Afastando tudo aquilo
em que se acredita fica a dura realidade da verdade que nos diz ser de total
impossibilidade de um mínimo sequer de esperança de vida não sofrida também
para os seres humanos que tanto sofrimento causa às outras espécies animais. Aliás,
excluindo as fantasias, a raça humana é mais estúpida do que todas as outras
raças. Seu comportamento de destruir o meio ambiente é igual ao de quem estando
sentado num galho corta-o entre si e a árvore. Se as outras espécies maram para
viver, o ser humano também mata, e com uma perversidade de monstro como o
bezerro que ao nascer é colocado em uma gaiola, onde permanece preso por um ano
inteiro sem ter oportunidade de brincar como brincam saltitando e correndo como
fazem graciosamente os bezerros como sabe quem foi nascido e criado em fazenda
de gado. Causa revolta constatar ter por finalidade tamanha perversidade o
prazer de comer uma carne macia. Aos porcos, então, os bichos humanos lhes
cortam o focinho para evitar algum comportamento natural, mas que o criador não
deseja. Aos gansos é aplicado um tratamento que faz crescer de modo anormal o
fígado para que rodas alegres de monstros deliciem o “foie gras”.
Então, tirando fora as
mentiras que idiotas têm como verdade, o que é que sobra? Sobra a realidade de
ser o dinheiro o único poder que garante não só a qualidade de vida, mas a
própria vida. A invenção de deus, como toda falsidade, só ainda permanece em função
da esperteza entre aspas de poucos e a falta de esperteza de muitos que
acostumados às inverdades, recusam-se a encarar a verdade que é a seguinte:
Sendo o dinheiro que
nos garante bem-estar, encontra-se a humanidade na situação caótica de ver
impassivelmente todo o dinheiro do mundo escorrendo para as mãos de alguns
Midas com a força de uma correnteza de tempestade, deixando a ver navios uma
imensa multidão entretida com brincadeiras, resultando desta indiferença todo o
mal que aflige o mundo.