A perversidade
monstruosa do capitalismo decantado em verso e prosa pelos falsos filósofos e escritores
assalariados tem duas pernas: uma delas se apóia na necessidade da existência
de pobres que precisam mendigar um emprego. A outra se apóia num mecanismo diabólico empregado para transformar seres
humanos em idiotas compradores de tudo que os capitalistas querem vender em sua
sanha diabólica de acumular fortunas nos infernos fiscais. Sem haver quem
troque por dinheiro as quinquilharias produzidas pelas indústrias dos
capitalistas o sistema todo iria por água abaixo. Como a mente humana pode ser
orientada para fazer o que lhe manda o orientador, o sistema capitalista lança
mão de um verdadeiro exército de prepostos maliciosamente preparados para
orientar no sentido contrário do bom senso. São pessoas que prostituem suas
consciências ao vender as opiniões criadoras da necessidade de comprar até
mesmo coisas desnecessárias a fim de não interromper o fluxo de dinheiro para o
bolso dos capitalistas avaros.
Antes do
capitalismo só se produzia as coisas de que as pessoas realmente necessitavam,
uma vez que a necessidade era o fator determinante para a compra. Com o
surgimento das máquinas, a produção aumentou. Para não ficar encalhado esse aumento
de produção, o capitalismo implantou a necessidade de comprar na cabeça das
pessoas através da massificação do “compra” “compra” martelado diuturnamente
através das propagandas que são um modo eficiente de explorar a estupidez
humana ao ser convencida da necessidade de consumir coca-cola e roliúde para
ficar com o corpo atlético e bons desportistas, e na transformação dos jovens
em futucadores de smart phone cuja obsessão pelo ato repetitivo de futucar produzirá
um velho tremelicante e arrastador de pés a limpar a calçada.
Atualmente
não se compra apenas o que se quer comprar. Compra-se o que os capitalistas
querem vender. Lacaios tecnicamente preparados para insuflar nas pessoas a
necessidade de ir às compras estão frequentemente alardeando a superioridade do
aparelho mais novo sobre o mais velho, criando na cabeça da juventude a
obrigação de trocar um aparelho que funciona perfeitamente apenas por uma
questão de minutos a mais para apresentação da resposta solicitada. Esta
necessidade desnecessária de comprar é a base sobre a qual se assenta o sistema
do capitalismo criador da maldade de manter a maioria dos seres humanos
mendigando um emprego pelo amor de Deus.
Uma vez
impossibilitados de comprar as coisas que lhes são apresentadas como
indispensáveis pela propaganda, ficam os jovens agradecidos ao emprego que lhe
proporcionou a possibilidade de ir às compras, agradecimento esse que cria na
alma dos jovens submetidos à educação montada pelo sistema capitalista para
fazer crer se resumir a vida em trabalhar, puxar o saco de Deus e do patrão e
consumir coisas. Este modo de encarar a vida transforma a juventude em escravos
satisfeitos com a escravidão do emprego que lhe parece uma dádiva dos céus, sem
perceber que o resultado desse tipo de vida é uma velhice de choro no corredor
do hospital.
A educação
no perverso sistema capitalista faz crer as pessoas haver mais vantagem na
desunião do que na união. Tanto isso é verdade que Nelson Mandela, Luther King,
Gandhi, por exemplo, padeceram porque tiveram oportunidade de pregar ao mundo uma
irmandade real entre os seres humanos no lugar da falsa irmandade pregada pelas
religiões através do louvor à pobreza e da violência de seres humanos se
explodirem em meio a crianças para chegar à paz recomendada por Deus. Afinal,
violência é o forte do maldito sistema capitalista defendido pelos falsos
filósofos e escritores assalariados.
A violência
a que eram submetidos os negros escravizados também submete os jovens em consequência
do esforço empreendido para ser agradável ao seu empregador, principalmente na
atividade bancária, base do sistema brutal do capitalismo. Se estas
considerações partissem de alguém com importância bastante para chegar ao mundo
todo, os falsos filósofos e os escritores assalariados contestariam energicamente
fazendo até zombarias ao provar a existência de bancários velhos e aposentados,
o que é verdade. Mas, o que estes membros da Prostituição da Consciência escondem
maldosamente, porque a maldade faz parte do regime capitalista que lhes paga
gordos salários, é que nem todas as pessoas sentem a mesma ansiedade ante a
possibilidade de um atraso ou da incapacidade de ser tão agradável ao patrão quanto
acredita ser necessário. Pessoas há que não se atormentam quando não podem
chegar no horário combinado a um compromisso, mas há pessoas que se atormentam
pelo mesmo motivo. É para acentuar a escravidão que os filmes mostram o chefe
da família sair esbaforido rumo ao emprego sem tomar o café da manhã. Muitas
doenças e infelicidade alcançam as pessoas como consequência da ansiedade e do
esforço no cumprimento do dever de produzir a riqueza dos pançudos senhores
capitalistas que acreditam erroneamente ser eterna a escravidão, crença
desmentida pela Revolução Francesa.
