domingo, 22 de junho de 2025

ARENGA 826

 

Ganha um doce o futucador de telefone que souber o motivo pelo qual o filósofo, escritor e mais um montão de qualidades positivas, ou seja, uma celebridade diferente das celebridades da papagaiada de microfone, de nome Humberto Eco, disse que quem controla os meios de comunicação controla o mundo. Como previsto, ninguém da mentalidade de povo foi capaz de alcançar o significado das palavras do grande mestre não obstante, com raríssima exceção, se encontrar absolutamente toda a trupe humana controlada pelos meios de comunicação.

Por este motivo é que as pessoas dotadas de desenvoltura espiritual devem se recolher eu seu cantinho de elevação mental, de modo a ficar longe da turba desprezível e barulhenta sem a menor noção de que a vida social se assemelha à vida de uma família tão unida que o sofrimento de um dos seus membros afeta os demais.

Para a malta barulhenta, entretanto, embora crianças amarguem grandes sofrimentos no meio a guerras pela busca de poder e riqueza, pipocam festas e foguetórios numa indiferença monstruosa como se lhe fosse prazeroso o martírio do semelhante.

Embora nada adiante, saiba malta desprezível, que o filósofo disse que ao seguir o berrante da mídia, soprado pelos papagaios de microfone, a soldo dos ricos donos do mundo, as multidões desprezíveis nem mesmo sabem que podem pensar sobre o quanto espetacular é o tamanho de sua estupidez.

       

    

domingo, 1 de junho de 2025

ARENGA 825

 

Ninguém vai dizer qual é mau lugar. Diz terrivelmente enganada a ministra Marina Silva. Ah! Minha cara ministra, o quanto lhe falta de experiência de vida para saber o quanto poderíamos viver melhor se realmente ninguém pudesse impor sua vontade sobre a vontade de pessoas boas como a senhor. Infelizmente, minha cara ministra, não é assim por que sendo o poder do mal superior ao poder do bem, existe uma força maligna diante da qual quem exerce liderança ou passa para o lado do mau para fazer maldades ou é impedido de fazer o bem.

Do pequeno ao grande, não passamos todos de paus mandados sem vontade própria a seguir o som do berrante soprado por esse poder demoníaco que se apossou da vontade dos seres humanos e os faz convictos de que a atividade de viver se resume a ganhar dinheiro, reproduzir e festejar. É por conta desse poder maligno que a vida não merece ser encarada com a seriedade devida. Representantes de satanás encarregados de promover alegria anula nos seres humanos a possibilidade de alguma luz que lhes ilumine um caminho de harmonia, paz e tranquilidade.

Assim é que sob o poder imensurável dos maus, não há lugar no mundo para os pacíficos e bem intencionados que desejam para os demais o que desejam para si. Taxados de comunistas pelos representantes do mal, depois de escorraçados, sobre apenas lugar no mundo para aqueles influenciados pelo poder satânico que determina o destino do mundo. A senhora, cara ministra, é um exemplo de nossa submissão. Embora tendo o trabalho e a vontade de assegurar a preservação ambiental, por muito que se esforce nesse sentido, os representantes do mal lhe impedem o sucesso. Tanto o governo do qual a senhora faz parte quantos todos os demais governos do mundo têm rabo prezo nas forças malignas. Poucos são aqueles que descobriram a ponta do fio da meada com a qual é tecida a malignidade da vida social. Os demais, iludidos com a cor da chita seguem rumo onde não faltam alegrias e sofrimentos. Não é por ter aprendido que a vida não é como se acredita ser, e que todas as alegrias e festejamentos escondem uma realidade sombria para as crianças de hoje que se justifica o preceito bíblico de que adquirir conhecimento é adquirir tristeza. É melhor a realidade do que a falsidade.  

 

 

  

sábado, 31 de maio de 2025

ARENGA 824

 

O rei Salomão não tinha tanta sabedoria assim. As experiências das quais se se gaba em Eclesiastes. No capítulo 2 desse livro, versículos 14,15 3 16, se mostra indignado com o fato de acontecerem ao sábio as mesmas coisas que acontecem ao tolo “COMO PODE O SÁBIO MORRER COMO O TOLO MORRE?”. Esperar que a natureza dispense tratamento especial para o sábio equivaleria a admitir inteligência na natureza, o que está fora de qualquer cogitação. Inteligência divina é nada mais do que mais uma das muitas idiotices que impede a humanidade de evoluir mentalmente. Erram os seres humanos de modo colossal acomodando-se na inércia de um paquidermismo rançoso que os mantém atrelados à mentalidade de seus antepassados distantes que pensavam poder se comunicar com árvores, montanhas, rios ou pedras.

Tão equivocados estão os seres humanos que se dividiram em explorados (todos que trabalham) e exploradores (todos que parasitam o resultado do trabalho dos explorados). E estão todos equivocados porque tanto os que trabalham descansarão debaixo da terra depois de tanto trabalhar e, do mesmo modo, os que depois de tanto explorar. Terão, assim, o mesmo fim tanto dos tolos de um lado quanto do outro lado uma vez que só há tolos nessa história.

domingo, 25 de maio de 2025

ARENGA 813

 

Nas páginas 194 e 195 do grandioso livro Homo Deus, de mestre Yuval Noah Harari, há prova suficiente de que a falta de sintonia com a realidade, que é a causa da infelicidade humana, é mais facilmente alcançada pela observação, análise e conclusão a respeito do comportamento humano através dos tempos do que buscando nos best sellers dos intelectuais. No exemplo aqui referido mestre Yuval diz que a ciência sempre precisou de ajuda da religião para criar instituições humanas viáveis e que não há um método científico para determinar como os humanos devem se comportar. Tais afirmações não fazem sentido fora do mundo da intelectualidade. O comportamento para se viver em sociedade é justamente contrário ao estabelecido pela cultura atual do venha a mim e os outros que se danem. Precisa método científico para nos mostrar coisa tão simples? Basta o senso comum que nos indica ser indispensável seguir a recomendação de Cristo para tratar o próximo como gostaria de ser trato. Este é que é o método de comportamento sem o qual a sociedade é a parafernália denominada pelos intelectuais de exclusão, muita riqueza ao lado de muita pobreza, famintos, violência, ignorância, alegria de débil mental, enfim, infelicidades para puxar de gancho, e tudo em função do egoísmo e da falta de preocupação com a vida social em detrimento da exuberante preocupação com a vida individual apenas, individualismo decorrente do fato de não ter ainda ocorrido aos seres humanos a realidade de já terem deixado para trás a fase de bichos e passado para uma que apesar de ainda ter muito de bicho, já tem também algo o bastante de capacidade de raciocínio para que se comporte de conformidade com vida comunitária.

Ainda sobre a inutilidade dos intelectuais para a compreensão de como viver sem os transtornos de que os seres humanos de tão calejados já se acostumaram, temos na página 194 citada acima a representação de um papa trocando por dinheiro o direito de ir para o lado deus depois de haver morrido. Enquanto permanecer mentalidade pequena o bastante para comprar isenção de pena pelos pecados é por ainda haver predominância do lado de bicho sobre o de gente. Apesar de ver algo de positivo na religião, o mesmo autor diz que a luz da ciência desfez a escuridão da religião de modo que o mundo se tornou mais secular e mais próspero. Nada de positivo pode haver na ignorância, e só a cegueira mental impede ver que tanto maior for a ignorância, maior também será a religiosidade. Há uma epidemia criada em laboratório do diabo que ataca a humanidade e a impede de encarar a realidade.

