sábado, 31 de maio de 2025

ARENGA 824

 

O rei Salomão não tinha tanta sabedoria assim. As experiências das quais se se gaba em Eclesiastes. No capítulo 2 desse livro, versículos 14,15 3 16, se mostra indignado com o fato de acontecerem ao sábio as mesmas coisas que acontecem ao tolo “COMO PODE O SÁBIO MORRER COMO O TOLO MORRE?”. Esperar que a natureza dispense tratamento especial para o sábio equivaleria a admitir inteligência na natureza, o que está fora de qualquer cogitação. Inteligência divina é nada mais do que mais uma das muitas idiotices que impede a humanidade de evoluir mentalmente. Erram os seres humanos de modo colossal acomodando-se na inércia de um paquidermismo rançoso que os mantém atrelados à mentalidade de seus antepassados distantes que pensavam poder se comunicar com árvores, montanhas, rios ou pedras.

Tão equivocados estão os seres humanos que se dividiram em explorados (todos que trabalham) e exploradores (todos que parasitam o resultado do trabalho dos explorados). E estão todos equivocados porque tanto os que trabalham descansarão debaixo da terra depois de tanto trabalhar e, do mesmo modo, os que depois de tanto explorar. Terão, assim, o mesmo fim tanto dos tolos de um lado quanto do outro lado uma vez que só há tolos nessa história.

domingo, 25 de maio de 2025

ARENGA 813

 

Nas páginas 194 e 195 do grandioso livro Homo Deus, de mestre Yuval Noah Harari, há prova suficiente de que a falta de sintonia com a realidade, que é a causa da infelicidade humana, é mais facilmente alcançada pela observação, análise e conclusão a respeito do comportamento humano através dos tempos do que buscando nos best sellers dos intelectuais. No exemplo aqui referido mestre Yuval diz que a ciência sempre precisou de ajuda da religião para criar instituições humanas viáveis e que não há um método científico para determinar como os humanos devem se comportar. Tais afirmações não fazem sentido fora do mundo da intelectualidade. O comportamento para se viver em sociedade é justamente contrário ao estabelecido pela cultura atual do venha a mim e os outros que se danem. Precisa método científico para nos mostrar coisa tão simples? Basta o senso comum que nos indica ser indispensável seguir a recomendação de Cristo para tratar o próximo como gostaria de ser trato. Este é que é o método de comportamento sem o qual a sociedade é a parafernália denominada pelos intelectuais de exclusão, muita riqueza ao lado de muita pobreza, famintos, violência, ignorância, alegria de débil mental, enfim, infelicidades para puxar de gancho, e tudo em função do egoísmo e da falta de preocupação com a vida social em detrimento da exuberante preocupação com a vida individual apenas, individualismo decorrente do fato de não ter ainda ocorrido aos seres humanos a realidade de já terem deixado para trás a fase de bichos e passado para uma que apesar de ainda ter muito de bicho, já tem também algo o bastante de capacidade de raciocínio para que se comporte de conformidade com vida comunitária.

Ainda sobre a inutilidade dos intelectuais para a compreensão de como viver sem os transtornos de que os seres humanos de tão calejados já se acostumaram, temos na página 194 citada acima a representação de um papa trocando por dinheiro o direito de ir para o lado deus depois de haver morrido. Enquanto permanecer mentalidade pequena o bastante para comprar isenção de pena pelos pecados é por ainda haver predominância do lado de bicho sobre o de gente. Apesar de ver algo de positivo na religião, o mesmo autor diz que a luz da ciência desfez a escuridão da religião de modo que o mundo se tornou mais secular e mais próspero. Nada de positivo pode haver na ignorância, e só a cegueira mental impede ver que tanto maior for a ignorância, maior também será a religiosidade. Há uma epidemia criada em laboratório do diabo que ataca a humanidade e a impede de encarar a realidade.

      

  

    

    

 

 

 

  

 

 

  

 

sábado, 24 de maio de 2025

ARENGA 812

 

Porque será que ninguém estranha a exorbitante importância que os meios de comunicação atribuem às coisas de nenhuma importância?

