Se, como disse o filósofo, uma
mentira de tanto repetida tomo foros de verdade, uma verdade, quanto mais
repetida, mas verdade se mostra. Como mentiras trouxeram a humanidade à camisa
de onze varas em que se encontra, brigar contra as mentiras deve ser dever todo
ser humano. Daí a implicância desse cantinho de pensar em relação à crendice na
existência de um senhor deus porque tal crendice impede que as pessoas
sintam-se responsáveis por seu destino e fiquem a espera de que esse senhor
cuide disso e o resultado é o sofrimento humano ter chegado à situação extrema
que ao contrário da realidade cada ser humano está certo de ser suficiente
cuidar ainda que bem cuidado apenas de si e dos seus, ignorando a necessidade
igualmente importante de também cuidar da vida social porque o ser humano foi
feito para viver em comunhão com outros seres humanos em um relacionamento
impossível de ser descrito porquanto esta dependência começa quando somos
colocados no mundo e só termina quando alguém se livra das cinzas da cremação.
Sobre nossa dependência, há séculos o
filósofo Thomas Paine fez a seguinte observação:
“...a força de um homem é tão
desproporcional às suas necessidades, e o seu espírito é tão inadequado à
solidão perpétua, que em breve é obrigado a procurar assistência e conforto com
outra pessoa que, por seu turno, quer a mesma coisa”. E olha que o filósofo ainda foi
parcimonioso em seu julgamento porque antes de virar pó a ‘..divindade, tanto
quanto os magnatas atuais, passavam e passarão pela fase de matéria putrefata,
em oposição ao processo higiênico da cremação.
por
falta desse cuidado com o TODO é que a vida está tão deteriorada a ponto de
haver comida sobrando, a vida foi prolongada até três ou mais vezes mais do que
no tempo das primeiras pessoas sobre a Terra quando só havia o que comer se fosse
encontrada comida, e quando não se cogitava ainda de um senhor deus, não
obstante passado tanto tempo para adquirir experiência, não se pode afirmar com
certeza se aquelas pessoas eram menos infelizes do que nós.
Em algum lugar desse cantinho de
pensar há uma proposta que vai aqui repetida para que façamos a experiência de
pôr de lado durante uma década todas as divindades do mundo e dedicar cada
grupo social a atenção que dedicava às divindades para ajudar na administração
de sua sociedade se interessando em saber o custo de cada obra, o porquê das
viagens dos administradores, enfim, o mesmo zelo que tem com os gastos com a
família que tem uma zelosa dona de casa. Findo o período, se tudo continuasse o
mesmo uma vez impossível estar pior, então votar-se-ia a atenção coletiva para
as divindades.
Aliás, a respeito de divindades,
estou vendo aqui na página 35 de Senso Comum, quando o governante se chamava
rei, e para o povo era uma divindade, a seguinte referência do filósofo àquelas
divindades: “Que heresia o título de sagrada majestade aplicada a um verme
que no meio de seu esplendor se desfaz em pó”.
T
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