      

  

    

    

 

 

 

  

 

 

  

 

sábado, 24 de maio de 2025

ARENGA 812

 

Porque será que ninguém estranha a exorbitante importância que os meios de comunicação atribuem às coisas de nenhuma importância?

Porque os salários das pessoas incultas da televisão somam várias vezes o salário do professor?

Por que será que os adultos estão brincando de bonecas feito crianças?

Por que haverá tanto ódio e tristeza nas crianças que em vez de estudar e brincar elas matam seus colegas ou cometem suicídio sem que os futuros pais se mostrem preocupados com tamanho absurdo?

Por que será que apesar de sua grandiosidade, a importância da administração pública foi tão diminuída que seus cargos máximos são ocupados por pessoas perseguidas pela polícia?

Por que, afinal, ninguém se incomoda com estas coisas absurdas que atordoam nossa sociedade?

É justamente porque ninguém se incomoda que acontecem tais coisas.  Quem não se sente mal em viver num ambiente de nenhuma preocupação com desenvolvimento mental nem o mínimo sequer de civilidade uma vez que toupeiras intelectuais são consideradas celebridades e as intimidades de alcova são motivo de fama e enriquecimento, evidente é que tal sociedade está a clamar para que os responsáveis pela sua condução revejam seu papel de líderes que nunca foi parasitar os liderados para ostentar riqueza à custa do trabalho deles.

O fato de nenhuma sociedade contar com verdadeira liderança deve-se tão somente à herança atávica do comportamento dos bichos que já fomos e que ainda não deixou a personalidade dos seres humanos, salvo raríssimas exceções. E sendo assim, não é de se esperar que a investidura em cargo importante além da troca de atividade troque também a personalidade defeituosa do investido. Portanto, não é com revoluções que as sociedades podem ser civilizadas porque muito sangue já encharcou muitos solos e a barbárie nunca foi superada.

terça-feira, 20 de maio de 2025

ARENGA 811

 

Não é por vir de filósofo que suas afirmações deixam de merecer meditação a respeito do que eles dizem. O “penso, logo existo”, por exemplo, do filósofo René Descartes, deixa crer que pensar é condição para existir, portanto, não existiria o que não pensa. No entanto, quando não havia sapatos, muitos dedões arroxeados testemunharam que pedras existem apesar de não pensar.

É atribuída ao filósofo Confúcio o seguinte: “O que você sabe, sabe; o que você desconhece, desconhece. Esta é a verdadeira sabedoria”. Onde é que há sabedoria em afirmar que alguém sabe o que sabe e que desconhece o que desconhece?

Santo Anselmo teria afirmado que “Basta pensar em deus para sabermos que ele existe”. Entretanto, pensar em algo não torna esse algo realidade porque apesar de famintos não pensarem em outra coisa senão em comida, continuarão famintos.

Se não é de hoje que a humanidade anda na contra mão da vida, assunto sobre o qual esse cantinho de pensar insiste em martelar dia e noite, a solução de seus problemas se deve ao resultado de um trabalho muito bem arquitetado que resulta na condução do cérebro para a direção errada.

Entre todos os “é preciso fazer isso e aquilo”, ouvidos da parte de intelectuais, a única coisa que realmente é preciso fazer, mas que falta quem o faça, é despertar a humanidade do torpor em relação à atividade de viver a que foram levados os seres humanos.

Se, como diziam os antigos, cabeça vazia é oficina do diabo, a última criação e acolhimento dos bebês reborns pelos seres humanos significa que o pão e circo evolui de modo extraordinário, para não faltar ferramentas na oficina de Satã para envolver as mentes vazias da estúpida raça humana.

domingo, 18 de maio de 2025

ARENGA 810

 

            Para bom entendedor meia palavra é quanto basta, diziam as pessoas de outros tempos em relação aos incapazes de entender a diferença entre o que é sensato e o que não é. O comportamento de destruir o que nos é indispensável para viver demostra que nem todas as palavras de todos os dicionários do mundo são capazes de levar um mínimo de sensatez aos bichos humanos que de tão estúpidos se autodeclaram        SAPIENS na mesma presunção com que também se dignos de fama e celebridade os brutamontes mentais cujo único mérito é a sensualidade para as mulheres e, para os homens, os músculos que darão lugar a pelancas. Tamanha é a capacidade destrutiva do ser humano que Hobbes foi demasiadamente elegante quando se referiu à voracidade humana comparando ao lobo o indivíduo dessa espécie, quando a verdade é que cada ser humano representa maior perigo a outro ser humano do que uma grande matilha de lobos.

Facilmente se observa que onde quer que apareça o monstro humano é acompanhado do pior inimigo não só da sua espécie, mas também de qualquer outra espécie. A maldade humana já se manifesta na tendência das inocentes crianças a destruir brinquedos e matar passarinho.

É tão grande a maldade humana que a humanidade está condenada por si mesma e ser infeliz, e é tão grande sua estupidez que em vez de corrigir a causa de sua infelicidade, não o faz. Ao contrário, está certa de que aquele que sofre é porque merece sofrer, quando não é verdade porque o sofrimento decorre unicamente do procedimento terrivelmente equivocado de encarar a vida apenas sob aspecto material. A ninguém ocorre haver uma vida social a merecer ainda maiores preocupações dedicadas aos cuidados que merecem as atividades de morar, comer, vestir, educar e proteger. No tocante ao instinto de reprodução, ou é encarado como solução para a monotonia inevitável que se segue ao    SÓ VOU SE VOCÊ FOR dos primeiros tempos quando ainda não se sabia ser mentira e falso o que nos ensinaram sobre a vida. Há uma vastidão de experiência em quem afirmou que se o amor é um sonho, o casamento é o despertador.

A única certeza a que pode levar a meditação sobre a atividade de viver é que se vive de mentira em mentira. Nada, absolutamente nada de tudo que nos transmite é verdadeiro. Do batismo à extrema unção, é só falsidades. Ninguém observou isto melhor do que Platão. Ao materializar na ALEGORIA DA CAVERNA seu pensamento, Platão mostrou na prática como é que a falsidade passa por verdade.

É de clamar aos infernos o comportamento de se resignar com o SEJA FEITA A VONTADE DE DEUS ao se ver diante de um infortúnio porque não existe problema sem solução. Este comportamento de infinita estupidez é nada mais que uma das muitas mentiras convergentes para o caudal de falsidades que afastam a humanidade da realidade da vida.

Aqui na página 11 do excelente livro HOMO DEUS, do mestre Yuval Noah Harari, face aos milhões de mortes por fome, peste e guerras, muitos pensadores e profetas concluíram que a fome a peste e a guerra deviam fazer parte do plano cósmico de deus ou de nossa natureza imperfeita, e que apenas o fim dos tempos nos livraria delas. Tais pensadores e profetas não pensaram que não existiríamos depois do fim dos tempos para que fôssemos livres da fome, da peste e da guerra? Todo a infelicidade humana em por única causa o não despertar para a necessidade de comparar o que se ouve com a realidade.  

sexta-feira, 16 de maio de 2025

ARENGA 809

 

Se este cantinho de pensar dá impressão de não dar toda a importância que geralmente é dada aos intelectuais é porque ele realmente não dá. E não dá porque até mesmo os intelectuais sabidamente sinceros em almejar uma sociedade melhor para todos, mesmo estes parecem não perceber a inutilidade da indicação de melhores caminhos para a humanidade uma vez que ela prefere os piores. Se, como lembrou mestre Rousseau não se pode ser claro com quem é desatento, a humanidade em peso foi levada a ter ouvidos moucos para a sensatez. Portanto, antes de dizer o que fazer para ter uma vida menos ruim, deveria quem assim procede verificar primeiro se aqueles a quem se dirige estão interessados em deixar o comportamento a que estão acostumados para se comportar de outro modo.

