Se as
indignidades são a marca registrada da história do povo brasileiro, nunca, em
tempo algum, jamais estas indignidades alcançaram tão espetacular suntuosidade
quanto agora que a promiscuidade entre os poderes da administração pública
assumiram proporções nunca imaginadas e despudoradamente executadas às claras
como mostram os argumentos capciosos contra a ação moralizadora da Lava Jato e
a imitação de julgamento de crimes eleitorais pelo Superior Tribunal Eleitoral.
Até as pessoas simples das feiras livres se dizem enojadas uva vez que podridão
é o termo mais apropriado para definir a situação política desse belo país de
triste sorte por ser realmente um país incomparável no que diz respeito à
descompostura, e a falta de pudor que o torna conhecido como terra das mulheres
desfrutáveis face à nudez que ilustra até mesmo propaganda de sapato. A
inversão dos valores que devem orientar o comportamento humano até mesmo quando
isolado de outros seres humanos, a arte de ludibriar e roubar é a base da
cultura brasileira que, em consequência, provocará a debacle social se
continuar a indiferença da juventude ante esta situação claramente perigosa.
Entretanto, como nada se pode esperar de uma juventude desprovida do sentimento
de patriotismo, que futuro terão seus descendentes a continuar a situação do
momento? O pão e circo mantém os jovens preocupados em saber com qual
“celebridade” determinada “celebridade” está trepando, enquanto a deterioração
política se alastra deixando um rastro de destruição atrás de si. A
inexistência de senso comum é parte integrante da cultura do brasileiro de
forma tão acentuada que em meio à imoralidade política fala-se ironicamente na
existência de comissões de ética e decoro, o que é de pocar de rir uma vez que
para haver coerência deveriam ser comissões mantenedoras da falta daqueles
princípios marais. Evidências da insustentabilidade da atual forma do exercício
da política estão aí para todo mundo ver, como, por exemplo, na decisão da ministra
do Supremo Tribunal Federal ao aceitar a negação do presidente da república de ter
cometido o crime de espionagem sobre o ministro relator da Operação Lava Jato.
Além de ser objeto de investigação pela citada operação, o presidente negou o
que vaio a ser comprovado depois de ter usado o avião particular do bilionário
corruptor da empresa JBS que vendeu carne podre para todo mundo, inclusive o que
se diz civilizado. Não significa que a simpática ministra seja desonesta. O
negócio é que na atual estrutura em que se apoia o ordenamento político
mundial, baseado em manter o povo enganado, não pode alguém agir com a devida
lisura mesmo que assim exija sua personalidade porque exporá a si e aos seus
perigo por contrariar interesses dos criminosos mais perigosos que os
assaltantes comuns, porque, como disse o filósofo, os piores criminoso que são
aqueles a quem a sociedade paga para defendê-la dos criminosos. Dessa forma,
não é descartável a possibilidade de ter a ministra aceitado a explicação do
presidente porque seu colega vítima do crime cometido pelo presidente Temer
teria sido também beneficiado pela mesma prática de usar o avião do
contraventor, algo só concebível nessa sociedade de ratos.
O jornalista Ricardo Boechat, nos dias 12 e
13/06/2017, fez uma análise perfeita da situação atual da política brasileira.