Porque os salários das pessoas incultas da televisão somam várias vezes o salário do professor?

Por que será que os adultos estão brincando de bonecas feito crianças?

Por que haverá tanto ódio e tristeza nas crianças que em vez de estudar e brincar elas matam seus colegas ou cometem suicídio sem que os futuros pais se mostrem preocupados com tamanho absurdo?

Por que será que apesar de sua grandiosidade, a importância da administração pública foi tão diminuída que seus cargos máximos são ocupados por pessoas perseguidas pela polícia?

Por que, afinal, ninguém se incomoda com estas coisas absurdas que atordoam nossa sociedade?

É justamente porque ninguém se incomoda que acontecem tais coisas.  Quem não se sente mal em viver num ambiente de nenhuma preocupação com desenvolvimento mental nem o mínimo sequer de civilidade uma vez que toupeiras intelectuais são consideradas celebridades e as intimidades de alcova são motivo de fama e enriquecimento, evidente é que tal sociedade está a clamar para que os responsáveis pela sua condução revejam seu papel de líderes que nunca foi parasitar os liderados para ostentar riqueza à custa do trabalho deles.

O fato de nenhuma sociedade contar com verdadeira liderança deve-se tão somente à herança atávica do comportamento dos bichos que já fomos e que ainda não deixou a personalidade dos seres humanos, salvo raríssimas exceções. E sendo assim, não é de se esperar que a investidura em cargo importante além da troca de atividade troque também a personalidade defeituosa do investido. Portanto, não é com revoluções que as sociedades podem ser civilizadas porque muito sangue já encharcou muitos solos e a barbárie nunca foi superada.

terça-feira, 20 de maio de 2025

ARENGA 811

 

Não é por vir de filósofo que suas afirmações deixam de merecer meditação a respeito do que eles dizem. O “penso, logo existo”, por exemplo, do filósofo René Descartes, deixa crer que pensar é condição para existir, portanto, não existiria o que não pensa. No entanto, quando não havia sapatos, muitos dedões arroxeados testemunharam que pedras existem apesar de não pensar.

É atribuída ao filósofo Confúcio o seguinte: “O que você sabe, sabe; o que você desconhece, desconhece. Esta é a verdadeira sabedoria”. Onde é que há sabedoria em afirmar que alguém sabe o que sabe e que desconhece o que desconhece?

Santo Anselmo teria afirmado que “Basta pensar em deus para sabermos que ele existe”. Entretanto, pensar em algo não torna esse algo realidade porque apesar de famintos não pensarem em outra coisa senão em comida, continuarão famintos.

Se não é de hoje que a humanidade anda na contra mão da vida, assunto sobre o qual esse cantinho de pensar insiste em martelar dia e noite, a solução de seus problemas se deve ao resultado de um trabalho muito bem arquitetado que resulta na condução do cérebro para a direção errada.

Entre todos os “é preciso fazer isso e aquilo”, ouvidos da parte de intelectuais, a única coisa que realmente é preciso fazer, mas que falta quem o faça, é despertar a humanidade do torpor em relação à atividade de viver a que foram levados os seres humanos.

Se, como diziam os antigos, cabeça vazia é oficina do diabo, a última criação e acolhimento dos bebês reborns pelos seres humanos significa que o pão e circo evolui de modo extraordinário, para não faltar ferramentas na oficina de Satã para envolver as mentes vazias da estúpida raça humana.

domingo, 18 de maio de 2025

ARENGA 810

 

            Para bom entendedor meia palavra é quanto basta, diziam as pessoas de outros tempos em relação aos incapazes de entender a diferença entre o que é sensato e o que não é. O comportamento de destruir o que nos é indispensável para viver demostra que nem todas as palavras de todos os dicionários do mundo são capazes de levar um mínimo de sensatez aos bichos humanos que de tão estúpidos se autodeclaram        SAPIENS na mesma presunção com que também se dignos de fama e celebridade os brutamontes mentais cujo único mérito é a sensualidade para as mulheres e, para os homens, os músculos que darão lugar a pelancas. Tamanha é a capacidade destrutiva do ser humano que Hobbes foi demasiadamente elegante quando se referiu à voracidade humana comparando ao lobo o indivíduo dessa espécie, quando a verdade é que cada ser humano representa maior perigo a outro ser humano do que uma grande matilha de lobos.

