O QUE
ESPERA DO GOVERNO BOLSONARO? Esta pergunta demonstra espetacular analfabetismo
político porque passa do tempo de se perceber que da atividade política de
qualquer governante apenas migalhas para evitar revolta são a única coisa que o
povo deve esperar. Aí está no jornal Folha de São Paulo a notícia de que serão
liberados bilhões para emendas parlamentares, ou seja, bilhões para serem
divididos entre parasitas sociais sob o olhar complacente dos donos desse
dinheiro. O povo não toma jeito mesmo. Sua obtusidade não lhe permite perceber
que o objetivo dos governantes é completamente diferente daquele na qual
acredita. Organização social coerente com o bem-estar coletivo nunca foi
objetivo de algum governo. Locupletar-se às custas do erário é o único objetivo
dos políticos por força da cultura do enriquecimento a qualquer custo aprendida
quando criança. E não é preciso ser inteligente para concluir que a política é
a arte de ludibriar a massa convencida de buscar nas igrejas a solução para
suas dificuldades. Basta não ser um arrematado imbecil incapaz de elevar o
pensamento além de igreja, axé, futebola, “famosos” e “celebridades” para
perceber que a atividade política serve unicamente aos interesses da classe
parasitária dos ricos almejada por aqueles que ingressam na política, com
raríssimas exceções. É, pois, de um ridículo extraordinário pessoas do povo
exigir direitos porque o único direito que têm o povo é arcar com a pesada
carga dos impostos que os ricos não pagam, além de cumprir fielmente as
obrigações determinadas pelo emprego. O emprego é nada mais nem menos do que
uma forma de escravidão. Quando, em troca da despensa abastecida, intelectuais
afirmam em seus “Best-Sellers” que o bem-estar social depende do emprego estão
mentindo tão descaradamente quanto aqueles que viam no fim da escravidão da
chibata um atentado à economia e a condenação dos negros a um destino ainda
pior: a morte por inanição. A estupidez que caracteriza os seres humanos é
incompatível com um ambiente civilizado onde prevaleça a harmonia. Desta forma,
é impossível esperar de políticos atitudes nobres porquanto se trata de seres
humanos e, como tais, desonestos por natureza e cultura.
Sendo a
cultura o modo de se comportar, e sendo o comportamento determinado por aquilo
em que se acredita, resultam daí comportamentos falsos porque tudo aquilo em
que a humanidade acredita é falso. O passado mostra esta realidade. Na tragédia
Hamlet, por exemplo, seu autor, Shakespeare, descreve com naturalidade o
aparecimento do fantasma do pai de Hamlet. Hoje, nenhum autor colocaria um
fantasma entre suas personagens sem incorrer em ridículo porque o tempo se
encarregou de desfazer muitas crenças, entre elas a existência de fantasmas. Como
o convencimento pelo tempo é demasiadamente lento, crenças falsas continuam
determinando o comportamento humano como a existência de um deus do qual só se
ouve falar. Apesar de falsa, é uma crença de poder tão grande que conduz ao
mesmo nível de mediocridade mental doutores e analfabetos. Raros são aqueles
que percebem não haver razão de ser da existência desse tal de deus no qual os
pobres de conhecimento botam a maior fé. O grande pensador Robert Green Ingersol
afirmou ser incompreensível o fato de deixar a orientação dos filhos a cargo de
um deus que afogou os filhos dele.
O erro
monumental dos seres humanos é deixarem-se conduzir feito gado, desprezando
completamente o exercício do raciocínio.
A notícia
de que o Banco Itaú roubou da nossa sociedade a quantia de mais de sete bilhões
de reais em apenas três meses deveria causar comoção social porque sendo
limitado o dinheiro, não pode em hipótese alguma ser objeto da ganância de
monstros de cuja boca escorre baba de dragão conhecidos como banqueiros e
grandes empresários, e nem ser distribuído pelo pão e circo entre as marionetes
que entretêm a massa bruta de povo, parasitas conhecidos como “famosos” e
“celebridades” cuja falta de discernimento não lhes permite a mínima noção do
que seja sociabilidade. A riqueza social precisa ser usada com racionalidade em
vez de ser considerada coisa de ninguém de forma tão espetacular que uma obra
pública custa várias vezes seu valor real. É, pois, total desatino ficar a juventude
de longe do mundo político porque é dele que depende o futuro dos filhos dos
jovens que de tão maltratados estão se suicidando e se tornando assassinos
ainda em crianças.
São fartas
as evidências de que nada se deve esperar de políticos além de maldades. A
situação de penúria social apesar da montanha de riqueza produzida pela classe
trabalhadora e a presença de multimilionários ocupando cargos públicos com
único intento de aumentar suas fortunas são algumas delas. Deixar que o peso do
pagamento de impostos recaia sobre os mais pobres e permitir que os mais ricos
se omitam desta obrigação é também uma prova de que a classe política é
subserviente aos interesses escusos dos Tios Patinhas do mundo.
Enquanto
rolam os desatinos, a juventude futuca telefone e se liga na canonização da
pobre e inocente dona Dulce.
A
pusilanimidade da juventude futucadora de telefone haverá de custar-lhe elevado
preço em desassossego. Inté.
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