Concluiu que todo o bolodório, o disse-me-disse sobre medidas judiciais buscando
corrigir irregularidades aqui e acolá, tudo isso e nada é a mesma coisa. Por
que será que o jornalista está coberto de razão? A ninguém é despertada a
curiosidade pelo fato de não se conseguir colocar as coisas em seus devidos
lugares? Viver decentemente? A explicação para este descompasso está no estranho
modo de vida adotado pela sociedade humana. Tão estranho que faz alguém da
lucidez do jornalista Boechat se declarar apreciador do pão e circo cujo
objetivo até mesmo um Zemané percebe ser desviar a atenção do povo da pretensão
de viver com a dignidade correspondente à condição de humano. Notícias relacionadas
ao pão e circo concorrem em pé de igualdade com notícias que prenunciam um
futuro de insustentabilidade institucional da qual resultará a ruína do futuro
das crianças que as mães despejam insensatamente nessa terra infeliz graças à
ignorância que as faz crer depender das igrejas em vez da política o futuro
destas infelizes crianças destinadas à morte prematura contra a qual André
Cairo vem se batendo destemidamente. Quando os papagaios de microfone imiscuem
assuntos sobre o descalabro político com assuntos sobre brincadeiras, estão, na
verdade, cumprindo ordens das Forças Ocultas mencionadas por Jânio Quadros,
cuja intenção é exatamente desmerecer a seriedade com que deveria ser encarado
o assunto de não haver ninguém na área da administração pública sem rabo preso
com a corrupção, uma vez que os cargos públicos são ocupados por pessoas imbuídas
da cultura do enriquecimento a qualquer custo, portanto, facilmente subornáveis,
escolhidas pelos monstros espirituais possuídos por espíritos demoníacos para
os quais ajuntar riqueza é mais importante que a própria vida. Aí está o
bilionário e monstruoso presidente cor de rosa americano a bater pé firme que
esse negócio de aquecimento global é pura mentira.
Como não se
pode ajuntar as imensas riquezas que estes monstros ajuntam sem praticar crimes,
as pessoas que eles escolhem para os cargos públicos são pessoas que apesar da
pose e de serem chamadas de excelências, são, na verdade, pessoas de caráter
tão baixo que se submetem à condição de serviçais dos projetos criminosos dos monstros
que se apropriaram do mundo e de cuja ação segregadora resultam as levas de
retirantes a vagar mundo afora. É por isso que presidentes da república,
senadores, deputados e juízes esvoaçam os céus em jatinhos da propriedade de
criminosos ajuntadores de riqueza, e é também por isso que estes sabujos dos
ricos procuram denegrir a imagem da Operação Lava Jato diante de uma população bestificada
pelo pão e circo tão endeusado pelos papagaios de microfone que fazem
foguetório quando um grupo de onze garotos ignorantes de sociabilidade e
induzidos a acreditar desempenharem trabalho importante, supera outro grupo nas
mesmas condições mentais numa brincadeira cujo objetivo é fazer com que uma
bola toque na rede, como dizem no jargão esportivo dos analfabetos políticos.
Desta forma,
anula-se a pretendida vantagem do sistema democrático porque embora sendo os
administradores públicos determinados pelo voto do povo tão facilmente
conduzido como manada, resulta nisso que aí está de dependerem as decisões
políticas da vontade dos inescrupulosos ajuntadores de riqueza. Os executores
destas vontades, são apenas bonecos orientados pelos criminosos sociais
ajuntadores de riqueza. É por esse motivo que os juízes do TSE dispensaram as
provas dos crimes de corrupção praticados pelo presidente e a ex-presidente da
república que vieram à tona depois da apresentação da denúncia. A verdade por
trás disso tudo é que, como qualquer empregador, os donos dos bonecos precisam
mantê-los em seus postos de serviçais a fim de lhes facilitar a acumulação de
bilhões, ainda que a custo da infelicidade social. A imprensa publicou imagem
na qual a presidente Dilma encarava com admiração o escroque Eike Batista, ora
presidiário. Há mesmo a possibilidade de terem sido os três votos no TSE a
favor da punição dos empregados dos ricos donos do mundo nada mais do que um
disfarce para esconder a farsa em que foi transformada a administração pública.
