Causa-me
espanto o fato de ter começado a ler muito depois dos outros garotos da minha
idade, mas, não obstante esta circunstância, dos que naquela época estavam à
minha frente em leitura e que ainda vivem, e com os quais tenho contato, raros
são os que tem discernimento suficiente para entender a realidade da vida. Que
os jovens sejam alienados, embora com tristeza, compreende-se, porque o sistema
educacional estabelecido pelo modelo de administração no sistema capitalista
que vige no mundo tem por objetivo exatamente tolher a capacidade de raciocinar
e fazer os jovens tão indiferentes que nada veem de esquisito no fato de
precisarem fazer empréstimo na Caixa Econômica ou no Banco do Brasil para pagar
seus estudos, se a Constituição Federal lhes garante que os impostos são
responsáveis por eles. É um sistema tão
perverso que transformou a educação numa indústria de produzir dinheiro e consumidores.
É uma educação às avessas da qual resultam seres incapazes de pensar em outra
coisa que não seja comprar e comprar.
Em algum
lugar desse blog analisamos uma filosofia/armadilha do presidente da Coca-Cola
apresentando um rosário de conselhos orientando as pessoas para o melhor
procedimento a fim de que se deem melhor na vida. Embora não passe de armadilha
satânica, aquela arenga é vista pela juventude como coisa de grande sabedoria. Se
o presidente da Coca-Cola quisesse o bem da humanidade, sua atitude devia ser
de aconselhar aos jovens para que nunca bebesse aquela garapa insalubre que
rende à empresa uma fortuna incalculável graças à ação dos deformadores de
opinião através de propagandas bem preparadas para fazer certo o que é errado.
O mundo
capitalista é um campo minado. Só o conhecimento adquirido com a experiência e
boas leituras é capaz de mostrar as armadilhas preparadas por falsos filósofos
e escritores assalariados que conduzem a juventude como boiada para onde quiser
a maldade dos lacaios desse sistema perverso. Eles fazem apologia do
capitalismo e denigrem a imagem do socialismo. Entretanto, o socialismo é um
sistema no qual os trabalhadores participariam da riqueza por eles produzida. Se
assim é, não pode ser pior do que esse sistema que reserva para os
trabalhadores apenas o corredor do hospital para corar sua infelicidade quando
a velhice chegar.
A última demonstração
de filosofia barata e venenosa está a correr pela internete numa mensagem com o
seguinte título interrogativo: VIVER OU JUNTAR DINHEIRO? Seu autor é um
funcionário da Rede Globo, a mesma que leva putaria para dentro das casas de
famílias indiferentes ao que seus programas indecentes produzem na cabeça de
jovenzinhos e jovenzinhas que se encontram no despertar da curiosidade para as
coisas do sexo. Dispondo de um microfone, esses falsos filósofos emitem através
dele suas falsas opiniões. É o seguinte o teor da mensagem maligna:
Recebi uma mensagem muito interessante de um ouvinte
da CBN e peço licença para lê-la na íntegra, porque ela nem precisa dos meus
comentários.
Lá vai: "Prezado Max, meu nome é Sérgio, tenho 61 anos e pertenço a uma geração azarada: Quando era jovem as pessoas diziam para escutar os mais velhos, que eram mais sábios. Agora dizem que tenho que escutar os jovens, porque são mais inteligentes.
Na semana passada li numa revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. E eu aprendi muita coisa... Aprendi, por exemplo, que se eu tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, durante os últimos 40 anos, eu teria economizado R$ 30.000,00. Se eu tivesse deixado de comer uma pizza por mês, teria economizado R$ 12.000,00 e assim por diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas, então descobri, para minha surpresa, que hoje eu poderia estar milionário.
Bastava não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas das viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei e, principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje eu poderia ter quase R$ 500.000,00 na conta bancária.
É claro que eu não tenho este dinheiro. Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?
Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar com itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que eu quisesse e tomar cafezinhos à vontade. Por isso acho que me sinto absolutamente feliz em ser pobre.
Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer, porque hoje, aos 61 anos, não tenho mais o mesmo pique de jovem, nem a mesma saúde. Portanto, viajar, comer pizzas e cafés, não faz bem na minha idade e roupas, hoje, não vão melhorar muito o meu visual!
Recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que eu fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro em suas contas bancárias, mas sem ter vivido a vida".
"Não eduque o seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz.
Assim, ele saberá o valor das coisas, não o seu preço."
Lá vai: "Prezado Max, meu nome é Sérgio, tenho 61 anos e pertenço a uma geração azarada: Quando era jovem as pessoas diziam para escutar os mais velhos, que eram mais sábios. Agora dizem que tenho que escutar os jovens, porque são mais inteligentes.
Na semana passada li numa revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. E eu aprendi muita coisa... Aprendi, por exemplo, que se eu tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, durante os últimos 40 anos, eu teria economizado R$ 30.000,00. Se eu tivesse deixado de comer uma pizza por mês, teria economizado R$ 12.000,00 e assim por diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas, então descobri, para minha surpresa, que hoje eu poderia estar milionário.
Bastava não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas das viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei e, principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje eu poderia ter quase R$ 500.000,00 na conta bancária.
É claro que eu não tenho este dinheiro. Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?
Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar com itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que eu quisesse e tomar cafezinhos à vontade. Por isso acho que me sinto absolutamente feliz em ser pobre.
Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer, porque hoje, aos 61 anos, não tenho mais o mesmo pique de jovem, nem a mesma saúde. Portanto, viajar, comer pizzas e cafés, não faz bem na minha idade e roupas, hoje, não vão melhorar muito o meu visual!
Recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que eu fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro em suas contas bancárias, mas sem ter vivido a vida".
"Não eduque o seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz.
Assim, ele saberá o valor das coisas, não o seu preço."
Esta porcaria aí é encarada como
sabedoria, mas contém esperteza maldosa em lugar da sabedoria que aparenta para
os jovens ainda incapazes de pensar pela falta de oportunidade negada
exatamente com o objetivo de acatar as recomendações que lhes são apresentados
por pessoas mal intencionadas e perversas, bem remunerados pelo sistema capitalista
para induzir a falsidade de que consumir é ser feliz. Quem fica feliz com o
consumismo são os ignorantes capitalistas para quem acumular riqueza nos
infernos fiscais é garantia de bem-estar. À luz da razão, percebe-se que a
mensagem visa tão somente induzir ao consumo.
Os lacaios do consumismo são os
coveiros do futuro da juventude. Dos canos de descarga dos automóveis cuja
posse foi transformada por esses malfazejos em sonho a ser realizado sob pena
de ser inferior, às lufadas de fumaça emitidas pelas chaminés das indústrias
que produzem as quinquilharias para o consumismo, passando pela necessidade
desnecessária de lotar ônibus e aviões num frenesi constante do viajar
endeusado pelos defensores do interesse dos donos das companhias de transporte,
a recomendação de se adquirir roupas caras, tudo isso desemboca na
maliciosidade do consumismo desenfreado que está levando o planeta para um
buraco sem fundo.
Por fim, percebe-se a estupidez
da afirmação da desnecessidade de dinheiro na velhice porque é exatamente
quando mais se necessita dele. A velhice requer muitos remédios e eles estão
custando os olhos da cara. Avareza é diferente de sensatez. Privar-se de
prazeres sadios por pena de gastar algum dinheiro é coisa bem diferente de ter
uma reserva para a velhice porque este sistema perverso defendido por falsos
filósofos e escritores assalariados reserva para a velhice apenas os corredores
do hospital para se chorar. As caipirinhas ou qualquer outro inebriante só são
necessários na velhice. Todos eles fazem mal à saúde. Mas, na velhice são de grande
utilidade para ajudar a suportar os mal-estares inexplicáveis, mas frequentes. Além
disso, o velho tem mais é que não ser tão burro a ponto de temer a morte. Se
nada mais tem a fazer por aqui, não há motivo para agarrar-se à vida como quem ainda
tem filhos para criar. O jovem não precisa da ajuda de nenhum inebriante para
enfrentar a vida. Para os malditos endeusadores do capitalismo as roupas devem
ser caras e compradas de acordo com os requebros nos desfiles de moda. Se a
juventude não adquirir discernimento para separar o falso do real, seus filhos
terão péssimas lembranças suas. Inté.
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