Ói nóis aqui traveis para confirmar o
sábio dito de que bestagem pouca é pouca bestagem. Depois de toda aquela
tramóia que envolveu Abrão, a bestagem continua a todo vapor. Em Gênesis, 15;
9, 10, 11, temos as seguintes bestagens: Despertado para o fato de não merecer
confiança alguém de índole tão ruim que mata pessoas e inocentes animais por
vingança, Abrão indagou ao Senhor Deus como poderia ele ter certeza de possuir
a terra que lhe fora prometida. Em resposta, Deus lhe ordenou a promover um
festival de carnificina superior à dos candomblés: Toma-me uma novilha – disse-lhe
Deus – Uma cabra e um cordeiro, cada qual de três anos, uma rola (pássaro) e um
pombinho, ao que Abrão prontamente obedeceu. Ajuntou todos estes infelizes animais,
partiu eles bem no meio e arrumou as bandas no estilo de pai-de-santo, colocando
as metades dos cadáveres umas defronte das outras, deixando porém,inteiros os
cadáveres das aves. Eis que outras aves, as de rapina ou carnívoras, não tendo
também a triste sorte da rolinha e do pombinho no macabro festival divino, avançaram
sobre a carne fresca, obrigando a espantá-las o açougueiro em que Deus
transformou o pobre e obediente Abrão. Esta sagrada narrativa, mais uma vez,
também deixa uma interrogação em cima da cabeça de quem pensa por ficar uma
angustiante incógnita: teria Abrão permanecido a espantar as aves ladronas até
que as carnes apodrecessem, ou Deus as teria levado antes disso para o céu, e
com que finalidade? Dúvida cruel.
Entretanto, embora tamanha inocência motivasse
a preocupação do jovem filósofo americano Sam Harris, demonstrada no livro
Carta a Uma Nação Cristã, onde o autor se mostra apreensivo quanto ao futuro do
seu país onde mais da metade da população é tão inocente a ponto de estar
convicta de só haver seis mil anos a vida no planeta, quando, na verdade, a
estas alturas o homem já havia inventado a cola, tem razão de ser. É realmente
perigoso o fato de haver pessoas tão inocentes ocupando cargos dos quais depende
nosso maior ou menor bem-estar.
Entretanto,
como a vida não pode ser considerada uma eterna infantilidade sem as
consequências desastrosas que estamos vivendo, vamos deixar um pouco as
brincadeiras bíblicas e falar de outras coisas que também nos afundam cada vez
mais na infelicidade. Aliás, esse “vamos” está carregado de presunção porque
sou eu que vou falar quase que prá mim mesmo porque os poucos que sabem ler e o
fazem não irão perder tempo em ler um iletrado, e os demais são integrantes de
manada, e manada não lê. Até hoje, conheço apenas alguns gatos pingados que
sabem ler e perdem tempo com esta baboseira, mas, certamente por serem meus
amigos. Como não aquento viver em meio à manada sem espernear, vou parar um
pouco o esperneio religioso e espernear de outro lado, voltando depois às
infantilidades bíblicas.
Para a
bestagem de agora, em virtude do mau cheiro exalado pela politicagem que
transformou os estados da federação em fazendas de propriedade dos
politiqueiros e seus companheiros escroques como o Eike Batista, Renan
Calheiros, Sarney, Henrique Alves, estes os chefes da quadrilha nacional de
politiqueiros, sugiro uma reforma constitucional feita pelo futuro presidente
Joaquim Barbosa, depois de meter no xadrez o Congresso Nacional e seus
apaniguados, mudando temporariamente o nome da República Federativa do Brasil
para Chiqueiros Unidos da Pocilga Brasil, voltando ao nome original somente
depois de ter ele posto ordem neste galinheiro e covil de bandidos onde
criminosos viram celebridades, e onde se faz tão necessária a presença de
bandidos que bandidos estrangeiros quando não aportam por aqui por conta
própria como o Ronald Biggs, herói para a imprensa que embolsa montanhas de
dinheiro para fazer com que as pessoas se envolvam em assuntos desse tipo e de Ronaldo
ganhando mordida no beiço, ou no resultado do exame de urina do jogador de
futebola, quando os bandidos estrangeiros não vem por si próprios são roubados
de seus países numa operação mambembe de resgate custeada pelo dinheiro de
consolar o choro da manada no corredor do hospital.
