigiar E Punir, de Michel Foucault, consta que os suplícios do pelourinho,
patíbulo, chicote e roda são prova da fraca influência da religião sobre o
espírito humano, e não falta quem aprove tanta bobagem porquanto tais suplícios
foram justamente aplicados pela instituição divina da Inquisição que por meio
deles matava pessoas para ficar com seus bens em nome de deus. Na
página 12 do livro A Lei, de Frédéric Bastiat, consta que a função da lei é
fazer que haja justiça. No entanto, são legais institutos imoralmente injustos porque
têm por finalidade burlar a justiça como Prescrição, Foro Privilegiado e
Imunidade Parlamentar. São instituições legais feitas objetivando
impunibilidade para delitos a serem praticados. Aí estão o Cabral, o Geddel
puxando a fila interminável de criminosos a mostrar para a juventude que roubar
no Brasil é um verdadeiro achado.
O ser humano não precisa viver sem tão mal. Basta
querer para poder viver sem os medos e sofrimentos de maioria evitáveis e que
tanto os infelicitam. Há milênios o rústico ser humano sentiu necessidade de
companhia e formou vida grupal no intuito de viver melhor. No entanto,
decorrido tanto tempo depois de perceberem a vantagem da vida em sociedade, por
maior absurdo que é, vem sendo deteriorada em vez de aperfeiçoada.
No livro DISCURSO SOBRE A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS
DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS, Mestre Rousseau afirma que os males humanos
começaram quando alguém cercou um pedaço de terra e se tornou dono dele e as
demais pessoas em vez de protestarem, concordaram. Isto dá o que pensar. Se
nenhum ser vivo vive sem comer, e se a comida vem da terra, para que a vida em
sociedade possa acontecer a terra de onde vem a comida não pode ser objeto de
propriedade privada, principalmente usurpada na mão grande como mostra o livro
O Partido da Terra, de Alceu Luis Castilho. E mestre Eduardo Moreira coloca a
pá de cal nesse assunto declarando na página 51 de Economia do Desejo que o mal
a que se referiu Rousseau teria sido
evitado caso as demais pessoas se recusassem a aceitar aquela primeira apropriação e derrubassem a
cerca que as privava de ter acesso àquele pedaço de chão, alegando que os
frutos da terra pertenciam a todos, mas que a terra não podia pertencer a
ninguém.
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