sábado, 25 de setembro de 2021

ARENGA 611

 

No livro A Era Do Capital Improdutivo, em função das situações abaixo enumeradas o Grande Mestre do Saber Ladislau Dowbor expõe o quanto a humanidade está sujeita a uma condição social totalmente insustentável. a cada situação mostrada pelo mestre, acrescentemos a observação quanto a que ponto chega a canalhice daqueles que mandam no mundo:

1 –   A cada dia morrem de fome no mundo cinco vezes mais crianças do que as vítimas das Torres Gêmeas de Nova Iorque. - Tanto causa pasmo a perversidade da política que mantém tamanho estado de calamidade quanto a maldade de quem para justificar sua indiferença e covardia diante desta situação absurda limita-se a orar por tão infelizes crianças.

2 – Segundo o Banco Mundial a pobreza diminuiu nas últimas décadas para cerca de um bilhão de pessoas apesar de viver esse bilhão de pessoas com apenas US$ 1,9 por dia. - Aí está a quanto chega a canalhice daqueles que administram a riqueza do mundo. Enquanto um ser humano tem menos de sessenta dólares para se manter por um mês, bonecos iletrados do pão circo têm milhares ou mesmo milhões para correr atrás de bola.

3 – Para um PIB mundial de US$ 80 trilhões, portanto, um produto per capta de US$ 11 mil, o que equivale a US$ 3.600 por mês por família de quatro pessoas ou cerca de onze mil reais. Para todo canto que se volte dá-se com pavorosa injustiça social. - Se cada família no mundo, segundo  o PIB mundial tem direito a onze mil dólares a cada mês, por que, então, em nossa pátria de deus milhares de famílias têm de se contentar com R$400,00 apenas?

4 – Oito indivíduos apenas no mundo são donos de mais riqueza do que a metade da população mundial. - Aí está! São ou não  são canalhas aqueles que tecem loas para a cultura do venha a mim e os outros que se danem vigente no mondo? Não como não resultar em pandemônio como ocorreu nas revoluções Russa e Francesa um sistema assim.

5 – A expressão “o rabo passa a abanar o cachorro” define com perfeição um sistema econômico no qual o processo de agiotagem do sistema financeiro tem prioridade sobre o processo produtivo. - Outra vez mestre Dowbor desnuda a inconsistência da cultura do venha a mim e os outros que se danem. Terminará em desastre uma administração na qual da agiotagem do sistema financeiro provém melhores resultados do que a atividade produtiva.

6 – Desde 2015 que o 1% mais rico tem mais riqueza que o resto do planeta. - Quanto a esta sandice nada mais é preciso dizer senão repetir à exaustão: UM POR CENTO DA HUMANIDADE TEM MAIS RIQUEZA DO QUE OS NOVENTA E NOVE POR CENTO RESTANTES!

7 – Ao longo dos próximos vinte anos quinhentas pessoas passarão mais de US$ 2,1 trilhões para seus herdeiros. Soma mais alta que o PIB da Índia, que tem 1,2 bilhão de habitantes. - Tal constatação traz à baila a afirmação do velho e sábio Marx de que o mundo carece de modificação.

8 – A renda dos 10%, mas pobres aumentou cerca de US$ 65 entre 1988 e 2011, enquanto a do 1% mais rico aumentou cerca de US$ 11.800, ou seja, i82 vezes mais. - Olha o velho Marx aí de novo.

9 – Temos no Congresso bancada ruralista, da grande mídia, das empreitas, dos bancos, das montadoras. Podem ser contados nos dedos quem representa o cidadão. - Mestre Dowbor foi generoso ao acreditar haver no Congresso quem esteja a serviço do povo. 

10 – A constituição não resiste aos ataques dos grupos corporativos venais do Congresso. - Esta realidade está materializada no fato de ter o banditismo trânsito livre nesta pátria de deus.

11- Nos Estados Unidos, a venalidade deu origem a esta expressão popular: “temos o melhor congresso que o dinheiro pode comprar”. -  E há quem chame aquela gente de civilizada.

12 – No mundo, o judiciário foi comprado pelos grandes grupos econômicos. Eles pagam multa se criminalmente responsabilizados, mas não são responsabilizados criminalmente. - Aí está a prova de que dinheiro é que é o verdadeiro e único poder no mundo.

13 – George Monbiot chama a legalização dos crimes financeiros de “um sistema privatizado de justiça para as corporações globais”. Considera que a democracia é impossível nestas circunstâncias. - Novamente, olha aí o velho Marx.

14 – O alcance planetário dos meios de comunicação conseguiu atrasar em décadas a compreensão do vínculo entre o fumo e o câncer, a expansão do sistema público de saúde, fez o mundo acreditar que a guerra por petróleo era para libertar o povo do Iraque da ditadura e para proteger o mundo de armas de destruição em massa. Quem se elevou acima da mentalidade reles de povo sabe que o mundo vive de falsidades.

15 – Grupos financeiros impõem aos governos nomeação de agentes seus para postos-chave como Banco Central, Ministério da Fazenda e Comissões Parlamentares. Sendo os donos da dívida pública, estimulam medidas que favoreçam uma economia que por meio da agiotagem lhes permite se apropriar do que a sociedade produz.  -  A sociedade produz para parasitas desfrutar.

16 – Contando com financiamento de petrolíferas, de produtores de carros, de armas e da direita religiosa, por meio de propaganda enganosa, vendeu-se ao mundo a ideia de ser falsa a necessidade de se mudar a matriz energética para conter o aquecimento global. É para isso que em cada casa, cada sala de espera e até nos transportes, televisões deturpam a visão do mundo, resultando numa sociedade desinformada e consumista. - E aqui, face a tantos descalabros, este cantinho de pensar levanta questão de não ser esse o motivo pelo qual no site (esquisito) (Life Indigno), com título AS FORTUNAS DESSAS CELEBRIDADES VÃO TE DEIXAR DE QUEIXO CAÍDO, integrantes da escória da intelectualidade ligadas à televisão são apontadas ao lado de muita pose, carrões, iates, jatinhos e mansões, como proprietárias de grandes fortunas. Estre estas “celebridades” estão Faustão com 950 milhões, Sílvio Santos, 7 bilhões, Luciano Huck, 500 milhões, Gugu Liberato, 200 milhões, Xuxa, 750 milhões. A lista de toupeiras mentais consideradas celebridades é tão grande que faz nojo a quem sabe ser a imbecilidade do povo que permite a existência destas marionetes do Pão e Circo regiamente pagas com seu dinheiro para fazê-lo de bobo, como efetivamente fazem.

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