segunda-feira, 13 de setembro de 2021

ARENGA 609

 

No rodapé das páginas 24 e 25 do livro A Lei, de Frédéric Bastiat, há referência a uma prática denominada Política dos Campeões Nacionais que  no frigir dos ovos nada mais é do que mais uma das mil e uma modalidades das não menos numerosas safadezas por meio das quais de tira do povo para dar aos ricos, cultura adotada nos quatro cantos do mundo com destaque para esta pátria de deus onde o STF manda que bandidos ricos voltem para o conforto de suas mansões para curtirem soberbamente do produto do assalto ao erário. Geddel Vieira Lima foi o último desses felizes assassinos por desnutrição de milhões de crianças cuja lembrança haverá de atormentar seus algozes quando a estes chegar a velhice que traz consigo a mania da reflexão sobre o que se fez em tempos anteriores. A tal Política dos Campeões Nacionais é uma forma de doar dinheiro público a riquíssimos empresários que já têm dinheiro para mil vidas. A mutreta se dá da seguinte maneira: a juros risíveis e prazos a perder de vista, a título de empréstimo, o governo passa bilhões do dinheiro público para empresários riquíssimos para que eles se tornem ainda mais ricos e venham a se tornar também os imbecis denominados de gigantes em função da enormidade de suas empresas e a riqueza nelas produzida pelo trabalho de assalariados com merreca.

Para que a massa bruta de povo não venha a tomar conhecimento destas coisas é que existem campeonatos, Olimpíadas, Paraolimpíadas, verdadeiros templos para realização de atividades esportivas e para orações. Enquanto multidões se envolvem com a parafernália de coisas inúteis, a bandalheira corre livre para regozijo da bandidagem política acobertada por uma justiça de faz-de-conta.  


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