Tendo sido as pessoas maldosamente induzidas por uma política desenhada pelo poder da riqueza dos ricos e avarentos cuja sede insaciável de ouro precisa ter um sistema econômico que os beneficia e que pareça de nenhuma importância para a qualidade de vida do povo porque também lhe ensinado que apenas a deus cabe tal decisão. Uma vez enraizada na mente do populacho festeiro tal crença, será ela que determinará o comportamento ainda que errado e que não poderá ser modificado sem antes modificar a crença que o determinava. Assim é que enquanto a humanidade permanecer iludida feito crianças com a falsidade de ser importante o futebola, de serem realmente famosas e célebres “famosos” e as “celebridades”, ridículos e de nenhum valor, de haver importância no fumaceiro colorido do Vaticano, de esperar que tudo vai mudar quando um político substitui outro político. A falácia da democracia, tudo isso clama por uma intervenção do raciocínio dos intelectuais. Como se atribuir a frequentadores de igreja, torcedores e bailarinos de axé a altíssima responsabilidade de dar a última palavra na escolha de quem vai ocupar os mais altos cargos da administração pública? Apesar de não ter cabimento, é o que acontece sem chamar atenção de ninguém. Ou não é nisso a que se resume a democracia? Daria melhor resultado uma ditadura sob a responsabilidade de um Gandhi, Mandela ou Luther King.

Enfim, justificando nossa restrição à intelectualidade e a valorização das conclusões resultantes da observação e meditação, deparamos com uma observação de um intelectual cujo trabalho em prol de uma sociedade melhor tem merecido justificados elogios e reconhecimento: ao se referir ao grave problema da desigualdade, aquele escritor diz que pelo grande alcance da mídia seria fácil difundir o que fazer para corrigir os erros dos quais decorrem a desordem social. Mas, como, se tudo de errado é justamente implantado nas pessoas pela mídia? O modo de pensar do povo é incutido nele pela incontável rede de papagaios de microfone que, como todo mundo que precisa trabalhar por dinheiro, trabalham para os ricos donos do mundo fazendo crer ser verdadeiro o que é falso. É por influência destes papagaios de microfone que o mundo inteiro se interessa pela cor da fumaça do circo Vaticano e se joga no Cassino Caixa Econômica é também pela influência negativa do alvoroço que a mídia faz em torno dos milhões que se pode ganhar.  

quarta-feira, 14 de maio de 2025

ARENGA 808

 

Olha, minha gente, sobretudo a juventude, pobre juventude, não viram todos vocês o tremendo bafafá sobre a morte de um papa e um estardalhaço ainda maior sobre a eleição de outro papa? Não estão vendo as notícias sobre um novo técnico da seleção brasileira de futebola? Já notaram que televisão, telefone celular e carro passaram a fazer parte da família? Repararam nas notícias dando conta das mansões, do tamanho das fortunas, o motivo da separação de celebridades? Já pararam um instante sequer para pensar sobre o motivo pelo qual pessoas de nenhum valor intelectual são celebridades? Claro que não. Nunca alguém meditou sobre estas coisas. Ninguém jamais despertou para as tantas coisas que são tidas como algo que na verdade não são. Vejam o papa: tido como representante direto de deus na Terra, ao mesmo tempo, não conta com proteção divina visto que como qualquer um de nós tem de recorrer a médicos na doença. Além do mais, sendo sua intervenção em prol da felicidade humana limitada a orações, nenhum efeito tem, sendo, portanto, injustificados os riquíssimos rituais de sua vida pomposa.

Ouçam, pois, o que lhes vai dizer este experiente ser humano inconformado com a facilidade com que meus irmão humanos se deixam enganar por um punhado de seres tão ignorantes e avaros que à custo da infelicidade de quem nada sabe sobre o que aqui lhes digo, tomaram destas inocentes criaturas tanto dinheiro que se tornaram donos do mundo a ponto de terem comprado os governantes tornando-os seus subalternos com a triste missão de manter todos vocês, pobres jovens, acreditando numa importância em tudo isto que mencionamos e que na verdade não têm importância alguma para suas vidas, muito pelo contrário.

Tudo de ruim que lhes acontece se deve unicamente por não terem os olhos onde deviam ter: na política. Para que vocês não percebam a verdade de estar na aplicação correta do dinheiro dos impostos, o tão sonhado bem-estar de poder satisfazer as necessidades é que os governantes como lacaios dos donos do mundo fazem de vocês crianças enganando-os, levando a atenção de vocês para o que não tem importância enquanto que o que realmente tem importância passa despercebido.    

 

quarta-feira, 30 de abril de 2025

ARENGA 807

 

 

Afastando tudo aquilo em que se acredita fica a dura realidade da verdade que nos diz ser de total impossibilidade de um mínimo sequer de esperança de vida não sofrida também para os seres humanos que tanto sofrimento causa às outras espécies animais. Aliás, excluindo as fantasias, a raça humana é mais estúpida do que todas as outras raças. Seu comportamento de destruir o meio ambiente é igual ao de quem estando sentado num galho corta-o entre si e a árvore. Se as outras espécies maram para viver, o ser humano também mata, e com uma perversidade de monstro como o bezerro que ao nascer é colocado em uma gaiola, onde permanece preso por um ano inteiro sem ter oportunidade de brincar como brincam saltitando e correndo como fazem graciosamente os bezerros como sabe quem foi nascido e criado em fazenda de gado. Causa revolta constatar ter por finalidade tamanha perversidade o prazer de comer uma carne macia. Aos porcos, então, os bichos humanos lhes cortam o focinho para evitar algum comportamento natural, mas que o criador não deseja. Aos gansos é aplicado um tratamento que faz crescer de modo anormal o fígado para que rodas alegres de monstros deliciem o “foie gras”.

Então, tirando fora as mentiras que idiotas têm como verdade, o que é que sobra? Sobra a realidade de ser o dinheiro o único poder que garante não só a qualidade de vida, mas a própria vida. A invenção de deus, como toda falsidade, só ainda permanece em função da esperteza entre aspas de poucos e a falta de esperteza de muitos que acostumados às inverdades, recusam-se a encarar a verdade que é a seguinte:

Sendo o dinheiro que nos garante bem-estar, encontra-se a humanidade na situação caótica de ver impassivelmente todo o dinheiro do mundo escorrendo para as mãos de alguns Midas com a força de uma correnteza de tempestade, deixando a ver navios uma imensa multidão entretida com brincadeiras, resultando desta indiferença todo o mal que aflige o mundo.   

 

   

 

domingo, 6 de abril de 2025

ARENGA 806

 

Vivemos numa sociedade onde a irracionalidade supera a das demais sociedades do mundo. Em meio a uma crescente violência que já não permite a quem sai de casa ou se dispõe a viajar de carro não sabe se chegará em paz ao destino ou se retornará vivo para casa, a preocupações dos pais em relação aos filhos continua sendo com um futuro que talvez a violência impeça de existir. A sociedade permanece totalmente alheia às consequências de tão obstante exasperadora realidade como se ela não pudesse vir a nos alcançar. No jornal Folha de São Paulo, psiquiatra recomenda as vantagens do equilíbrio emocional. É possível ser emocionalmente equilibrado quando se está com medo? Ou será esta recomendação baseada na falsa presunção de se estar a salvo embora os jornais dão notícias de horrores acontecendo com outras pessoas?

