O monstro
da corrupção aproveita da ignorância do povo do mesmo modo como a fera
aproveita da distração da presa. Os ladrões do dinheiro público tiram dos
requebradores de quadris e frequentadores de igreja, axé e futebola a
possibilidade de uma vida com menos sofrimentos tomando-lhes os recursos com os
quais atenderem suas necessidades. Na verdade, é da corrupção que resultam o
choro no corredor do hospital, a criança abandonada, a falta de tudo. É um
negócio tão desgraçado essa tal de corrupção que a todos deveria provocar
indignação. Ela tira da sociedade o produto do trabalho coletivo que deveria
custear os gastos com a manutenção dos trabalhos indispensáveis ao bem-estar
social. Privar a sociedade desses recursos, portanto, deixando-a à míngua como
fazem os corruptos, é ignorar o modo como funciona a vida coletiva, e onde
predomina este tipo de ignorância não se pode falar em civilização. Existe até um
organismo chamado Transparência Internacional que mede a dosagem de corrupção de
cada sociedade humana, e a Grã-Bretanha “civilizada” ocupa o 14º lugar entre
177 nações. Assim, dá prá falar em civilização de jeito nenhum, Nenão? Mas, se não
dá, por que não correr atrás dela? Inté.
Será necessário haver tanta pobreza, choro, sofrimento? Que jovens pobres tenham que se endividar para estudar? Estará certa a conduta tradicional de terem as pessoas de trabalhar para sustentar as autoridades vivendo em palácios e com todas as suas necessidades pagas, inclusive riqueza pessoal para levar quando deixarem seus postos de trabalho? Há necessidade de tantas autoridades? Que tal matutarmos sobre estas coisas? Este é o objetivo deste blog. Nenhum mal haverá de fazer.
quinta-feira, 9 de abril de 2015
ARENGA103
Não é que
este mal amanhado blog tenha atirado no que não viu e acertado no que viu. Mas
ele vem falando e não é de hoje que o mundo anda carecendo de civilização. Por
várias vezes nele consta que o mundo é habitado por trogloditas de cabo a rabo.
Os seres humanos são ainda mais brutos que as feras que matam pela necessidade
imperiosa de viver porque elas não dispõem de outro meio de se alimentar senão
matando outros seres vivos, como nós, a obra prima de Deus, recheada de bosta,
prova de não haver inteligência na natureza como pensam os frequentadores de
igreja. Nenhuma inteligência por mais medíocre que fosse jamais permitiria o
quadro pavoroso e cruel de um animal sendo devorado vivo, muito menos uma
inteligência capaz de bolar o universo com todas suas complicadas minúcias.
Embora tivesse o cérebro da espécie humana se diferenciado do cérebro das
outras espécies que deu aos humanos a capacidade de raciocinar e tirar
conclusões, permitindo perceber haver mais vantagem em viver juntos do que isolados
como se vivia, é de se lamentar que esta vantagem da cooperação o instinto de
bicho não deixou evoluir e até hoje a desunião impede uma vida coletiva saudável
e o mundo chafurda na desunião das guerras de competição por riqueza. Tomando
como exemplo de incivilidade a sociedade dos ingleses das bundas brancas, povo
exemplo de civilização no mundo, eis o que diz matéria denominada “HOW CORRUPT
IS BRITAIN?”, publicada no blog Outras Palavras, escola de alfabetização
política. Ali se vê que a corrupção que grassa pelas repúblicas de banana
também se encontra entre os supostos civilizados. A mesma matéria jornalística dá
notícia de uma reportagem com o título LONDRES, A MECA DOS CORRUPTOS, de George
Monbiot, um jornalista do “THE GUARDIAN”, onde se lê o seguinte: “Como o
sistema financeiro internacional converteu a capital britânica no centro global
de reciclagem para riqueza de políticos inescrupulosos, ditadores e crime
organizado - Quase todos os dias, jornais e televisões inglesas estão repletos
de histórias que cheiram a corrupção”. Se as sociedades mais antigas ainda se encontram nesse atraso mental,
fica descartada a possibilidade de se falar em civilização no mundo.
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