Na página
164 do livro O Senhor Embaixador, a definição dada por Érico Veríssimo para a finalidade
da atividade política corresponde a uma realidade tão percebível que se não
fosse a estupidez uma caracteriza da massa bruta de povo, seria razão suficiente
para que já se tivesse concluído ser perda de tempo esperar que o trabalho dos
agentes políticos resultasse em melhores condições de vida social e individual,
porquanto uma coisa depende da outra. Embora Veríssimo se referisse a um
suposto governo ditatorial quando disse que os políticos têm por principal
atividade fazer negociatas utilizando o poder público para compras, vendas,
concessões, isenções de impostos, solucionar dificuldades em troca de gordas
comissões, o exemplo serve como luva a qualquer tipo de governo porque os
governantes têm sido tratados como pessoas tão especiais que uma simples
justificativa da parte deles é o bastante para isentá-los de punição por crime
cometido, o que talvez se deva ao fato de já terem sido considerados seres
divinos. Como o elemento povo continua tão fácil de ser iludido como criança,
em sua preferência por igrejas, axé e futebola, sendo também de povo a
mentalidade dos governantes, a superioridade que eles pensam ter em relação à
ralé que exploram é a mesma superioridade que o pavão pensa ter em relação às
outras aves do galinheiro. Vivem iludidos governantes e governados. Estes, pela
falsa crença de haver vantagem em iludir, em aproveitar da incapacidade de
discernimento do povo, enquanto este, por sua vez, vive a eterna ilusão de
valer a pena vegetar como os animais em vez de viver com dignidade.
Não passa
de ilusão ter como garantia de bem-estar social coisas negativas do ponto de
vista de vida comunitária tais como Sistema Financeiro, Taxa de Câmbio, Produto
Interno Bruto, Bolsa de Valores, desembocando tudo isso num tal de sistema
econômico do qual resulta que a vitalidade de noventa e nove por cento da
humanidade tenha como destino produzir uma imensa fortuna endereçada às
caixas-fortes de Tios Patinhas. Em
termos de vida comunitária, a única possível para a humanidade, a Economia
Política mostra seu caráter desagregador ao dividir a humanidade em
excessivamente ricos e excessivamente pobres. Portanto, Vive-se a grande
falsidade de espertalhões viverem do trabalho alheio em troca de conversa
promessas que não passam de conversa fiada. Se através do jornal Tribuna da
Imprensa Hélio Fernandes mostrou as falcatruas que rolam por meio das
privatizações (as vendas a que se refere Veríssimo num governo ditatorial), a
Lava Jato está mostrando que elas continuam a todo vapor também no governo
democrático. Destas falcatruas resulta o mar de problemas sociais a
desassossegar tanto aqueles que lhes dão causa quanto os que sofrem as
consequências.
Política
sempre foi considerada a arte da malandragem, o que é ruim para todo mundo uma
vez que usar da política para malandragem tem resultado na história em cabeças de
malandros políticos separadas do corpo, o que evidencia não ser conveniente tal
prática. Até quando permanecerá a humanidade tão longe de perceber ser falsa a suposta
felicidade demonstrada nas festividades, principalmente nas da religiosidade? Entre
nós brasileiros, povo reconhecido mundialmente tanto pelo ridículo quanto pela
falta de caráter, acaba de ser escolhido um governante tão religioso quanto os Bush
americanos. O último deles, para tomar o petróleo do Iraque jogou bomba sobre
as criancinhas de lá arrancando-lhes os braços, talvez seguindo a orientação
que deus deu a Josué para passar a fio de espada os habitantes de Jericó e
tomar-lhes o ouro cuja metade foi destinado ao Tesouro do Senhor.
A imprensa
diz que o chefe da economia desse novo governo teocrático será um multimilionário
especulador financeiro. A se confirmar tão medonha notícia, o povo continuará desgastando
sua vitalidade em troca de nada porque os impostos resultantes do seu suor não
terão outra finalidade senão satisfazer a fome de riqueza que caracteriza os
agiotas que parasitam o povo através do sistema financeiro.
A
humanidade vive tamanha falsidade que até mesmo pessoas suficientemente
esclarecidas contribuem para a manutenção do povo em estado de inocência
crônica. O poeta Castro Alves, por exemplo, levado por sua nobreza d’alma, se
pronunciou contra a desumanidade da escravidão. Porém, ao fazê-lo, no poema
Vozes da África, exclamou: Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? Ora,
Isto é alimentar a pobreza de espírito nos mendigos espirituais que desprezam a
potencialidade própria para depositar inutilmente esperança num deus que nunca
existiu e que se existisse estaria de acordo com a escravidão porque na bíblia
que traz as palavras dele constam normas regulamentando a prática da escravidão
em Êxodo 21:1,11,26,27; Deuteronômio 15:12-14; Efésios 6:5 e Colossenses 4:1.
Pobre e
infeliz povo! Nunca atina com o ridículo de uma vida limitada a servir a algum
senhor. A imprensa, em sua tarefa inglória de incentivar imbecilidades está a
alardear como grande feito a estupidez de um pobre esfarrapado mental que está
a caminhar mais de dois mil quilômetros carregando no ombro uma cruz. Até os
oráculos das Mitologias Grega e Romana têm sido ressuscitados nas pessoas de
homens e mulheres desprovidos de nobreza de caráter a quem o povo recorre como
solução para suas dúvidas e angústias.
A única vez
em que o povo assume sua autenticidade é quando põe um nariz de palhaço e se
coloca a dar saltinhos ridículos nas ruas a título de protestar contra ninharias
como aumento de passagem de ônibus, luz, água, gás de cozinha e telefone,
enquanto “autoridades” lhe atocham o ferro por trás nas grandes negociatas. O
ridículo é a marca registrado do elemento povo de forma tão abrangente que
velhos estão praticando para se tornarem atletas e dar cambalhotas como a Daiane
dos Santos, cuja nome, para não fugir do ridículo, é uma deturpação para ficar
parecido com o modo como os americanos pronunciam a palavra Diana. Faz-se
necessário, pois, convidar o cientista chinês para introduzir nobreza de
caráter no DNA dos líderes políticos fazendo-os capazes de orientar o povo no
caminho da sabedoria em vez da estupidez destas notícias no Yahoo Notícias:
Isis Valverde é criticada por
exibir corpo sequinho dias após dar à luz.
Parto de Sabrina será exibido na
TV.
Treze famosas que tiveram filhos em
2018.
Karina Bacchi e Amaury Nunes se
casam na praia.
Topless de Letícia Colin está dando
o que falar.
Xuxa e Ivete Sangalo se evitam em
festa, diz colunista.
Inté.
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