Neste país,
todas as celebridades não merecem outro ambiente senão o de chiqueiro. As
celebridades do BNDES já estão nos convencendo de que o país não será
prejudicado com as falcatruas do preferido da presidente politiqueira, o ladrão
Eike Batista, cujo filho atropelou e matou um trabalhador, mas que o delegado prontamente
correu a afirmar ter sido o defunto o causador do acidente que merecia ser
preso. No Ceará, fazenda de porteira fechada dos politiqueiros Gomes, os
médicos da cabeça chata cujos conhecimentos científicos muitas vezes custeados
pelo dinheiro da manada, utilizam tais conhecimentos apenas para enriquecer
como mostram os luxuosos hospitais particulares ornamentados com mármores,
painéis e outros luxos, entre ao quais as bactérias resistentes a tudo fazem a
festa. A ojeriza demonstrada pelo Conselho de Medicina, corporação dos médicos
comerciantes, tem duas razões de ser: uma delas é o sentimento de solidariedade
humana que lhe é inteiramente desconhecido. Assim como uma espécie de gene
religioso é inoculado nas crianças antes do discernimento na interpretação do
livro Deus, um delírio, de Richard Dawkins, feita pelo professor Movér, assim
também é inoculado nas crianças antes do discernimento o gene da obsessão por
riqueza que leva nossos médicos à ânsia e agonia pela posse de dinheiro, única
motivação que os leva a dependurar o aparelhinho de medir pressão no pescoço e
desfilar orgulhosamente de branco pelas ruas para que todos saibam se tratar de
um médico, num comportamento de pavão, não admitindo a simplicidade de quem
possui conhecimento de sociabilidade, sendo impossível para os médicos
comerciantes aceitarem o fato de que os médicos cubanos vão trabalhar em troca
do pagamento mensal equivalente ao que os médicos comerciantes recebem em menos
de uma hora. Há médicos que não são comerciantes e que são competentes entre os
médicos apenas comerciantes tanto quanto os que são competentes e comerciantes
ao mesmo tempo. Fui salvo de uma operação no coração por um médico de verdade
cujo nome não revelo por ser ele muito sistemático, como todo homem sério, e
não sei se concordaria. Mas o nome do médico comerciante que quase me fazia
vender quinhentas sacas de café que eu tinha na época é Nilzon não sei de quê,
e trabalha também no hospital Santa Isabel em Salvador, capital deste
galinheiro Bahia que por muito tempo foi fazenda de porteira fechado de ACM,
que, em retribuição a algum favor, presenteou os ladrões do Bradesco com uma
vaca leiteira denominada BANEB. Atualmente a Bahia é fazenda de porteira
fechada dos ladrões do petismo.
A segunda
razão do desprezo pelos médicos cubanos é a competência. Não faz muito tempo, a
imprensa noticiou o fato escabroso de médicos recém formados não terem sido
capazes de diagnosticar uma doença simples numa criança e num adulto. Um médico
me receitou certa vez o laxante Agarol como tratamento para prisão de ventre.
Mas, como não temos apenas comerciantes entre os médicos, outro me orientou
corretamente e mandou que eu jogasse no lixo o Agarol porque ele só iria
agravar a situação. Pessoas com agulhas, tesouras, e outros objetos deixados
dentro de seus corpos é acontecimento comum nos procedimentos dos médicos
comerciantes que fazem uma cirurgia calculando quanto dinheiro vão ganhar.
Enquanto
não me for servida a sopa de cicuta, bem-vinda por me livrar de uma vida em
chiqueiro, voltarei à encheção sobre as infantilidades bíblicas. Inté.
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