Embora profissionais da arte da
religiosidade, arrecadação de dízimo e de não deixar cair a peteca da fé, ainda
que não se saiba fé em quê, como disseram os Paralamas do Sucesso, tenham
explicação para todas as dúvidas de quem ainda as tem sobre divindades, as
explicações deles não resistem a um mínimo de meditação sobre o assunto. Daí
afirmarem que os mistérios de divinos não devem ser motivo de especulação, mas
apenas aceitos sem quaisquer comentários em contrário. É realmente necessário
não meditar a respeito das falas destes profissionais para não se perceber a
insustentabilidade delas uma vez que tal comportamento vai de encontro a
propensão à curiosidade inata na natureza do ser humano.
Pensar sobre religiosidade leva a
concluir que não pode alguém estar desrespeitando nada por não conseguir
acreditar em algo que lhe é dito mas que de acordo com sua compreensão não faz
sentido como a sacralidade atribuída à bíblia visto que o dicionário define “sagrado”
como algo que inspira ou deve inspirar respeito ou veneração. Entretanto, não podem
ser merecedores de respeito e muitíssimo menos de veneração os morticínios de
Jericó (Josué 6:21) no qual foram passados a fio de espada homens, mulheres,
jovens, velhos, bois, ovelhas e jumentos. Da mesma forma, o assassinato
impiedoso de Uzá (2 Samuel 6:7); e nem se pode também admitir que o deus dos
profissionais da fé, tão poderoso que criou o universo, tenha necessidade de
exércitos (Salmos 46:7 e Isaias 9) do mesmo modo que governantes assassinos de sua
juventude, a maior riqueza de qualquer sociedade, se bem orientados seus jovens
desde criança em qualquer outra cultura que não seja a do venha a mim e os
outros que se danem.
Não, meus senhores gatos pingados que
por não terem nada melhor a fazer, dão atenção ao Blog do Zé Pensador e que
certamente não são daqueles que se pudessem deixariam nosso país. A solução
para nossa desgraça não está na fuga. Está em uma luta constante a favor de
estimular o raciocínio desse povo feito de religiosos, carnavalescos e
torcedores, categorias nada propensas à meditação.
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