A História mostra que diversas mudanças ocorreram durante o trajeto da humanidade da pré-história à atualidade sempre que uma classe poderosa em função de riqueza se tornava insatisfeita com a administração da sociedade e, com o poder do dinheiro, comprava opiniões e conseguia reverter a situação do momento para outra de acordo com seus interesses que nunca forram os interesses da grande maioria ou povo, nascido com a marca do conformismo e da obediência gravadas na alma. Embora incorra em desobediência e inconformismo por ocasião de mudança social, a participação do povo sempre teve a estupidez da violência e não da inteligência por base, de modo que depois da refrega, ele sempre volta à obediência e ao conformismo numa atitude digna de comiseração uma vez que sua incapacidade de perceber a realidade começa desde o nascimento seguido de batismo, crisma, primeira e segunda comunhões, festa de aniversário, Papai Noel e seus presentes para criança obediente e seu ridículo rôrôrô. Dependendo todas estas coisas de dinheiro e nada de humanismo e segundo a observação de mestre Platão de que os primeiros aprendizados formam a personalidade do adulto, fica evidente que o livre arbítrio do povo aponta para as fantasias crendice apenas e nada mais. Daí ser justificada a aptidão popular para jogos e brincadeiras feito crianças.  

     

 

 

sábado, 5 de abril de 2025

ARENGA 805

 

Não estaremos embarcando em canos furada quando baseamos bem-estar em riqueza apenas? Eduardo Moreira toma por riqueza os bens doa quais depende a sobrevivência, no que tem razão porque não se come, bebe, veste ou respira dinheiro. Mas acontece que para ter o que comer beber, vestir, morar é preciso ter dinheiro. Assim, admitir a existência de pessoas quem não têm dinheiro equivale a admitir que estas pessoas não precisam comer, beber, vestir, comer e morar, o que é um contrassenso. Se esta é uma verdade absoluta, por que será que no mundo inteiro sabendo haver quem não pode comer, morar e vestir, em vez de medidas que permitam a tais pessoas a possibilidade de terem as coisas de que necessitam os governantes se limitam a medidas meramente paliativas para evitar que suas necessidades se transformem em revolta? Não será porque até o momento se acredita ser a democracia o melhor sistema político existente, um sistema no qual a responsabilidade de escolha dos políticos depende de quem pensa depender de deus nosso destino e condição de vida, portanto, quem não sabe o que significa política? Tal situação não equivaleria a deixar na responsabilidade de analfabeto o trabalho de alfabetizar? Ou de cego o trabalho de guia? A vida tem sido tocada sem merecer a devida reflexão que merece e viver desse modo estamos adotando o modo de vida dos irracionais.

Uma que somos capazes de raciocinar, devemos fazer uso desta extraordinária faculdade em vez de vivermos feito rebanho seguindo o berrante dos meios de comunicação tocados por zumbis que em troca da despensa abastecida papagaiam inverdades dia e noite.

Se mestre Geoffrey Blainey em UMA BREVE HISTÓRIA DAS GUERRAS bisbilhota sobre as causas das guerras só pode ser por não ter tido tempo de refletir com mais profundidade porque nada mais além de estupidez pode explicar o motivo pelo qual falsos líderes convencem seus jovens que amor à pátria pode superar o amor que Cristo nos recomendou aos nossos semelhantes.

ARENGA 804

 

Na encruzilhada do livre arbítrio a humanidade optou pela criminalidade que progrediu até estar prestes a ser o comportamento normal dos seres humanos. Honradez, honestidade e nobreza de caráter são coisas em desuso e insignificantes para uma juventude de personalidade formada num ambiente onde acima de tudo prevalece a busca por riqueza. Como não se pode ter riqueza e valores nobres ao mesmo tempo, foram estes dispensados. Mas o caminho por onde segue a modernidade só pode levar a um desastre de proporções desconhecidas cujos indícios apesar de já se fazerem presentes são minimizados pelos viciados em riqueza uma vez que nada obstaculiza a satisfação de um vício que é maior quanto também for maior o dano que causa ao viciado.

Se os outros vícios só indiretamente atingem todos os demais componentes da sociedade, o vício em riqueza, ao contrário, atinge indistintamente toda a sociedade humana vez que acumular em poucas mãos os recursos com os quais são atendidas as necessidades deixa muitas mãos estendidas em busca de meios para atender suas necessidades, o que incomoda sobremaneira até deixar de ser apenas incômodo para passar a ser violência e a infinidade de males decorrentes de necessidades não satisfeitas.

Portanto, dependendo da política a organização social cabe a todos insistirem numa mudança de postura por parte dos agentes políticos do mundo, fazendo-os ver que em função de nossa dependência do seu modo de agir não lhes ser possível a omissão diante do vício em riqueza a cada dia maior e mais danoso porque tal vício já elevou viciados a tomarem decisões governamentais independentemente de terem sido votados.

 

  

  

terça-feira, 25 de março de 2025

ARENGA 803

 

Só que eu saiba, duas grandes personalidades, Einstein e Edward MacNall Burns disseram que a humanidade é estúpida. E é tão estúpida que não lhe ocorre poder viver melhor do que vive, conformada com um sofrimento na verdade injustificado se o bem-estar depende exclusivamente dos recursos matérias que no mundo há de montão. Muito ao contrário de pensar em viver bem, pensa-se em viver mal uma vez que as pessoas infelicitam deliberadamente umas às outras. Nem é preciso ser mentalmente superior ao comum das pessoas, sendo bastante ter o hábito da meditação para perceber a dimensão da estupidez humana. Não lhe permitindo a dimensão extraordinária de sua estupidez gerar líderes e muito menos dispensá-los, gera monstros de cuja liderança resultam prantos de incontáveis famílias que amargam a perda dos filhos para os quais sonharam com um belo futuro, mas foram estraçalhados em campos de batalha para regozijo de falsos líderes na busca jamais saciada de poder e riqueza se quanto mais tem, mais quer.

Absolutamente nada do que a humanidade mais preza tem valor. Tanto não tem que enaltece fantoches desprezíveis com título de reis, figuras tão ridículas que se acreditavam ungidos por deus como seus representantes para usufruírem de vida faustosa e depravada às custas da estupidez humana. Tais Reis não eram menos ridículos que os idiotas que se acreditam realmente importantes como os atuais reis por práticas de bobagens, inclusive pelo crime de trocar socos com um oponente até que em consequência das pancadas venham a sofrer males irreversíveis e a morrer.

Faça isso não, humanidade, deixa a estupidez prá lá.

 

 

 

 

 

 

 

sábado, 22 de março de 2025

ARENGA 802

 



    Por ser objetivo único deste cantinho de pensar a tentativa talvez inútil de mostrar à juventude a realidade por ela tão desconhecida que a leva não só a aceitar, mas também compartilhar com os muitos tipos de aberrações da cultura atual como considerar diversão a monstruosidade de transformar em diversão a brutalidade de serem dois seres humanos levados a trocar socos até que morram das consequências da prática brutal ou levados a disputar velocidade em carros preparados para esta finalidade, com objetivo de banalizar a violência de tal forma que passa a ser apresentada como boa a notícia de que o número de assassinatos caiu de cem para noventa quando na realidade não deve haver assassinato algum. Sendo a cultura da violência resultado de viver apenas por viver, como os bichos, mas sem refletir sobre a vida, prática da qual resulta em sofrimento, daí a insistência desse cantinho de pensar no assunto tratado pelo filósofo Stephen Law sobre a diferença entre aquilo em que se acredita SER aquilo que realmente É. A lição ensinada por mestre Stephen, se aprendida, incentiva a prática da reflexão.