Facilmente se observa que onde quer que apareça o monstro humano é acompanhado do pior inimigo não só da sua espécie, mas também de qualquer outra espécie. A maldade humana já se manifesta na tendência das inocentes crianças a destruir brinquedos e matar passarinho.

É tão grande a maldade humana que a humanidade está condenada por si mesma e ser infeliz, e é tão grande sua estupidez que em vez de corrigir a causa de sua infelicidade, não o faz. Ao contrário, está certa de que aquele que sofre é porque merece sofrer, quando não é verdade porque o sofrimento decorre unicamente do procedimento terrivelmente equivocado de encarar a vida apenas sob aspecto material. A ninguém ocorre haver uma vida social a merecer ainda maiores preocupações dedicadas aos cuidados que merecem as atividades de morar, comer, vestir, educar e proteger. No tocante ao instinto de reprodução, ou é encarado como solução para a monotonia inevitável que se segue ao    SÓ VOU SE VOCÊ FOR dos primeiros tempos quando ainda não se sabia ser mentira e falso o que nos ensinaram sobre a vida. Há uma vastidão de experiência em quem afirmou que se o amor é um sonho, o casamento é o despertador.

A única certeza a que pode levar a meditação sobre a atividade de viver é que se vive de mentira em mentira. Nada, absolutamente nada de tudo que nos transmite é verdadeiro. Do batismo à extrema unção, é só falsidades. Ninguém observou isto melhor do que Platão. Ao materializar na ALEGORIA DA CAVERNA seu pensamento, Platão mostrou na prática como é que a falsidade passa por verdade.

É de clamar aos infernos o comportamento de se resignar com o SEJA FEITA A VONTADE DE DEUS ao se ver diante de um infortúnio porque não existe problema sem solução. Este comportamento de infinita estupidez é nada mais que uma das muitas mentiras convergentes para o caudal de falsidades que afastam a humanidade da realidade da vida.

Aqui na página 11 do excelente livro HOMO DEUS, do mestre Yuval Noah Harari, face aos milhões de mortes por fome, peste e guerras, muitos pensadores e profetas concluíram que a fome a peste e a guerra deviam fazer parte do plano cósmico de deus ou de nossa natureza imperfeita, e que apenas o fim dos tempos nos livraria delas. Tais pensadores e profetas não pensaram que não existiríamos depois do fim dos tempos para que fôssemos livres da fome, da peste e da guerra? Todo a infelicidade humana em por única causa o não despertar para a necessidade de comparar o que se ouve com a realidade.  

sexta-feira, 16 de maio de 2025

ARENGA 809

 

Se este cantinho de pensar dá impressão de não dar toda a importância que geralmente é dada aos intelectuais é porque ele realmente não dá. E não dá porque até mesmo os intelectuais sabidamente sinceros em almejar uma sociedade melhor para todos, mesmo estes parecem não perceber a inutilidade da indicação de melhores caminhos para a humanidade uma vez que ela prefere os piores. Se, como lembrou mestre Rousseau não se pode ser claro com quem é desatento, a humanidade em peso foi levada a ter ouvidos moucos para a sensatez. Portanto, antes de dizer o que fazer para ter uma vida menos ruim, deveria quem assim procede verificar primeiro se aqueles a quem se dirige estão interessados em deixar o comportamento a que estão acostumados para se comportar de outro modo.