Tal suspeita se justifica face à existência de dispositivo legal que autoriza
considerar provas ainda que surgidas depois da apresentação da denúncia e não
ser admissível que tão nobres julgadores desconhecessem esta realidade. Na
verdade, para tristeza daqueles que através dos ensinamentos dos Grandes
Mestres do Saber aprenderam que a verdade é bem outra do que o embuste desse
faz-de-conta em que vivem os seres humanos submissos a crendices, o poder do
dinheiro é a única força determinante do destino da humanidade, e ninguém,
absolutamente ninguém, foge a este fatalismo gerador de todo o sofrimento
humano que ganhará cada vez mais força enquanto os brutos seres humanos não
perceberem que estão preparando as crianças para se tornarem adultos tão
estúpidos quanto os pais que vão buscar na religião aquilo que só pode ser
encontrado numa administração pública voltada para os interesses da sociedade
em vez dos interesses dos malditos reis midas do mundo. Do que é ensinado às
crianças resulta uma sucessão ininterrupta de robôs programados para orar e
disputar entre si a posse de bens materiais na ilusão de obter com esse
procedimento antissocial a paz que jamais será encontrada enquanto a disputa
não for substituída pela cooperação.
Se a
inutilidade da justiça fica patente a todo momento ante as iniquidades
judiciais entre as quais se inclui o faz-de-conta do julgamento pelo Tribunal
Superior Eleitoral, a inutilidade da política fica patente ante o estado de
degradação em que se encontra a sociedade, e é igualmente entristecedor constatar que enquanto a
sociedade apodrece, as únicas atividades de seus jovens sejam futucar telefone
e se preparar para se tornarem profissionais liberais em alguma atividade que
lhes permita ganhar muito dinheiro, mas tão cegos que não enxergam a
possibilidade de não poderem desfrutar da riqueza que pretendem fazer. A estes
jovens passa desapercebida a realidade de não serem mais do que marionetes nas
mãos da corrupção demonstrada nessa matéria do jornal Folha de São Paulo
intitulada Lobista da J&F
repetia que era dono da maior bancada do Congresso. Nesta reportagem
pode-se tomar conhecimento da triste realidade de terem sido os interesses da
sociedade relegados à total insignificância ante os interesses dos imbecis
ajuntadores de riqueza. Diz a matéria jornalística: “No restaurante Figueira
da Vila, em Brasília, o lobista da J&F (dona da JBS, uma das maiores
processadoras de carne do mundo) vangloriava-se que a maior bancada da Câmara e
do Senado não era a do PMDB, PSDB ou PT. Era a dele”. Não é sem razão que
as pessoas que superaram a fase negra de povo se declaram envergonhadas de ser
brasileiras. É tão grande o cinismo das “autoridades” e a pusilanimidade do
povo que a imprensa anuncia guerra à Operação Lava Jato pelo fato de buscar
seriedade na administração pública. Tal acontecimento pode ser equiparado a assaltantes
perseguindo a polícia.
O Editorial do jornal Le Monde Diplomatique
Brasil, ilustra a matéria EM BUSCA DE ALTERNATIVA, do jornalista Silvio
Caccia Bava, com a imagem do Congresso Nacional rigidamente cercado com arame
farpado e o aviso PROPRIEDADE PRIVADA,
matéria que começa assim: “O que precisa mudar é o sistema político como um todo,
desvinculá-lo da tutela do poder econômico, torná-lo muito mais aberto às
intervenções da cidadania, instituir e reforçar mecanismos de controle sobre as
ações de parlamentares e governantes, submeter as políticas públicas ao crivo
dos seus beneficiários, a população, utilizando os referendos e plebiscitos,
entre outras iniciativas. É preciso fazer uma profunda reforma no sistema
político como um todo para democratizar a política”.
Aí está,
pois, exposta a realidade de ter sido a política comprada por empresários
bilionários cuja fome insaciável de riqueza ajunta nas mãos de apenas um por
cento da humanidade noventa e nove por cento da riqueza da humanidade,
realidade que evidentemente precisa mudar. Mas como mudar se os próprios
prejudicados não se incomodam? E não se incomodam por causa da cultura do
conformismo fomentada pela religiosidade e a distração pelas brincadeiras
fomentada pelo pão e circo. Entretanto, como nem mesmo o universo é infenso a
mudanças, a Operação Lava Jato é capaz de mostrar aos conformados a necessidade
do inconformismo sob pena de condenarem seus descendentes ao caos total. Inté.
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