domingo, 8 de dezembro de 2013

THE AMERICAN WAY OF LIFE


A perversidade monstruosa do capitalismo decantado em verso e prosa pelos falsos filósofos e escritores assalariados tem duas pernas: uma delas se apóia na necessidade da existência de pobres que precisam mendigar um emprego. A outra se apóia num mecanismo  diabólico empregado para transformar seres humanos em idiotas compradores de tudo que os capitalistas querem vender em sua sanha diabólica de acumular fortunas nos infernos fiscais. Sem haver quem troque por dinheiro as quinquilharias produzidas pelas indústrias dos capitalistas o sistema todo iria por água abaixo. Como a mente humana pode ser orientada para fazer o que lhe manda o orientador, o sistema capitalista lança mão de um verdadeiro exército de prepostos maliciosamente preparados para orientar no sentido contrário do bom senso. São pessoas que prostituem suas consciências ao vender as opiniões criadoras da necessidade de comprar até mesmo coisas desnecessárias a fim de não interromper o fluxo de dinheiro para o bolso dos capitalistas avaros.

Antes do capitalismo só se produzia as coisas de que as pessoas realmente necessitavam, uma vez que a necessidade era o fator determinante para a compra. Com o surgimento das máquinas, a produção aumentou. Para não ficar encalhado esse aumento de produção, o capitalismo implantou a necessidade de comprar na cabeça das pessoas através da massificação do “compra” “compra” martelado diuturnamente através das propagandas que são um modo eficiente de explorar a estupidez humana ao ser convencida da necessidade de consumir coca-cola e roliúde para ficar com o corpo atlético e bons desportistas, e na transformação dos jovens em futucadores de smart phone cuja obsessão pelo ato repetitivo de futucar produzirá um velho tremelicante e arrastador de pés a limpar a calçada.  

Atualmente não se compra apenas o que se quer comprar. Compra-se o que os capitalistas querem vender. Lacaios tecnicamente preparados para insuflar nas pessoas a necessidade de ir às compras estão frequentemente alardeando a superioridade do aparelho mais novo sobre o mais velho, criando na cabeça da juventude a obrigação de trocar um aparelho que funciona perfeitamente apenas por uma questão de minutos a mais para apresentação da resposta solicitada. Esta necessidade desnecessária de comprar é a base sobre a qual se assenta o sistema do capitalismo criador da maldade de manter a maioria dos seres humanos mendigando um emprego pelo amor de Deus.

Uma vez impossibilitados de comprar as coisas que lhes são apresentadas como indispensáveis pela propaganda, ficam os jovens agradecidos ao emprego que lhe proporcionou a possibilidade de ir às compras, agradecimento esse que cria na alma dos jovens submetidos à educação montada pelo sistema capitalista para fazer crer se resumir a vida em trabalhar, puxar o saco de Deus e do patrão e consumir coisas. Este modo de encarar a vida transforma a juventude em escravos satisfeitos com a escravidão do emprego que lhe parece uma dádiva dos céus, sem perceber que o resultado desse tipo de vida é uma velhice de choro no corredor do hospital.

A educação no perverso sistema capitalista faz crer as pessoas haver mais vantagem na desunião do que na união. Tanto isso é verdade que Nelson Mandela, Luther King, Gandhi, por exemplo, padeceram porque tiveram oportunidade de pregar ao mundo uma irmandade real entre os seres humanos no lugar da falsa irmandade pregada pelas religiões através do louvor à pobreza e da violência de seres humanos se explodirem em meio a crianças para chegar à paz recomendada por Deus. Afinal, violência é o forte do maldito sistema capitalista defendido pelos falsos filósofos e escritores assalariados.

A violência a que eram submetidos os negros escravizados também submete os jovens em consequência do esforço empreendido para ser agradável ao seu empregador, principalmente na atividade bancária, base do sistema brutal do capitalismo. Se estas considerações partissem de alguém com importância bastante para chegar ao mundo todo, os falsos filósofos e os escritores assalariados contestariam energicamente fazendo até zombarias ao provar a existência de bancários velhos e aposentados, o que é verdade. Mas, o que estes membros da Prostituição da Consciência escondem maldosamente, porque a maldade faz parte do regime capitalista que lhes paga gordos salários, é que nem todas as pessoas sentem a mesma ansiedade ante a possibilidade de um atraso ou da incapacidade de ser tão agradável ao patrão quanto acredita ser necessário. Pessoas há que não se atormentam quando não podem chegar no horário combinado a um compromisso, mas há pessoas que se atormentam pelo mesmo motivo. É para acentuar a escravidão que os filmes mostram o chefe da família sair esbaforido rumo ao emprego sem tomar o café da manhã. Muitas doenças e infelicidade alcançam as pessoas como consequência da ansiedade e do esforço no cumprimento do dever de produzir a riqueza dos pançudos senhores capitalistas que acreditam erroneamente ser eterna a escravidão, crença desmentida pela Revolução Francesa.