    Já vimos na prática a diferença entre verdade e falso no exemplo de alguém certo de que o elefante é um animal cor de rosa, quando, na verdade, não é porque é cinzento. Assim é que para este alguém a crença de ser cor de rosa o elefante é apenas crença, mas não é conhecimento. Aprendemos, pois, nesse exemplo, que uma crença pode não ser conhecimento.

    O que vem a seguir no ensinamento do mestre pode despertar a crença de ser a filosofia complicada e sem importância para a qualidade de vida, o que não é verdade como veremos nesta outra reflexão do mestre. Vimos em publicação anterior que no exemplo do elefante a crença não é conhecimento por ser uma crença falsa. Nessa outra reflexão o mestre veremos que mesmo uma crença verdadeira não basta para ser conhecimento. Calma aí porque não há complicação nisso e vamos ver porque não há: supondo que um jurado (preconceituoso) seja levado à crença de ser culpado o réu em julgamento apenas pelo modo esquisito como ele se veste. Esta crença pode ser verdadeira porque o réu pode ser realmente culpado. Entretanto, a conclusão do jurado não se baseou em conhecimento (como se tivesse presente ao crime cometido). O modo de se vestir não basta para ser o conhecimento da culpabilidade. Este é um tipo de prosa sem aspas. Veremos mais do mesmo em outra oportunidade. Mas, pense nisso, quem passa por aqui.

sexta-feira, 21 de março de 2025

ARENGA 801

 

É na filosofia onde está o incentivo à função meditativa de responsabilidade do pensamento, atividade esta cuja falta faz a humanidade desconhecer o que seja tranquilidade espiritual ou ausência de infelicidade. Do capítulo Crença e Conhecimento do livro FILOSOFIA, onde o autor, filósofo Stephen Law nos mostra a diferença entre a verdade e aquilo em que se crê ser verdade. Há um abismo a separar os seres humanos sem exceção entre estas duas realidades a separar a humanidade da mentira e da verdade ou realidade tornando-a incapaz de experimentar o sabor da ausência de infelicidade.

E não são apenas as pessoas vitimadas pelo analfabetismo político que desconhecem a verdade porque intelectuais de sinceridade comprovada, desejosos de uma sociedade normal, relevam a parte realmente importante para a concretização de seus objetivos que é o fato de ser este o tipo de sociedade defendida pelos donos do mundo (porque o mundo tem donos) e eles compraram a opinião do povo (que nunca foi dono senão de obrigações), de modo a que ele faça opção pelo tipo atual de sociedade na qual tem pior parte. Por desconhecer a diferença entre crença e conhecimento é que há quem pense que a tormenta da infelicidade será recompensada à larga pelas benesses de uma vida depois da morte. Também em função deste desconhecimento é que a noveleira Glória Pires escreveu para o jornal de hoje matéria censurando a pretensão de mudança social da parte do socialismo, cometendo ato falho que denuncia defesa da cultura antissocial do venha a mim e ostros que se danem para a qual está na incapacidade e não a falta de oportunidade pessoal a razão pela qual é desnecessária a preocupação sobre haver quem não tenha as mesmas necessidades comuns aos seres humanos, o que se traduz em violência ainda tão perversa quanto a censurada pela senhora Gloria Pires na tentativa de mudança das ideias socialistas, o que realmente é censurável, mas nunca a vontade de mudar este modo de vida no qual para puro deleite gatos pingados se assenhorearam do mundo e fazem dele seu tesouro privado quando em vez disso o mundo não pode ser privado por ninguém em particular por ser a moradia coletiva da humanidade.      

 

quinta-feira, 20 de março de 2025

ARENGA 800

 

As peregrinações que em vez de proteção deixam cadáveres pelo caminho, inclusive de inocentes criancinhas, por culpa única da ignorância de seus pais, nos ensinam que o nível de discernimento dos adultos nunca foi além do de quando a gente era criança e a mãe contava as diabruras de Phortos, D’Artagnan e Aramis. Mas uma peregrinação de chamar a atenção mais do que as outras é uma que serve para mostrar aos posudos e ridículos poderosos entrincheirados atrás de montanhas de riqueza os acontecimentos tenebrosos que envolveram seus posudos colegas de ridículo e de riqueza dos tempos da Revolução Francesa que também podem lhes acontecer visto que a desmoralização da política atualmente não é tão diferente daquela que ensejou os referidos acontecimentos tenebrosos. No livro 1882, mestre Laurentino Gomes conta pormenorizadamente a história e estória que é a seguinte:

No século XVI, um religioso chamado Dinis e que depois virou São Dinis foi enviado por seus superiores à região da Gália para converter ao cristianismo aquele povo bárbaro retratado na divertida revista Asterix e Obelix, para quem alcançou. Como nunca foi novidade acontecer com os representantes divinos, Dinis foi condenado a ter a cabeça cepada fora corpo e depois de executado levantou, apanhou sua cabeça no chão e marchou por seis quilômetros até um cemitério onde, finalmente, caiu, foi sepultado, e seu túmulo virou objeto de peregrinação, o que mostra que em todo canto e época povo é sempre povo. Eis que um governante desses que que não têm pena nem dó de dinheiro e que se chamava rei mandou construir uma igreja no lugar do túmulo de Dinis destinada a guardar os restos mortais dos reis a partir daquela dada em diante.

Esta segunda parte da história e estória é de dar o que pensar aos posudos do mundo porque na fase do terror da Revolução Francesa séculos depois, os revoltosos botaram abaixo a tal igreja do santo Dinis, violaram os túmulos e esparramaram ossadas de reis no matagal. Quando baixou a poeira da revolução, sendo impossível saber a quem pertenceu determinado osso, o governante de então que como todos não precisam se preocupar com dinheiro mandou reconstruir a igreja, ajuntar toda a ossada que encheram malas a puxar de gancho, de modo que tíbias, crâneos, de reis se encontram tudo misturado, lembrando que o destino dos posudos é o mesmo do lavrador da música de nosso grande Chico Buarque de Holanda.

ARENGA 799

 

De todos os “é preciso fazer isso e aquilo” que se ouve da parte de pensadores interessadas em melhor tipo de vida social, uma única coisa que sendo feita, a de atribuir à política a real importância que tem, é quanto basta para implantar civilização num mundo tão bárbaro que para o povo mais economicamente elevado tempo é sinônimo de dinheiro. Se nenhum agrupamento humano ainda foi capaz de encarar a realidade da importância que tem a política na vida de cada um e de todos, a isso se deve a infelicidade humana de viver apenas de ilusões, nada mais que ilusões. Os exemplos de como é a vida na realidade, não exercem reflexão alguma da parte de ninguém. O resto do que foram os Roberto Carlos, os Elvis Presley, os Mick Jagger da vida para os jovens é como se não lhes dissesse respeito quando tem tudo a ver com seu futuro e as fortunas daqueles que se empenham nesse mister uma vez que a ninguém, absolutamente ninguém é dado escapar do cansaço da vida, principalmente da vida dedicada à materialidade ilusória, que impediu reflexões menos rasteiras ou mais elevadas, o que só será notado quando já for demasiadamente tarde.

Deixar a política a cargo dos políticos teve como resultado o erro monumental da cultura do venha a mim e os outros que se danem quando na vida em sociedade não há espaço para egoísmo. Por isto é que é realmente de incalculável benefício para a humanidade refletir sobre o abandono a que foi relegada a política que se chegou ao absurdo de ser o cargo político mais importante ocupado por qualquer rebotalho mental que veio a cair na simpatia de um povo feito de religiosos, torcedores e carnavalescos.