Tendo sido as pessoas maldosamente induzidas por uma política desenhada pelo poder da riqueza dos ricos e avarentos cuja sede insaciável de ouro precisa ter um sistema econômico que os beneficia e que pareça de nenhuma importância para a qualidade de vida do povo porque também lhe ensinado que apenas a deus cabe tal decisão. Uma vez enraizada na mente do populacho festeiro tal crença, será ela que determinará o comportamento ainda que errado e que não poderá ser modificado sem antes modificar a crença que o determinava. Assim é que enquanto a humanidade permanecer iludida feito crianças com a falsidade de ser importante o futebola, de serem realmente famosas e célebres “famosos” e as “celebridades”, ridículos e de nenhum valor, de haver importância no fumaceiro colorido do Vaticano, de esperar que tudo vai mudar quando um político substitui outro político. A falácia da democracia, tudo isso clama por uma intervenção do raciocínio dos intelectuais. Como se atribuir a frequentadores de igreja, torcedores e bailarinos de axé a altíssima responsabilidade de dar a última palavra na escolha de quem vai ocupar os mais altos cargos da administração pública? Apesar de não ter cabimento, é o que acontece sem chamar atenção de ninguém. Ou não é nisso a que se resume a democracia? Daria melhor resultado uma ditadura sob a responsabilidade de um Gandhi, Mandela ou Luther King.

Enfim, justificando nossa restrição à intelectualidade e a valorização das conclusões resultantes da observação e meditação, deparamos com uma observação de um intelectual cujo trabalho em prol de uma sociedade melhor tem merecido justificados elogios e reconhecimento: ao se referir ao grave problema da desigualdade, aquele escritor diz que pelo grande alcance da mídia seria fácil difundir o que fazer para corrigir os erros dos quais decorrem a desordem social. Mas, como, se tudo de errado é justamente implantado nas pessoas pela mídia? O modo de pensar do povo é incutido nele pela incontável rede de papagaios de microfone que, como todo mundo que precisa trabalhar por dinheiro, trabalham para os ricos donos do mundo fazendo crer ser verdadeiro o que é falso. É por influência destes papagaios de microfone que o mundo inteiro se interessa pela cor da fumaça do circo Vaticano e se joga no Cassino Caixa Econômica é também pela influência negativa do alvoroço que a mídia faz em torno dos milhões que se pode ganhar.  

quarta-feira, 14 de maio de 2025

ARENGA 808

 

Olha, minha gente, sobretudo a juventude, pobre juventude, não viram todos vocês o tremendo bafafá sobre a morte de um papa e um estardalhaço ainda maior sobre a eleição de outro papa? Não estão vendo as notícias sobre um novo técnico da seleção brasileira de futebola? Já notaram que televisão, telefone celular e carro passaram a fazer parte da família? Repararam nas notícias dando conta das mansões, do tamanho das fortunas, o motivo da separação de celebridades? Já pararam um instante sequer para pensar sobre o motivo pelo qual pessoas de nenhum valor intelectual são celebridades? Claro que não. Nunca alguém meditou sobre estas coisas. Ninguém jamais despertou para as tantas coisas que são tidas como algo que na verdade não são. Vejam o papa: tido como representante direto de deus na Terra, ao mesmo tempo, não conta com proteção divina visto que como qualquer um de nós tem de recorrer a médicos na doença. Além do mais, sendo sua intervenção em prol da felicidade humana limitada a orações, nenhum efeito tem, sendo, portanto, injustificados os riquíssimos rituais de sua vida pomposa.

Ouçam, pois, o que lhes vai dizer este experiente ser humano inconformado com a facilidade com que meus irmão humanos se deixam enganar por um punhado de seres tão ignorantes e avaros que à custo da infelicidade de quem nada sabe sobre o que aqui lhes digo, tomaram destas inocentes criaturas tanto dinheiro que se tornaram donos do mundo a ponto de terem comprado os governantes tornando-os seus subalternos com a triste missão de manter todos vocês, pobres jovens, acreditando numa importância em tudo isto que mencionamos e que na verdade não têm importância alguma para suas vidas, muito pelo contrário.

Tudo de ruim que lhes acontece se deve unicamente por não terem os olhos onde deviam ter: na política. Para que vocês não percebam a verdade de estar na aplicação correta do dinheiro dos impostos, o tão sonhado bem-estar de poder satisfazer as necessidades é que os governantes como lacaios dos donos do mundo fazem de vocês crianças enganando-os, levando a atenção de vocês para o que não tem importância enquanto que o que realmente tem importância passa despercebido.