Sem maiores
cogitações e nem estudos a respeito, o modo como vive a humanidade denuncia uma
dose cavalar de estupidez. Podendo viver bem, não dá a mínima para a realidade
não só de viver mal, mas também para o fato de que esse mal é maior a cada dia.
Recursos materiais são as necessidades preponderantes para se viver bem como
mostra o jovem talentoso Eduardo Moreira, quando, para melhor entendimento do
que ensina, dá o exemplo de um grupo humano que ao chegar a determinado lugar
tem por primeira preocupação para ali se acomodar de providenciar meios que lhe
assegurem a vida e a comodidade. Decorridos séculos desde a época em que os
seres humanos eram obrigados a se deslocar em busca destes recursos e não
obstante havê-los em quantidade suficiente para a segurança de todos, o que
aconteceu foi que poucas pessoas se apossarem destes bens em quantidades tão
exorbitantemente além de suas reais necessidades que muito pouco e mesmo nada
deixaram para as outras pessoas.
É nessa
falta de preocupação com o equilíbrio social onde pode ser encontrada a
possibilidade de poder a humanidade poder viver melhor do que vive. Pior de
tudo é ter sido erigida em cultura a prática de impossibilitar que todos possam
usufruir dos bens materiais indispensáveis a uma vida sem os sofrimentos
provenientes da falta deles. É como se as pessoas abastadas num surto demoníaco
de perversidade decidissem deliberadamente privar as demais pessoas da
possibilidade de viver melhor.
Entretanto,
sendo as pessoas despossuídas em número tão grande em relação àquelas que lhes
impedem melhor qualidade de vida, cabe aos que vivem mal começar a pensar se
isto está certo, se realmente tem de ser assim.
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