Está completamente fora de qualquer parâmetro de racionalidade entregar ao povo a responsabilidade de escolha dos governantes porque daí resulta em lutador de box, escoiceador de bola, cantor de bobagens, papagaios de microfone elevados à categoria de legisladores e até de presidentes da república.  

domingo, 9 de março de 2025

ARENGA 798

 

Como em absolutamente tudo o mais, o elemento esquisito povo faz mais uma das suas quando torce o nariz para filosofia considerando-a coisa sem sentido. Na página 49 do livro FILOSOFIA, Editora Zahar, Stephen Law nos dá excelente lição da diferença entre crença e conhecimento, o que equivale ao pensar que sabe de quem não pensa e o realmente saber de quem pensa. E como prova do valor da filosofia, esta lição nos ensina de modo claro a diferença ente acreditar que algo é de jeito quando na verdade é de outro jeito, justamente esse o motivo pelo qual a humanidade não pode deixar de ser infeliz e ter uma vida menos sofrida se acredita estar correto o seu modo errado de encarar a vida como se os dias e as noites fossem para ser festejados apenas.

Mas vejamos o modo simples como o filósofo nos ensina a diferença entre crença e conhecimento. Ele cita o exemplo de alguém que certamente por nunca ter se deparado com um elefante e crê que os elefantes são rosados certamente porque alguém lhe tenha transmitido esta falsa crença. Nesse caso, aquilo que se tem como conhecimento (ser rosado o elefante) não pode ser conhecimento uma vez que a cor do elefante é cinza e para ser conhecimento é necessário haver correspondência com a realidade, como, por exemplo, continua o filósofo, quando afirma alguém que a rosa é vermelha porque ele viu ela e nesse caso tem conhecimento de ser vermelha.

Também cor de rosa é como o povo vê a vida quando ela só é pintada de alegria durante a melhor fase da vida que a juventude desperdiça se matando em guerras e drogas por seguir orientação dos falsos líderes que estão a destruir o mundo sob completa e injustificada indiferença dos jovens uma vez que eles arcarão com as pesadas consequências da cultura do venha a mim e os outros que danem, isto é, a juventude estupidamente indiferente e que por isso mesmo não terão um lagar honroso na memória de deus descendentes.

 

 

     

 

sábado, 8 de março de 2025

ARENGA 797

 

Há duas matérias nos jornais que se povo soubesse ler, lesse e fosse capaz de entender algo inteligente, estes dois assuntos por si sós seriam capazes de levar a tão profundas reflexões que mudariam o modo de pensar e agir da malta mundial festiva e estúpida de ratos de igreja, torcedores, foliões cultuadores do desenvolvimento dos bíceps em vez do cérebro. A primeira destas matérias é um artigo do jornalista J. R. Guzzo, publicado no jornal Gazeta do Povo do dia sete deste mês de março, com título JUDICIÁRIO TORNOU CORRUPÇÃO UMA ATIVIDADE LEGAL NO BRASIL. Trata da proteção ao banditismo político por parte da mais alta corte de justiça dessa nossa infeliz pátria de deus. O assunto é de tão grande seriedade que remete à lembrança tanto do que disse o historiador McNall Burns sobre os desmandos políticos que deram origem aos horrores da Revolução Francesa quanto ao que disse Georg Lichtenberg de que QUANDO OS QUE MANDAM PERDEM A VERGONHA OS QUE OBEDECEM PERDEM O RESPEITO. Que nossas autoridades perderam o respeito, isto fica claro pelas ofensas a elas dirigidas pelos comentaristas das notícias, especialmente dos comentaristas a esta notícia de que trata o jornalista Guzzo sobre o desmantelamento da Operação Lava Jata para evitar combate à corrupção. É para o inverso disso que o povo paga a peso de ouro uma alta corte de justiça. John Locke aconselhava que ao subverter a finalidade para a qual fora criado de servir ao povo o governo deve ser trocado por outro. Certamente não lhe teria ocorrido que esse outro faria a mesma coisa uma vez que o tamanho da estupidez humana não permite outro tipo de liderança.

A segunda notícia é tão importante para o bem da humanidade quanto a primeira, caso fosse analisada e acatada. Sob o título PASOLINI, O CORSÁRIO ANTICAPITALISTA, do escritor Giovanni Alves e publicada no jornal que é uma escola de alfabetização política, OUTRAS PALAVRAS, do dia 8/3/2025. A matéria nos reporta à questão da servidão voluntário citada pela primeira vez no século XIV pelo francês Ettiénne de La Boétie e desenvolvida entre nós pela filósofa e escritora Marilene Chauí. Trata-se do empolgante e intricado assunto que domina a humanidade com seus falsos líderes de  quando sem saber as pessoas passam a ser hospedeiras de parasitas por livre e espontânea vontade acreditando serem livres.

Guzzo lembra que Pasolini via a invasão da cultura como meio de dominação. Não é o que temos de sobra por aqui com adoção do inglês como segunda língua e festa do Halloween? A rádio Bandeirantes de São Paulo tem programa intitulado BRASIL COM Z, como se escreve em inglês.    

 

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 7 de março de 2025

RENGA 796

 

Dr. William Bernstein, ligado à área da agiotagem financeira que lá nos infernos fiscais rende imensas fortunas sem nada produzir a parasitas, começa seu livro UMA BREVE HISTÓRIA DA RIQUEZA contestando a opinião do jornalista Anthony Lewis a quem atribui pessimismo por dizer-se incrédulo no desenvolvimento econômico face aos acontecimentos ocorridos na Bósnia e vários outros lugares onde horrores foram também praticados (para conhecer os horrores a que se refere o jornalista, leia-se o livro NOVAS CONFISSÕES DE UM ASSASSINO ECONÔMICO, de John Perkins, para se ter ideia de como o governo americano destroça sociedades pobres para lhes tomar o que têm).

O doutor Bernstein rebate o argumento do jornalista que se diz decepcionado com o desenvolvimento recorrendo aos avanços proporcionados pela ciência tais como o prolongamento da vida e crescimento do PIB, entre outros avanços materiais. De fato, indiscutível é o progresso material. No próprio livro de louvação à agiotagem o autor cita Marx quando afirma que apenas em seu período de domínio a burguesia criou forças produtivas mais colossais do que todas as gerações precedentes somadas. No entanto, a quantos beneficia o desenvolvimento material senão a pequeno grupo de Midas predadores?

 A filosofia diz que toda informação deve ser virada e revirada antes de ser acatada como verdade. Seguindo esta orientação, apuramos tratar-se de defesa de um sistema insustentável de riqueza para poucos e miséria para muitos que vigora na cultura contemporânea. O doutor Bernstein se apega ao progresso material para tecer loas à cultura do venha a mim e os outros que se danem. Entretanto, por negligenciar o lado espiritual da vida e supervalorizar o lado material é que o mundo é infeliz em sua alegria de débil mental. Do progresso material enaltecido pelo defensor do parasitismo financeiro resulta o que diz mestre Ladislau Dowbor na página 15 do, este sim, um grandioso livro de verdades, O CAPITALISMO SE DESLOCA: “Estamos destruindo a natureza do planeta em ritmo absurdo, enfileirando a mudança climática, a destruição da biodiversidade, a degradação dos solos, a contaminação da água doce, a poluição dos oceanos com plásticos e outros resíduos, a geração de bactérias resistentes pelo uso de antibióticos na criação de animais. Basta olhar as imagens de crianças nos lixões que cercam tantas cidades do mundo, em disputa com ratos e urubus, para se dar conta do drama” e, na página seguinte: “Temos 850 milhões de pessoas passando fome no planeta, das quais mais de 150 milhões são crianças, ainda que seja produzido no mundo mais de um quilo de cereais por pessoa e por dia”.

