quarta-feira, 2 de julho de 2025

ARENGA 828

 

Sem maiores cogitações e nem estudos a respeito, o modo como vive a humanidade denuncia uma dose cavalar de estupidez. Podendo viver bem, não dá a mínima para a realidade não só de viver mal, mas também para o fato de que esse mal é maior a cada dia. Recursos materiais são as necessidades preponderantes para se viver bem como mostra o jovem talentoso Eduardo Moreira, quando, para melhor entendimento do que ensina, dá o exemplo de um grupo humano que ao chegar a determinado lugar tem por primeira preocupação para ali se acomodar de providenciar meios que lhe assegurem a vida e a comodidade. Decorridos séculos desde a época em que os seres humanos eram obrigados a se deslocar em busca destes recursos e não obstante havê-los em quantidade suficiente para a segurança de todos, o que aconteceu foi que poucas pessoas se apossarem destes bens em quantidades tão exorbitantemente além de suas reais necessidades que muito pouco e mesmo nada deixaram para as outras pessoas.

É nessa falta de preocupação com o equilíbrio social onde pode ser encontrada a possibilidade de poder a humanidade poder viver melhor do que vive. Pior de tudo é ter sido erigida em cultura a prática de impossibilitar que todos possam usufruir dos bens materiais indispensáveis a uma vida sem os sofrimentos provenientes da falta deles. É como se as pessoas abastadas num surto demoníaco de perversidade decidissem deliberadamente privar as demais pessoas da possibilidade de viver melhor.

Entretanto, sendo as pessoas despossuídas em número tão grande em relação àquelas que lhes impedem melhor qualidade de vida, cabe aos que vivem mal começar a pensar se isto está certo, se realmente tem de ser assim.  

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