Apesar de
continuar moldável, dia a dia a massa bruta de povo tem mostrado alguma
rebeldia em tomar a forma desejada pelos falsos líderes políticos e religiosos
que pensam por ela. Embora a quase totalidade dos seres humanos ainda pensa
existir deus, não são poucos os que contestam a existência de divindades. Quando
o governo diz não se justificar tomar dinheiro emprestado no exterior para
pagar aposentadorias, já não consegue ter unanimidade popular de aprovação às
razões apresentadas como justificativa para reformar a previdência. Calejado de
ser enganado pelos governos desde que eles existem, gatos pingados despontam do
meio da massa bruta de povo demonstrando alguma capacidade de raciocínio, e, ouvindo
de pessoas versadas em política tratar-se de mais uma mutreta contra o povo esta
reforma, preferem estes gatos pingados dar ouvidos a estas pessoas do que ao
governo.
A perda de
credibilidade por parte dos falsos líderes lembra a afirmação de Thomas Paine
de que o tempo convence mais que a razão. Levando ferro por tanto tempo, as pessoas
foram convencidas de que as autoridades têm interesses diversos daqueles que
dizem ter. Realmente, se há dinheiro para alimentar a agiotagem internacional,
desperdiçar à larga com palácios e uma plêiade de “excelências”, “famosos”,
“celebridades” podres de ricos, templos para orações e outros tantos para brincadeiras,
há realmente dente de coelho nessa história de faltar dinheiro para pagar
aposentadorias. O que se faz necessário, isto sim, é corrigir as distorções.
Absolutamente nada justifica quem deu duro a vida toda receber uma merrequinha
de nada enquanto parasitas sociais recebem várias e gordas aposentadorias.
A
religiosidade é a maior demonstração de ingenuidade que alguém pode dar. Quando
o chefe do atual governo religioso diz que o Estado é laico, mas ele é
religioso, está demonstrando ser tão ingênuo que não sabe serem duas coisas
distintas a pessoa física do presidente da república e a instituição Estado Brasileiro.
A História mostra que desde sempre houve uma parceria entre política e
religião. Só não sabe disso a massa bruta de povo mais interessada nas trepadas
de Neymar do que nos assuntos pertinentes à sua vida. Vivendo ambas, política e
religião, de passar mel na boca do povo, é compreensível a religiosidade do
presidente como político, mas nunca como ser pensante.
A sociedade
humana só tem a perder por não se interessar em corrigir a falta de lógica na
qual está envolvida. Raciocinando a respeito, percebe-se não haver motivo algum
para se acreditar nem no que dizem os políticos e nem nos representantes de
deus porque tanto uns quantos outros se apresentam como portadores de poder
capaz de promover o bem, mas predomina um mal tão evidente que os bancos,
embora não passando de quadrilhas organizadas para roubar a sociedade e fazê-lo
com maior eficiência do que as quadrilhas dos outros bandidos, como mostram
seus lucros fabulosos, são estas últimas quadrilhas execradas enquanto as
primeiras têm sua prática criminosa recomendada pelos papagaios de microfone.
É preciso
pensar e repensar a organização da sociedade humana, mormente neste belo país
de triste sorte. A prisão de bandidos perigosos à nossa sociedade não a protege
das ações criminosas porque os bandidos continuam exercendo suas atividades de
dentro dos presídios, contando, inclusive, com parceria de advogados e
conivência da OAB, de olho nas mensalidades.
Mesmo vendo
velhos arqueados, apoiados em bengalas ou em cadeiras de roda, os jovens jogam
fora sua vitalidade, imaginando-se imunes a tal destino. Daí que a única
preocupação quanto ao futuro se resume a guardar o que comer quando não tiver
mais força trabalho para vender. A ninguém ocorre que o trabalhador é condenado
a só ter sua parca refeição quando alguém precisa dele para fazer algum
serviço.
A juventude
mundial só tem a perder em deixar-se transformar em massa de manobra de uma
liderança tão pervertida moralmente que na introdução do livro de Arthur
Schopenhauer, TRINTA E OITO ESTRATÉGIA PARA VENCER UM DEBATE, está dito com
muita propriedade que a vaidade e a hipocrisia triunfam sobre a verdade. Inté.
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