Já não são tempos para a humanidade enxergar a animalidade de sua cultura? Ou não é monstruosidade enriquece parasitas ao custo dos sofrimentos decorrentes da pobreza para muitos?

Quanto à menção ao PIB, todos sabem que PIB significa aquilo que a sociedade produz. Mas, a quem serve esta produção senão àqueles que de coisa alguma precisam mais? Do produto resultante do trabalho coletivo (PIB) apenas o necessário para manter o vigor na classe trabalhadora vai para o povo. O restante vai abastecer as caixas-fortes dos Midas lá nos infernos fiscais. Portanto, devidamente examinada a informação do representante da agiotagem mundial, o doutor Bernstein, seus argumentos vão de encontro a uma sociedade menos infeliz. Sobre PIB, o doutor Dowbor, diz o seguinte: “Se dividirmos o PIB mundial, da ordem de oitenta e cinco trilhões de dólares, pala população mundial, constataremos que pode assegurar três mil dólares por mês por família de quatro pessoas”. Aí está, pois, a inconsistência dos argumentos do doutor

Para onde vai a diferença entre estes três mil e a esmola com que as famílias com mais de quatro pessoas dispõem para viver?

 

segunda-feira, 3 de março de 2025

ARENGA 795

 

O doutor Montesquieu inventou a divisão do governo em executivo, legislativo e judiciário para que cada um desses poderes fiscalizasse o outro a fim de garantir que nenhum exorbitasse de suas prerrogativas, uma vez que o poder corrompe. Entretanto, àquele mestre tanto quanto aos demais pensadores que se debruçaram sobre como evitar a corrupção política não ocorreu que o mal não está no sistema político, está no ser humano assombrado. Quem não sabe o que é não ter o que comer não pode imaginar a tortura que é. Vai daí que a lembrança no inconsciente dos tempos de caçadores coletores ainda assombra e leva quem quer que tenha à sua disposição recursos ainda que alheios a meter a mão neles. Juntando esta realidade à maldade natural do lobo a que se referiu Thomas Hobbes, o resultado são os arquitrilionários que para deleite se apossam de imensas fortunas indiferentemente da existência de outras pessoas com as mesmas necessidades fisiológicas.

É por isso que não existe como evitar a má política que governa o mundo. Pipocam notícias de governantes dando bilhões a outro governante para comprar armas. Pode uma cosa destas? Esse dinheiro não é do governante, mas de quem trabalha nas outras atividades. Isso até lembra o Plano Marshal que consistiu no seguinte: como o governo americano não teve seu território destroçado, emprestou montanhas de dinheiro para os países destroçados para que eles comprassem nos Estados Unidos o material da reconstrução. Mestres em dinheiro e não em paz e tranquilidade, tiveram de volta o dinheiro emprestado e muito mais.

Nessa vida está tudo errado. O Batuque na televisão lá da sala lembra não haver necessidade de cantaria no carnaval se a malta desprovida de intelectualidade se torce e retorce é ao som de batuque.

sábado, 1 de março de 2025

ARENGA 794

 

É notória a similaridade entre as falsas felicidades dos dois mundos que decidem o destino do mundo: o mundo da política e o mundo da televisão. Tanto são come gêmeos univitelinos que um e outro vivem com eterno sorrisão na cara. Embora haja no mundo da televisão quem chore, mas é de somenos importância. São pobres quando fogo ou água leva o sofá e estraga a televisão, o que enseja gordas emendas parlamentares no mundo da política. Outra das razões pelas quais no mundo da política ninguém chora é por não haver pobre por lá. Se por descuido pinta algum pobre por lá, os outros pobres logo providenciam para que ele deixe de ser pobre.

Sabem o que isso lembra? Lembra da servidão voluntária que pela primeira vez foi mencionada pelo jovem filósofo francês Etienne de La Boétie que no curto tempo em que viveu, faltando três meses para completar 33 anos, estudou direito, compôs poesias, traduziu clássicos gregos e legou à posteridade um dos mais geniais e vigorosos documentos da reflexão política: o Discurso da Servidão Voluntária. É o que nos diz o professor Homero Santiago, que escreveu a apresentação do livro Contra a Servidão Voluntária, da mestra Marilena Chauí.

Esta é uma questão deveras interessante, sobre a qual, apesar de já termos a ela nos referido, mas por outro ângulo.

 A grande importância da filosofia é levar à reflexão que é como se escolhe o melhor caminho por onde caminhar. Como a humanidade não tem tempo para a reflexão, vive na pior.

Aquela baboseira da recomendação filosófica para conhecer a si mesmo, a melhor maneira de encará-la é considerar como um chamamento à reflexão. Assim faz o mesmo professor acima citado. Ele diz que o bom senso vê como aberração falar-se em servidão voluntária e que por isso mesmo constitui um oximoro (palavra que o dicionário diz tratar-se de sentido contraditório e dá silêncio ensurdecedor como exemplo de oximoro.

Realmente, é grande a contradição que uma servidão voluntária encerra se até os pobres negros incultos submetidos à escravidão se rebelavam heroicamente contra a opressão que os sujeitava a exemplo de Zumbi dos Palmares. Por que, então, doutores haveriam de se submeter de bom grado?

Seguinte: entre a antiga servidão imposta pela força bruta sentida na pele pela chibata e a servidão moderna imposta pelo emprego há uma sutileza tão bem urdida que a privação de liberdade não é sentida, é camuflada e embora servis os servidores acreditam-se livres. Daí a felicidade dos festejamentos e as explosões de alegria, ao passo que os cantos dos escravos negros eram nostálgicos. Enquanto estes sentiam saudades do que lhes foi roubado, aqueles não veem motivo algum para saudade de nada posto acreditarem-se no melhor dos mundos.  Basta-lhes os filhos na escola onde aprenderão, como os pais, a cultura do venha a mim e os outros que danem, obrigação de respeitar deus, quando respeito não pode ser imposto.

Certamente por ter vivido em época anterior ao advento do poder da mídia e a razão de ter o jovem filosofo francês falado em servidão voluntária porque ela é imposta por imensa revoada de papagaios de microfone que faz a massa bruta de torcedores carnavalescos e ratos de igreja ver vermelho onde é verde. Enfim, a humanidade não precisa ser tão incapaz de ter seus próprios pensamentos. Fora disso, não há  como não viver de ilusão como as pessoas do exemplo de Platão na alegoria da caverna.

  

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

ARENGA 793

 

A humanidade está estruturada de modo a não deixar espaço para um mínimo sequer de bom senso. Sempre foi assim e assim será até quando não se sabe. Aqui nas páginas 20 e 21 do livro O LIVRO DA ECONOMIA, (Globo Livros) atribuído a Aristóteles, o raciocínio de que a propriedade deve ser privada porque sendo coletiva desestimula o incentivo ao investimento e negócios de tal modo que as pessoas não tenham o que dar. Deve, portanto, a propriedade ser privada.

Tal conclusão significa não terem sido levados em consideração vários fatores todos negativos que determinam a personalidade humana há muito já percebidos por Thomas Hobbes de que o homem é lobo do homem. Sendo assim, a nenhum ser humano se pode confiar. Basta atentar para o fato de que ao faltar um gênero necessário seu preço logo dispara porque ao vendedor não bastando o aumento das vendas, é preciso aumentar o preço não lhe importando se as pessoas podem pagar.

