sexta-feira, 21 de junho de 2019

ARENGA 579


Grande perversidade é a do Cassino Caixa Econômica Federal contra o povo. Cassino, sim, e um cassino que rouba de pobres em vez de ricos, como fazem os cassinos em geral. Ao colocar os pobres diante da possibilidade de ficarem ricos, além de enganá-los, os falsos líderes políticos causam neles uma ansiedade semanal que os torna ainda mais infelizes do que precisam ser como pobres. O engodo da mega-sena é um engodo ainda maior do que o do estelionato praticado pelos representantes de deus porque envolve também os descrentes que não contribuem para a riqueza de espertalhões. Este crime só é menor do que o de transformar seres pensantes em não pensantes, o que fazem todos os falsos líderes do mundo ao fomentar o pão e circo. O crime de manter o povo incapaz de perceber desempenhar o papel de bobo da corte vem desde quando os romanos o distraiam com os espetáculos do Coliseu, papel que hoje cabe às igrejas, o futebola, o pão circo, as putarias das “celebridades” e as baixarias dos “famosos”, marionetes manipuladas pelos falsos líderes do mundo inteiro de forma tão eficiente que o povo foi convertido em massa amorfa de imbecis incapazes de perceber não haver justificativa para sua condição de ser não pensante, realidade que se materializa na destruição de imensas fortunas em guerra, templos monumentais para oração e mordomias de políticos ao tempo em que falta riqueza para não ter pobreza.

Em São Paulo, o elemento negativo povo acaba de demonstrar sua incapacidade de raciocinar ao esperar que de uma cerimônia religiosa que mobilizou grande multidão pudesse vir alguma proteção para suas famílias, engodo tão visível que seu presidente da república que também participava está empenhado em que o Congresso Nacional aprove uma lei que permita ao povo a posse de arma de fogo como proteção. 

Intelectuais escrevem livros e mais livros indicando soluções para os problemas que envolvem a humanidade. O último deles que me levou a perder dinheiro adquirindo-o foi DEPOIS DO COLONIALISMO MENTAL, do filósofo brasileiro (mais americano do que brasileiro) Roberto Mangabeira Unger, provando mais uma vez que os intelectuais, como os políticos, falam apenas porque não podem deixar de falar. A fala deles são apenas palavras ao vento. Só não se pode mandá-los conversar para os presos porque nem mesmo os presos gostariam de ouvir suas divagações inúteis e antipáticas. O mais americano do que brasileiro Mangabeira Unger cita os Estados Unidos como uma país que nos serve de referência. Porém, o povo americano é tão infeliz quanto os demais infelizes do mundo. Sua felicidade talvez seja ainda maior do que a infelicidade dos pobres brasileiros frequentadores de igreja, axé e futebola porque os infortúnios destes ainda lhes permitem requebrar os quadris com alguma tranquilidade quanto à possibilidade de se tornarem vítimas de explosões ou rajadas de metralhadoras.

É desperdiçar dinheiro e tempo com os livros dos intelectuais porque ou eles vivem fora da realidade ou fingem por conveniência desconhecê-la uma vez que sua despensa abastecida depende de sues bestas de sela completamente inúteis. Aquilo de que se faz necessário a fim de ser a humanidade menos infeliz é despertar para o fato de se encontrar ela envolvida num engodo tão monumental que tudo em volta são falsidades. É impossível àquele que de boa vontade e espírito livre de interesses escusos se dedique a meditar um instante sobre como pode a humanidade deixar de padecer a maioria dos males de que padece. Isto os intelectuais não fazem porque se o fizessem chegariam à conclusão simples de não terem as autoridades interesse algum no bem-estar social porque se o tivessem não se encontrariam vivendo nababescamente às custas do pobre povo sob seus cuidados. Entre todas as demonstrações de desprezo das autoridades ao povo estão as guerras. Nelas se materializam duas demonstrações de que em busca da maldição denominada PODER as autoridades que deveriam zelar pelo povo faz dele bucha de canhão. E a prova mais evidente de haver uma criminosa manipulação cerebral do povo é ser ele capaz de ver sem questionar seus filhos serem mandados para campos de batalha para defender interesses pessoais de falsos líderes. O povo foi levado à condição de ser tão irracional que é capaz de se encantar ao ver queimar em fogos o dinheiro que lhe falta. A única maneira de evitar problemas sociais é elevar a espiritualidade do povo por meio de uma educação capaz de convencer cada um indivíduo da realidade de ser impossível viver em sociedade cuidando apenas do bem-estar individual. Acontece que às autoridades interessa um povo que não saiba disso porque tal percepção não lhes permitiria a vida fácil a que estão acostumadas. Esta realidade é facilmente percebível na preferência pelas brincadeiras e putarias em detrimento dos assuntos sérios que envolvem a atividade de viver. É por isto que a papagaiada de microfone papagaia incessantemente sobre esportes e festividades. É assim que leva o povo à condição de massa bruta, de seres tão mentalmente medíocres que no livro de Luiz Otávio de Lima GRANDES BATALHAS QUE MUDARAM O BRASIL, na página 9, a constatação de terem os índios Tamoios se cansado de trabalhar para os franceses em troca de presentes leva à conclusão de que até os inocentes selvagens são capazes de perceber serem iludidos enquanto a massa bruta de povo permanece eternamente indiferente a esta realidade. A verdade que ninguém quer reconhecer é que os seres humanos ainda estão muito distantes da evolução espiritual necessária para viverem de outra forma que não na infelicidade festiva em que vivem. Inté.

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