Como
responsáveis pela relevantíssima e até mesmo sublime atividade de garantir
conforto e tranquilidade, e por que não felicidade dos seres humanos, os
políticos atuais fracassaram totalmente nessa nobilíssima missão. Embora seja
comum ouvi-los condenar agressão a direitos humanos, são os maiores agressores
de tais direitos porque não pode haver agressão maior do que apenas para
satisfação do vício de contemplar riqueza permitir que avaros Midas desprovidos
de solidariedade humana privatizem todo o dinheiro que a sociedade humana
produz, deixando que por falta desse dinheiro, incontáveis outras pessoas
inclusive crianças morram de fome ou amargam necessidades de todo tipo.
Mas o certo
é haver quem leva em consideração além da sua própria vida também uma vida
social, e quem nem sequer sabe da existência desse outro tipo de vida. São
pessoas que por ignorância ou egoísmo vivem unicamente para si mesmas. Todavia,
quem observa a vida social percebe que os egoístas ajuntadores de riqueza
cultuam como digno o hábito de dar esmola, e para esconder sua insensibilidade
social e maldade TTexpõem imagens de Cristo em seus luxuosos escritórios e
bancos. No entanto, eis o que disse São Gregório de Nissa no Sermão Contra os
Usurários:
“talvez dês
esmolas. Mas, de onde as tiras, senão de tuas rapinas cruéis, do sofrimento,
das lágrimas, dos suspiros? Se o pobre soubesse de onde vem o teu óbulo, ele o
recusaria porque teria a impressão de morder a carne de seus irmãos e de sugar
o sangue de seu próximo. Ele te diria estas palavras corajosas: não sacies a
minha sede com as lagrimas de meus irmãos. Não dês ao pobre o pão endurecido
com os soluços de meus companheiros de miséria. Devolve a teu semelhante aquilo
que reclamaste e eu te serei muito grato. De que vale consolar um pobre, se tu
fazes outros cem?”. (da
página 31 do livro Pedagogia do Oprimido, de Mestre Paulo Freire, que, como
todo grande homem, em vez dos apreços dispensados a toupeiras mentais tidos
como famosos e celebridades, foi escorraçado deste rico, espoliado e infeliz
Brasil onde política é assunto de polícia.
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