A loucura intrínseca no sistema capitalista está na falsa crença da necessidade de grandes fortunas. A História da Humanidade mostra que todas as fortunas foram obtidas a custo de muito sangue e infelicidade e não é diferente com as fortunas escondidas nos infernos fiscais, conclusão obvia ante o descalabro em que se encontra a humanidade orientada pela desumanidade de ser indiferente à existência de seres humanos em sofrimento, situação esta, inclusive, recomendada pela religião, irmã siamesa do bruto sistema capitalista, chegando ao absurdo de ensinar a religião que o sofrimento foi escolhido pelo próprio sofredor ao tomar o atalho errado na encruzilhada do livre arbítrio. Como se não bastasse tal insanidade, ainda por cima, faz crer aos infelicitados haver vantagem no sofrimento porque Deus fere mais fundo àqueles a quem Ele ama com maior intensidade.

Os Estados Unidos, campeão mundial do capitalismo e na criação de infelicidade, país rico como todo capitalista pançudo, teve sua riqueza conquistada à custa de muita infelicidade alheia. O plano Marshall, por exemplo, proporcionou aos Estados Unidos grande incremento de sua riqueza. A coisa se deu do seguinte modo:

Embora tenha participado da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos da América do Norte só o fizeram no final da refrega, de modo a sair dela com perdas mínimas. Suas fábricas não foram destruídas nem suas cidades, e sua indústria ficou intacta. Baseado nessa vantagem, porque o sistema capitalista visa sempre levar vantagem, o Secretário de Estado Americano, George Marshall, precursor do horroroso Henry Kissinger, aquele que afirmava ser ideal um sistema econômico baseado na competição, onde necessariamente tem de haver vencedores e perdedores, o Marshall bolou um plano diabólico para que seu país ganhasse dinheiro às custas da infelicidade dos europeus, plano que funcionou do seguinte modo: Com suas indústrias intactas, o governo americano emprestou uma montanha de dinheiro aos europeus para a reconstrução de seus países. Como suas indústrias haviam sido destroçadas, todo o material e maquinário necessários para a recuperação européia foi comprado das indústrias dos americanos. Desse modo, o dinheiro emprestado retornava aos Estados Unidos não só com os juros, mas também com outra vantagem muito maior: Como o bolso da usura não tem fundo, os europeus, depois de recuperado o fôlego, foram induzidos pelo governo americano ao consumismo das bugigangas produzidas em suas indústrias. Assim, através das propagandas, principalmente pela sedução dos filmes de Hollywood fazendo com que os europeus sentissem necessidade de imitar os americanos, entraram na dança infernal do compra-compra de tudo que era fabricado nos Estados Unidos. Historiadores afirmam que os navios que antes transportavam materiais de construção e máquinas fabricadas pelas indústrias americanas rumo à Europa, depois de reconstruídas as cidades européias passaram a transportar montanhas de quinquilharias que a propaganda induzia os europeus a consumir. Assim, os europeus não só enriqueceram as indústrias e o governo americanos, mas também lhes ficaram eternamente gratos pela “mãozinha” na hora da necessidade.

Como para os capitalistas pançudos nada é suficiente, o governo americano criou o sistema financeiro, e, através dele, casava o lucro da venda com o lucro da agiotagem. Assim, quem não pudesse comprar por falta de dinheiro, passava a poder comprar o que lhe era sugerido desde que tivesse um emprego para pagar as prestações mensais. É por isso que os baba saco dos ricos vivem a fingir que empregados lhes escrevem cartas para os programas de rádio pedindo conselhos sobre o que fazer com o décimo terceiro salário, ao que respondem para em primeiro lugar pagar as prestações porventura atrasadas.

Sendo impossível saciar a fome de dinheiro, os americanos inovam sempre. Atualmente, em vez de levar as bugigangas aos compradores, fazem com que os compradores vão às bugigangas. Povos mais facilmente convencíveis como os latinos americanos das republiquetas de bananas enchem navios e aviões para ir às compras nos Estados Unidos, contribuindo, desse modo, também com o desenvolvimento da indústria hoteleira americana. A paixão pelo “American Way of Life” faz com que os macacos latino americanos se encantem com a orientação do feioso Henry Kissinger de que o ideal é a competição. Na Rádio CBN, aos domingos pela manhã, há um programa de entrevistas a jovens que se lançaram como empresários e que teriam se saído bem na luta por seu particular lugarzinho ao sol. O nome do programa é “Young Professional”. Não é preciso dizer que isto significa jovem profissional porque todo brasileiro, em função de sua tendência simiesca, tem algum conhecimento do idioma americano.

Enfim, o tal sistema capitalista adorado pelos falsos filósofos e escritores assalariados é tão contrários aos costumes salutares que leiloa virgindade e firma contrato comercial com recém nascido como nos mostra esta notícia: Clube belga fecha contrato com bebê de 1 ano e 8 meses.

Esse rumo está desaprumado e, para bem de todos, pobres e ricos, é melhor seguir em outra direção. Pessoas capazes de encontrar nova direção existem aos montões. Só não o fazem porque estão todas ocupadas em juntar dinheiro. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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