terça-feira, 25 de julho de 2023

ARENGA 688

 

Desde que se tem notícia gente e de política que se ouve falar em deus e democracia como panaceias para os males desse mundo que de tanto piorar, tudo leva a crer estar condenado a ter sua população varrida da face da Terra pelo pior dos males sociais, a degradação dos bons costumes em escala tão alarmante que ladrões do dinheiro público em parceria com certo tipo de advogados e autoridades encarregadas de fazer justiça, num simulacro  de processo e uma condenação de faz-de-conta, logo voltam para suas mansões para desfrutar da riqueza tirada dos cofres públicos e até já se sugere criar leis para proibir que tais ladrões passem pelo constrangimento de serem discriminados publicamente pelas pessoas por eles roubadas, devendo ser aceitos pela sociedade como se fossem cidadãos de bem.

Definhou de tal maneira a capacidade de raciocinar dos seres humanos que parte deles se apegam inexplicavelmente a um conservadorismo ou preservação de tão absurda cultura. Ao demonstrar pendor pelo que é ruim, estas pessoas se colocam na contramão da natureza humana normal cuja tendência é de fazer opção pelo que é bom. O pelo que se tem é que são poucos os inconformados em viver uma cultura de inversão de valores na qual o errado é que está certo e buscam alcançar algo diferente. 

Tamanha é a insensatez que profissionais em atividades relacionadas a esportes, que não obstante independerem de um mínimo sequer de escolaridade, são infinitamente mais importantes e muito mais bem remuneradas do que atividades tão importantes que são indispensáveis à sociedade como educação, saúde e segurança, às quais não se chega sem alisar bancos escolares por anos a fio. É como se uma maldição tomasse conta da humanidade e a fizesse desprezar os valores nobres para dar preferência ao que é ruim.

Coerência nunca foi a praia dos seres humanos, nem mesmo para os maiores pensadores, entre eles mestre Platão que para a tarefa de governar, dizia, devia ser atribuição de filósofos, portanto de pessoas que tivessem grandes conhecimentos. No entanto, o próprio Platão, como as pessoas desprovidas de conhecimento, também admitia a existência de deus, segundo o qual quanto maior a sabedoria, maior o sofrimento; e quanto maior o conhecimento, maior o desgosto (Eclesiastes 1:18). A humanidade já está bastante velha para não ter ainda acertado o passo, tarefa à espera de uma juventude mentalmente sadia que em vez de se deprimir e suicidar, exorcize a estupidez da face da Terra.

 

    

 

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