A loucura
intrínseca no sistema capitalista está na falsa crença da necessidade de grandes
fortunas. A História da Humanidade mostra que todas as fortunas foram obtidas a
custo de muito sangue e infelicidade e não é diferente com as fortunas escondidas
nos infernos fiscais, conclusão obvia ante o descalabro em que se encontra a
humanidade orientada pela desumanidade de ser indiferente à existência de seres
humanos em sofrimento, situação esta, inclusive, recomendada pela religião,
irmã siamesa do bruto sistema capitalista, chegando ao absurdo de ensinar a
religião que o sofrimento foi escolhido pelo próprio sofredor ao tomar o atalho
errado na encruzilhada do livre arbítrio. Como se não bastasse tal insanidade, ainda
por cima, faz crer aos infelicitados haver vantagem no sofrimento porque Deus
fere mais fundo àqueles a quem Ele ama com maior intensidade.
Os Estados
Unidos, campeão mundial do capitalismo e na criação de infelicidade, país rico
como todo capitalista pançudo, teve sua riqueza conquistada à custa de muita
infelicidade alheia. O plano Marshall, por exemplo, proporcionou aos Estados
Unidos grande incremento de sua riqueza. A coisa se deu do seguinte modo:
Embora
tenha participado da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos da América do
Norte só o fizeram no final da refrega, de modo a sair dela com perdas mínimas.
Suas fábricas não foram destruídas nem suas cidades, e sua indústria ficou
intacta. Baseado nessa vantagem, porque o sistema capitalista visa sempre levar
vantagem, o Secretário de Estado Americano, George Marshall, precursor do
horroroso Henry Kissinger, aquele que afirmava ser ideal um sistema econômico
baseado na competição, onde necessariamente tem de haver vencedores e
perdedores, o Marshall bolou um plano diabólico para que seu país ganhasse
dinheiro às custas da infelicidade dos europeus, plano que funcionou do
seguinte modo: Com suas indústrias intactas, o governo americano emprestou uma
montanha de dinheiro aos europeus para a reconstrução de seus países. Como suas
indústrias haviam sido destroçadas, todo o material e maquinário necessários
para a recuperação européia foi comprado das indústrias dos americanos. Desse
modo, o dinheiro emprestado retornava aos Estados Unidos não só com os juros,
mas também com outra vantagem muito maior: Como o bolso da usura não tem fundo,
os europeus, depois de recuperado o fôlego, foram induzidos pelo governo
americano ao consumismo das bugigangas produzidas em suas indústrias. Assim,
através das propagandas, principalmente pela sedução dos filmes de Hollywood
fazendo com que os europeus sentissem necessidade de imitar os americanos, entraram
na dança infernal do compra-compra de tudo que era fabricado nos Estados
Unidos. Historiadores afirmam que os navios que antes transportavam materiais
de construção e máquinas fabricadas pelas indústrias americanas rumo à Europa, depois
de reconstruídas as cidades européias passaram a transportar montanhas de
quinquilharias que a propaganda induzia os europeus a consumir. Assim, os
europeus não só enriqueceram as indústrias e o governo americanos, mas também
lhes ficaram eternamente gratos pela “mãozinha” na hora da necessidade.
Como para
os capitalistas pançudos nada é suficiente, o governo americano criou o sistema
financeiro, e, através dele, casava o lucro da venda com o lucro da agiotagem.
Assim, quem não pudesse comprar por falta de dinheiro, passava a poder comprar
o que lhe era sugerido desde que tivesse um emprego para pagar as prestações
mensais. É por isso que os baba saco dos ricos vivem a fingir que empregados
lhes escrevem cartas para os programas de rádio pedindo conselhos sobre o que
fazer com o décimo terceiro salário, ao que respondem para em primeiro lugar
pagar as prestações porventura atrasadas.
Sendo
impossível saciar a fome de dinheiro, os americanos inovam sempre. Atualmente,
em vez de levar as bugigangas aos compradores, fazem com que os compradores vão
às bugigangas. Povos mais facilmente convencíveis como os latinos americanos das
republiquetas de bananas enchem navios e aviões para ir às compras nos Estados
Unidos, contribuindo, desse modo, também com o desenvolvimento da indústria
hoteleira americana. A paixão pelo “American Way of Life” faz com que os
macacos latino americanos se encantem com a orientação do feioso Henry
Kissinger de que o ideal é a competição. Na Rádio CBN, aos domingos pela manhã,
há um programa de entrevistas a jovens que se lançaram como empresários e que
teriam se saído bem na luta por seu particular lugarzinho ao sol. O nome do
programa é “Young Professional”. Não é preciso dizer que isto significa jovem
profissional porque todo brasileiro, em função de sua tendência simiesca, tem
algum conhecimento do idioma americano.
Enfim, o
tal sistema capitalista adorado pelos falsos filósofos e escritores
assalariados é tão contrários aos costumes salutares que leiloa virgindade e
firma contrato comercial com recém nascido como nos mostra esta notícia: Clube belga fecha contrato com bebê de 1 ano e 8
meses.
Esse rumo
está desaprumado e, para bem de todos, pobres e ricos, é melhor seguir em outra
direção. Pessoas capazes de encontrar nova direção existem aos montões. Só não
o fazem porque estão todas ocupadas em juntar dinheiro. Inté.
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