terça-feira, 11 de dezembro de 2018

ARENGA 518


Na página 164 do livro O Senhor Embaixador, a definição dada por Érico Veríssimo para a finalidade da atividade política corresponde a uma realidade tão percebível que se não fosse a estupidez uma caracteriza da massa bruta de povo, seria razão suficiente para que já se tivesse concluído ser perda de tempo esperar que o trabalho dos agentes políticos resultasse em melhores condições de vida social e individual, porquanto uma coisa depende da outra. Embora Veríssimo se referisse a um suposto governo ditatorial quando disse que os políticos têm por principal atividade fazer negociatas utilizando o poder público para compras, vendas, concessões, isenções de impostos, solucionar dificuldades em troca de gordas comissões, o exemplo serve como luva a qualquer tipo de governo porque os governantes têm sido tratados como pessoas tão especiais que uma simples justificativa da parte deles é o bastante para isentá-los de punição por crime cometido, o que talvez se deva ao fato de já terem sido considerados seres divinos. Como o elemento povo continua tão fácil de ser iludido como criança, em sua preferência por igrejas, axé e futebola, sendo também de povo a mentalidade dos governantes, a superioridade que eles pensam ter em relação à ralé que exploram é a mesma superioridade que o pavão pensa ter em relação às outras aves do galinheiro. Vivem iludidos governantes e governados. Estes, pela falsa crença de haver vantagem em iludir, em aproveitar da incapacidade de discernimento do povo, enquanto este, por sua vez, vive a eterna ilusão de valer a pena vegetar como os animais em vez de viver com dignidade.

Não passa de ilusão ter como garantia de bem-estar social coisas negativas do ponto de vista de vida comunitária tais como Sistema Financeiro, Taxa de Câmbio, Produto Interno Bruto, Bolsa de Valores, desembocando tudo isso num tal de sistema econômico do qual resulta que a vitalidade de noventa e nove por cento da humanidade tenha como destino produzir uma imensa fortuna endereçada às caixas-fortes de Tios Patinhas.  Em termos de vida comunitária, a única possível para a humanidade, a Economia Política mostra seu caráter desagregador ao dividir a humanidade em excessivamente ricos e excessivamente pobres. Portanto, Vive-se a grande falsidade de espertalhões viverem do trabalho alheio em troca de conversa promessas que não passam de conversa fiada. Se através do jornal Tribuna da Imprensa Hélio Fernandes mostrou as falcatruas que rolam por meio das privatizações (as vendas a que se refere Veríssimo num governo ditatorial), a Lava Jato está mostrando que elas continuam a todo vapor também no governo democrático. Destas falcatruas resulta o mar de problemas sociais a desassossegar tanto aqueles que lhes dão causa quanto os que sofrem as consequências.

Política sempre foi considerada a arte da malandragem, o que é ruim para todo mundo uma vez que usar da política para malandragem tem resultado na história em cabeças de malandros políticos separadas do corpo, o que evidencia não ser conveniente tal prática. Até quando permanecerá a humanidade tão longe de perceber ser falsa a suposta felicidade demonstrada nas festividades, principalmente nas da religiosidade? Entre nós brasileiros, povo reconhecido mundialmente tanto pelo ridículo quanto pela falta de caráter, acaba de ser escolhido um governante tão religioso quanto os Bush americanos. O último deles, para tomar o petróleo do Iraque jogou bomba sobre as criancinhas de lá arrancando-lhes os braços, talvez seguindo a orientação que deus deu a Josué para passar a fio de espada os habitantes de Jericó e tomar-lhes o ouro cuja metade foi destinado ao Tesouro do Senhor.

A imprensa diz que o chefe da economia desse novo governo teocrático será um multimilionário especulador financeiro. A se confirmar tão medonha notícia, o povo continuará desgastando sua vitalidade em troca de nada porque os impostos resultantes do seu suor não terão outra finalidade senão satisfazer a fome de riqueza que caracteriza os agiotas que parasitam o povo através do sistema financeiro.

A humanidade vive tamanha falsidade que até mesmo pessoas suficientemente esclarecidas contribuem para a manutenção do povo em estado de inocência crônica. O poeta Castro Alves, por exemplo, levado por sua nobreza d’alma, se pronunciou contra a desumanidade da escravidão. Porém, ao fazê-lo, no poema Vozes da África, exclamou: Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? Ora, Isto é alimentar a pobreza de espírito nos mendigos espirituais que desprezam a potencialidade própria para depositar inutilmente esperança num deus que nunca existiu e que se existisse estaria de acordo com a escravidão porque na bíblia que traz as palavras dele constam normas regulamentando a prática da escravidão em Êxodo 21:1,11,26,27; Deuteronômio 15:12-14; Efésios 6:5 e Colossenses 4:1.

Pobre e infeliz povo! Nunca atina com o ridículo de uma vida limitada a servir a algum senhor. A imprensa, em sua tarefa inglória de incentivar imbecilidades está a alardear como grande feito a estupidez de um pobre esfarrapado mental que está a caminhar mais de dois mil quilômetros carregando no ombro uma cruz. Até os oráculos das Mitologias Grega e Romana têm sido ressuscitados nas pessoas de homens e mulheres desprovidos de nobreza de caráter a quem o povo recorre como solução para suas dúvidas e angústias.

A única vez em que o povo assume sua autenticidade é quando põe um nariz de palhaço e se coloca a dar saltinhos ridículos nas ruas a título de protestar contra ninharias como aumento de passagem de ônibus, luz, água, gás de cozinha e telefone, enquanto “autoridades” lhe atocham o ferro por trás nas grandes negociatas. O ridículo é a marca registrado do elemento povo de forma tão abrangente que velhos estão praticando para se tornarem atletas e dar cambalhotas como a Daiane dos Santos, cuja nome, para não fugir do ridículo, é uma deturpação para ficar parecido com o modo como os americanos pronunciam a palavra Diana. Faz-se necessário, pois, convidar o cientista chinês para introduzir nobreza de caráter no DNA dos líderes políticos fazendo-os capazes de orientar o povo no caminho da sabedoria em vez da estupidez destas notícias no Yahoo Notícias:

Isis Valverde é criticada por exibir corpo sequinho dias após dar à luz.

Parto de Sabrina será exibido na TV.

Treze famosas que tiveram filhos em 2018.

Karina Bacchi e Amaury Nunes se casam na praia.

Topless de Letícia Colin está dando o que falar.

Xuxa e Ivete Sangalo se evitam em festa, diz colunista.

Inté.





















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