Desde que se tem notícia gente e de
política que se ouve falar em deus e democracia como panaceias para os males desse
mundo que de tanto piorar, tudo leva a crer estar condenado a ter sua população
varrida da face da Terra pelo pior dos males sociais, a degradação dos bons
costumes em escala tão alarmante que ladrões do dinheiro público em parceria
com certo tipo de advogados e autoridades encarregadas de fazer justiça, num
simulacro de processo e uma condenação
de faz-de-conta, logo voltam para suas mansões para desfrutar da riqueza tirada
dos cofres públicos e até já se sugere criar leis para proibir que tais ladrões
passem pelo constrangimento de serem discriminados publicamente pelas pessoas por
eles roubadas, devendo ser aceitos pela sociedade como se fossem cidadãos de
bem.
Definhou de tal maneira a capacidade
de raciocinar dos seres humanos que parte deles se apegam inexplicavelmente a
um conservadorismo ou preservação de tão absurda cultura. Ao demonstrar pendor
pelo que é ruim, estas pessoas se colocam na contramão da natureza humana
normal cuja tendência é de fazer opção pelo que é bom. O pelo que se tem é que
são poucos os inconformados em viver uma cultura de inversão de valores na qual
o errado é que está certo e buscam alcançar algo diferente.
Tamanha é a insensatez que
profissionais em atividades relacionadas a esportes, que não obstante independerem
de um mínimo sequer de escolaridade, são infinitamente mais importantes e muito
mais bem remuneradas do que atividades tão importantes que são indispensáveis à
sociedade como educação, saúde e segurança, às quais não se chega sem alisar
bancos escolares por anos a fio. É como se uma maldição tomasse conta da
humanidade e a fizesse desprezar os valores nobres para dar preferência ao que
é ruim.
Coerência nunca foi a praia dos seres
humanos, nem mesmo para os maiores pensadores, entre eles mestre Platão que para
a tarefa de governar, dizia, devia ser atribuição de filósofos, portanto de
pessoas que tivessem grandes conhecimentos. No entanto, o próprio Platão, como
as pessoas desprovidas de conhecimento, também admitia a existência de deus,
segundo o qual quanto maior a sabedoria, maior o sofrimento; e quanto maior o
conhecimento, maior o desgosto (Eclesiastes 1:18). A humanidade já está
bastante velha para não ter ainda acertado o passo, tarefa à espera de uma
juventude mentalmente sadia que em vez de se deprimir e suicidar, exorcize a
estupidez da face da Terra.
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