quarta-feira, 30 de abril de 2025

ARENGA 807

 

 

Afastando tudo aquilo em que se acredita fica a dura realidade da verdade que nos diz ser de total impossibilidade de um mínimo sequer de esperança de vida não sofrida também para os seres humanos que tanto sofrimento causa às outras espécies animais. Aliás, excluindo as fantasias, a raça humana é mais estúpida do que todas as outras raças. Seu comportamento de destruir o meio ambiente é igual ao de quem estando sentado num galho corta-o entre si e a árvore. Se as outras espécies maram para viver, o ser humano também mata, e com uma perversidade de monstro como o bezerro que ao nascer é colocado em uma gaiola, onde permanece preso por um ano inteiro sem ter oportunidade de brincar como brincam saltitando e correndo como fazem graciosamente os bezerros como sabe quem foi nascido e criado em fazenda de gado. Causa revolta constatar ter por finalidade tamanha perversidade o prazer de comer uma carne macia. Aos porcos, então, os bichos humanos lhes cortam o focinho para evitar algum comportamento natural, mas que o criador não deseja. Aos gansos é aplicado um tratamento que faz crescer de modo anormal o fígado para que rodas alegres de monstros deliciem o “foie gras”.

Então, tirando fora as mentiras que idiotas têm como verdade, o que é que sobra? Sobra a realidade de ser o dinheiro o único poder que garante não só a qualidade de vida, mas a própria vida. A invenção de deus, como toda falsidade, só ainda permanece em função da esperteza entre aspas de poucos e a falta de esperteza de muitos que acostumados às inverdades, recusam-se a encarar a verdade que é a seguinte:

Sendo o dinheiro que nos garante bem-estar, encontra-se a humanidade na situação caótica de ver impassivelmente todo o dinheiro do mundo escorrendo para as mãos de alguns Midas com a força de uma correnteza de tempestade, deixando a ver navios uma imensa multidão entretida com brincadeiras, resultando desta indiferença todo o mal que aflige o mundo.   

 

   

 

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