segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

ARENGA 643

 

 

A papagaiada de microfone da Rede Bandeirantes está alvoroçada por lançar a estreia de Faustão. É mais uma evidência da maldade inerente à cultura vigente do venha a mim e os outros que se danem para a qual é imprescindível um povo tão néscio a ponto de ver em Faustão alguma importância. Na verdade, cada um dos admiradores de Faustão é também um Faustão em potencial. Para que se torne um Faustão de fato é que existe o alvoroço da papagaiada de microfone da Rede Bandeirantes que tem seus motivos canhestros para criar programa intitulado Brasil com Z. 

Tanta imbecilidade tem razão de ser se àqueles que ditam como deve pensar a massa bruta de povo interessa um povo incapaz de pensar alto uma vez ser essa escória intelectual a quem cabe a responsabilidade de eleger as autoridades entre aspas que irão portar a chave do cofre do erário. Já o escritor espanhol do século XIX, Pio Borja, declarava ser mais fácil enganar a multidão do que enganar ao indivíduo (Pág. 161 de Os Donos Do Mundo). Vai daí que a realidade da vida mostra que o objetivo das “autoridades” escolhidas pelas multidões é fazer delas burro-de-carroça e explorá-las a fim de assegurar a si mesmas uma vida de tripas forras em mansões onde para se alimentar é preciso haver identidade entre o vinho e a carne, não obstante a existência de multidões para as quais felicidade é poder roer osso e dispor de absorvente íntimo que impeça o fluxo menstrual de escorrer pelas pernas.

Uma vez ciente da realidade de ser a multidão que escolhe a “autoridade", e de ser mais fácil enganar as pessoas quando em multidão, e de ser a enganação o objetivo das “autoridades, percebe-se que a euforia da papagaiada de microfone, sabujo das “autoridades” de plantão, é que havendo um Faustão por trás de cada microfone e de cada esquina para injetar estupidez nos passantes, assegura-se maior facilidade para a enganação que transforma em escravo o verdadeiro senhor, o povo, visto ser quem paga a conta de tudo.

O efeito faustão é tão avassalador para a sociedade que desmoraliza o conceito de democracia. Segundo observação na mesma página 16l de Os Donos Do Mundo, a democracia seria um sistema de governo no qual os governantes são escolhidos pelo voto dos cidadãos. Entretanto, estando fora de qualquer lógica considerar cidadã a malta festiva de drogados pelo efeito faustão, uma vez que absolutamente ninguém ali tem noção do que seja cidadania, cujo conceito envolve desfrute de liberdade e não há que falar em liberdade para quem vive sob o jugo do medo a que se refere George Orwell em 1984 e a subserviência no atendimento ao chamado do apito do emprego a que se refere Máximo Gorki em A Mãe.

Conclui-se, pois, que a falação de democracia é nada mais que uma das muitas enganações de que é vítima a massa bruta de povo leva pela arte satânica de marqueteiros a eleger quem promove maiores espetáculos mambembes com cantores também mambembes. 

 

 

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