O planeta
Terra está à beira da destruição. Embora pareça mentira, por seus próprios
habitantes. Se esta juventude de bosta não tomar atitude de homens e mulheres
que prestem para alguma coisa que não seja passar perfume para ir à igreja,
futucar telefone e apreciar notícias do tipo de uma que dá conta, inclusive com
fotografia, do fato de ter Madona arribado o vestido na festa e ficado com a
bunda de fora. Está uma coisa deveras engraçada a fotografia da bundona branca
de Madona na internete. O hábito que as mulheres tem de mostrar a bunda é
enigmático. Pode estar demonstrando às pessoas a mesma desconsideração que o Mestre
do Saber Einstein do alto sua superioridade mental, com o gesto simples de
mostrar a língua, demonstrou seu desprezo à insignificância dos reles seres
humanos em sua atitude irracional de destruir a natureza da qual depende a
vida. É da parte que as mulheres gostam de mostrar que sai todo dia em estado
lastimável tudo o que se comeu no dia anterior. A seguir com tal mentalidade de
jerico, os filhos desta juventude de bosta não terão tempo para crescer. Mas
como sonhar com uma juventude inteligente, que lê livros, que pense, é coisa
que não vai mesmo além de sonho, parece que o único jeito de salvar o planeta é
matar por merecimento a humanidade. O merecimento vai por conta da brutalidade
que impede reflexões inteligentes e equipara seres humanos a bichos para os
quais a vida se resume ao momento presente. Assim como a boiada se farta até
acabar o pasto e morrer de fome, também a manada humana faz do mesmo jeito com
os recursos que o planeta generosamente lhe dispõe, demonstrando maior estupidez
porquanto os bichos de quatro pés não podem saber que o pasto acaba.
A manada
humana está certa da existência de um Deus que envia pessoas desinteligentes
para a porta do supermercado a receber de outros desinteligentes um quilo de
comida para alimentar quem tem fome, o que não passa de mais uma idiotice uma
vez que a fome volta algumas horas depois. O raciocínio de boiada não permite
que estes imbecis percebam o tamanho da bobagem que fazem ao contar com chuva
de codornas assadas que os livre da escassez de alimento. Quem tem a mente tão
atrasada a esse ponto, jamais formará sociedade diferente da pocilga em cuja
lama chafurda a massa humana em sua admiração pelas coisas insignificantes e
rasteiras. Quando se é jovem não se tem condição de mandar às favas as peias
mentais amarradas pela religião que impedem o livre pensar, chegando-se à
velhice sem ter tido oportunidade de elevar-se acima do mundo medíocre de quem
é capaz de encontrar motivo suficiente para transformar em “famosos” e
“celebridades” pessoas sem encantamentos espirituais e que vivem única e
exclusivamente em função das coisas materiais em torno das quais gira o seu
mundo fútil cujo único atrativo são os assuntos relacionados com bunda, peito e
músculos, não obstante a perspectiva de fome, sede e muitas doenças que já
começam a chegar. Se o comportamento dos jovens é de total alienação, muito
pior é a alienação nos velhos. Velho capaz de dizer “graças a Deus”, “com fé em
Deus” passaram pela juventude sem que nada tivessem aprendido nada na vida.
Enquadram-se perfeitamente entre os enchedores de latrina da citação do Mestre
Da Vince. A ninguém que tenha observado a vida até ficar velho é dado o direito
de não perceber as contradições, mentiras e falsidades que redundam no maior de
todos os engodos que engabelam a humanidade: a religião. Ninguém desconfia do
absurdo de se dar preferência à companhia mental de analfabetos e desacreditar
no que dizem pessoas que estudam muito e por isso mesmo viram intelectuais.
Afinal, quando o analfabeto quer algum esclarecimento, pede justamente ao
intelectual. A religiosidade envolve em suas teias os fracos de força mental do
mesmo modo como a teia de aranha envolve os insetos fracos de força física. Este
é o grande mal que a religião faz à humanidade: arregimentar um exército
fabuloso de pessoas fracas espiritualmente e eliminar-lhes o único e verdadeiro
poder capaz de vencer os sofrimentos vencíveis e dar a devida sabedoria para
compreender e conviver da melhor maneira possível com os sofrimentos invencíveis.
Quando a
gente brincava de esconde-esconde, por vezes aparecia alguém mostrando a quem
procurava quem se escondera algum lugar onde ele não se encontrava. Se
dependesse desse alguém, quem se escondera jamais seria encontrado (a) porque aquele
alguém sempre indicava o lugar errado. Pois o papel da religião é o mesmo desse
alguém enganador sem tirar nem por. Ao levar as pessoas para as igrejas e
prender sua atenção a falar bem dos santos e esconder os podres deles que não
são poucos, a religião recebe da política a gratidão de não lhe cobrar imposto
como recompensa por evitar que aquelas pessoas se interessem em saber o que é
que se passa lá debaixo dos panos, como bem lembrou o governador de São Paulo
tendo à mão a guilhotina azeitada.
Embora não
haja perspectiva de que alguma brisa de inteligência refresque a mentalidade da
juventude, o fato de ainda ser bicho o espécime que compõe a espécie humana,
ele está destinado a se tornar um ser humano. Percebe-se um avanço lento, mas
evidente e absolutamente inegável de que a brutalidade já foi maior. Nem o
maior fanatismo é capaz de não perceber a bobagem que é proibir intervenção
humana no corpo humano por pertencer ele a Deus. Alguém é capaz de deixar que a
apêndice o maltrate até à morte porque só Deus pode mexer no seu corpo? O fato
de não haver mais quem não vá ao médico é a evidência da falsidade das afirmações
religiosas da sacralidade corporal. Nem podia ser de outra forma porque por
mais opaca que seja a cabeça dos idiotas adoradores de força divina, a
realidade lhe entra ainda que independentemente de sua vontade. Apesar de tanta
estupidez e burrice, não se pode negar ter a manada avançado um pouco rumo ao
esclarecimento, o que também se vê no fato de ter diminuído o número de babacas
a subir escadas ajoelhados ou queimar na fogueira quem pensa como os Mestres do
Saber que me ensinaram a deixar de ser tão idiota a ponto de ser convencido de
ser minha vontade insignificante ante a vontade divina. Aprendi que a
verdadeira personalidade não se curva ante vontade nenhuma. Esse negócio de
submissão é incompatível com a mãe natureza que nos quer cada vez mais distantes
dos pobres e infelizes irracionais, cuja única justificativa para existir é nos
servir. Desta recomendação santa resulta o impedimento da evolução espiritual
só alcançável através da liberdade de pensamento. A religião é um
aprisionamento equivalente aos Ministérios da Verdade e do Amor com os quais
George Orwell no livro 1984, nos dá exemplo de uma situação de total anulação
da capacidade de pensar. Do mesmo modo, a religião impede que se tenha vontade
própria e faz seguir como boiada, vivendo sem saber o porquê, e acreditando
erradamente que os festejamentos sejam o único motivo a que dedicar a vida. A
futilidade tomou conta da humanidade de tal modo que não sendo fútil,
marginaliza-se. Dá um grande desânimo ver o tempo ser usado apenas para
dedicação a duas atividades perniciosas ao desenvolvimento espiritual: o
corre-corre atrás de dinheiro e os inúteis ajuntamentos em igrejas para
discutir bobagens em detrimento de tanta coisa realmente necessitando dedicação
e esforço. O que se prega nas igrejas não é o que se faz. Recomenda-se não se
ter mais do que o necessário, mas a realidade é uma sanha consumista que tem
por resultado contaminar a água e o ar, dando origem ao surgimento de novas
moléstias que vão provocar mais choro no corredor do hospital.
Não precisa
argumento mais preciso para a percepção da farsa que é a religião do que a
confirmação tão fácil de ser verificada do que disse o Mestre do Saber ao
observar o fato de que a presença de muitas igrejas e farmácias sejam
indicativo de povo atrasado. Realmente, onde há maior religiosidade é também
onde grassa maior ignorância, pobreza, sofrimento e as doenças e o hábito
estúpido de comprar remédio por conta própria que provocam o grande número de
farmácias. O domínio que a religião tem sobre as pessoas chega a ser algo
incompreensível. Meu amigo Edimilson Movér costuma brincar que a humanidade
adquiriu um gene religioso. É realmente inexplicável que se acredite no que não
se vê e desacredite no que se vê.
Quem quer
que se disponha a conhecer a verdadeira história das religiões, acabará
chegando num ponto comum com a política. Uma e outra tem em comum o objetivo de
manter o povo enganado. Tão enganado que se sente orgulhoso de ser chamado de
carneiro de Deus, enquanto ninguém desconhece o destino dos carneiros e aquilo em
que eles se transformam depois de servidos à mesa. A hipocrisia da religiosidade
só pode ser percebida ao se tomar conhecimento de sua história verdadeira. O
que ela conta não chega aos religiosos porque muitos não sabem ler, e os que
sabem não leem, e os que leem não entendem, e os que entendem fazem de conta
que não entendem porque é proibido falar a verdade. A falsidade é inerente à
religião, mas será enviada às favas quando os cegos mentais tomarem
conhecimento de que a religião fazia as mesmas guerras de saques que os
impérios dos reis faziam e que os impérios atuais fazem. É o próprio Deus,
segundo os religiosos, que mandou Jacó tocar corneta até derrubar o muro, matar
os habitantes da cidade de Jericó, saquear os defuntos e levar o produto para o
Seu tesouro sagrado e divino. Embora seja mais do que difícil romper a barreira
da ignorância, aos poucos a luz do conhecimento vai se fazendo presente. Nem
faz tanto tempo assim que as pessoas esparramavam na cara e no peito o sinal da
cruz ao passar por uma igreja ou cemitério, coisa que atualmente inexiste, e
esta inexistência não é outra coisa senão o convencimento de não haver vantagem
em fazer a mesura, desaparecendo, portanto, a crença em sua necessidade, o que
significa o enfraquecimento da religiosidade. Não tem para onde correr que o
modo de vida ora vivido não tem futuro e nem pode mesmo ter porque não é
norteado pela razão, e quem perde a razão fica tão doido como doida está a vida
humana. É necessário racionalizá-la. Chega de falta de mudança. Desde a mais
remota lembrança do tipo de convivência entre os homens que se constata a
presença da violência. Na época do Renascimento, um sujeito chamado Maquiavel escreveu
um livro chamado O príncipe destinado a orientar os governantes quanto a melhor
forma de se governar. Ele fala sempre em príncipe porque o governo daquela época
era exercido por essa cambada. Nas páginas 130 e 131 o autor faz referência às
excelências do governo do rei Fernando, autor de grandes e mesmo
extraordinários atos que o levaram à glória pelo seu sucesso alcançado a partir
da guerra contra Granada, e depois, com o dinheiro da igreja e do povo,
continua o autor, pode manter o exército que o cobriu de glória através do
poder militar. Sabendo-se que este tipo de governança resultou na situação
moderna de separar cabeças dos corpos onde se encontravam, não precisa
argumento outro para convencer da necessidade de se tomar outro caminho porque
neste em que seguimos as paisagens são desoladoras ante tanta burrice. E chega
de prosa. Inté.
Nenhum comentário:
Postar um comentário