O doutor Aristóteles não levou em conta que ninguém deve depender de esmola como acredita o governo com seus vários tipos de auxílios que chega ao extremo de auxílio para absorvente de menstruação.

Por ser a propriedade privada é que o mundo está dividido entre super bilionários e uma pobreza tão avassaladora que a violência dela decorrente é tamanha que extrapola do controle da polícia e as pessoas morrem feito moscas no veneno enquanto as autoridades por também incorrerem na sentença de doutor Thomas Hobbes, promovem festas para manter o populacho bem distante do mundo real das trapaças que a todos envolvem. Como seres humanos, não podem as autoridades deixar de aproveitar a oportunidade de levar vantagem se o cargo lhes proporciona.

Pior de tudo é não haver no horizonte possibilidade de vida inteligente. Escravizados que têm de sair de casa às pressas para servir à escravidão do emprego, arriscando-se a ser vítima de violência, acreditam-se livres, embora de uma liberdade para escolher o carro, o celular, o lugar para atender a ordem da indústria do turismo e até a roupa que vai levar na mala. Nenhum desses pobres diabos mentais sabe quem foi Rousseau e nem por que ele disse que o homem nasce livre a por toda canto se vê agrilhoado.  

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

ARENGA 792

 

Isso de buscar o que disse fulano e beltrano sobre governo é pura perda de tempo. Normalmente vai-se atrás do que disseram pensadores de séculos passados quando as coisas eram diferentes. Ao tratar da Revolução Francesa, o historiador Mc Nall Burnes cita John Locke e sua teoria de que antes de haver governo todos viviam num estado natural onde prevaleciam liberdade e igualdade até que tudo fosse bagunçado como resultado de cada um querer fazer valer o que achava ser direito seu. Então, para ordenar a sociedade foi inventado o governo com esta intenção malograda porque atualmente só pobre não faz prevalecer o que quer. Como resultado de governo limitado defendido por Locke e muitos outros pensadores, teoria que veio a prevalecer no mundo, dela resulta governos apenas para enfeitar e consumir dinheiro a rodo como é a cambada de reis, rainhas, príncipes e princesas da Inglaterra.

De nenhum modo um Governo deve ter limite algum que o impeça de ser fiel ao propósito para o qual foi inventado: manter a ordem social e o bem-estar dos governados. É verdade que nunca em tempo algum existiu governo empenhado em tal objetivo. Mas a inexistência de governantes que realmente governem, esta falta cabe aos governados ao considerar que sua responsabilidade em relação à sua sociedade termina quando declara seu voto, o que faz a contragosto, sem entusiasmo algum.

E aqui tem-se a fábula do cachorro correndo atrás do rabo. O sujeito não tem entusiasmo em participar da vida social se as autoridades cuidam apenas de si mesmas e de seus apaniguados enquanto que as autoridades cuidam de si e dos seus porque contam com a indiferença dos governados.

Um governo que governasse visando bem-estar social não faria seus governados verdadeiros idiotas insuflando neles a falsa alegria dos festejamentos que dará lugar a pensamentos mais elevados à medida que o vigor jovem vai se esvaindo, quando será tarde demais para qualquer outra coisa fora de consultas médias, remédios e cirurgias.

 

                                

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

ARENGA 791

 

O ministro Joaquim Barbosa, aquele que honrou o cargo de ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal onde teria entrado por mérito em vez de pela política como uns e outros que por lá, como todo aproveitador, apesar de ter entrado pela janela dos fundos, sente-se à vontade.  Principalmente no julgamento do rumoroso Escândalo do Mensalão, O doutor Joaquim Barbosa, com a justa admiração que fez por merecer, talvez tivesse perdido duas oportunidades monumentais de ser ainda maior motivo de orgulho do que já é não só para seus descendentes, mas também para os poucos homens honrados deste pobre e ao mesmo tempo tão rico país de triste sorte que não obstante a roubalheira e  o desperdício de montanhas de dinheiro, ainda assim sobra dinheiro para as esmolas do governo que faz cortesia com o chapéu de quem paga imposto.

 Uma das duas oportunidades talvez perdidas por doutor Barbosa a que nos referimos ali acima seria mostrar o valor de sua raça à cambada de imbecis do mundo inteiro que torce o nariz para quem tem a pele negra. Fosse a humanidade feita de Joaquins Barbosa, Miltons Santos e Luthers King o mundo não seria essa desgraceira de pasmaceira que é. A segunda oportunidade seria impor como presidente da república, pela primeira vez na História do Brasil uma política praticada para o bem da sociedade. Mas, qual do “talvez”? Por que a dubiedade? Seguinte: diante do que tem acontecido com quem quer política sadia e justiça social, pode ser que a única oportunidade perdida por mestre Joaquim Barbosa tivesse sido a de ser difamado e perseguido como aconteceu com Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e Marcelo Bretas, ou até de perder a vida como aconteceu com a missionária Dorothy Stang, Marielle Franco, Toninho do PT e Celso Daniel, sob a mais perfeita indiferença da justiça e do povo em função do analfabetismo político uma vez que para a laia de torcedores, foliões, “celebridades” e “famosos” só se morre por determinação de deus. Da política, impossível.

 

 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

ARENGA 790

 

Como será o Brasil daqui a cem anos é manchete de reportagem em jornal de hoje. Com a falta de qualidade de seu povo, certamente terá retornado à condição de colônia. Brasileiro é o povo mais imprestável para qualquer coisa que não seja roubar e requebrar quando ouve algum som até do canto de pássaro. Tendo sido desde sempre considerado normal o roubo, no que diz respeito ao roubo do dinheiro público (do povo), certa vez, em meio à bandalheira costumeira, surgiu um juiz durão que condenou vários desses ladrões à prisão. Ah, meu senhor, prá que que esse juiz foi fazer isso? Ergueram-se alvoroços de todo lado. Absurdo dos absurdos. Protestavam os ladrões e seus apaniguados. Isto é o fim! Empresário nenhum vai mais investir por aqui! Mas, como oeste juiz durão e mais um outro que também não estava para brincadeira, no Rio de Janeiro, haviam condenado e eles tinham foro privilegiado (artimanha para proteção de criminoso rico) os casos foram para na mais alta corte de justiça cujos juízes são ironicamente escolhidos por políticos, Condenados alguns dos criminosos, um dos juízes que havia sido reprovado para juiz de primeira instância e que não obstante esse fato foi guindado pela política a juiz de última instância, sugeriu trocar por multa a pena de prisão de criminosos do colarinho branco alegando que as prisões brasileiras são de tão baixa qualidade que não têm condições de receber gente acostumada ao conforto (sobre isso, ver Merval Pereira no livro O Mensalão).

Atualmente, em nosso desgraçado país, na imprensa quase não sobra espaço para outros assuntos que fora notícias sobre crimes, anulações de provas contra criminosos sob os mais estapafúrdios argumentos enquanto que a criminalidade toma conta da sociedade cabendo às autoridades, como se não fossem as responsáveis por tudo isso, apresentar condolências e solidariedade às famílias enlutadas. Sol a pino, ruas movimentadas, posto policial, absolutamente nada disso inibe a ação do crime que preenche as páginas dos jornais diariamente.

O brasileiro além de desprovido de conhecimento, de honradez e de tudo que caracteriza alguém em quem se posse encarar com respeito por se tratar de alguém de respeito, é também de uma preguiça monumental. Vejam os senhores que afim de evitar cadáveres pelas ruas do país por fome e outras misérias, às custas de quem paga impostos, o governo criou um programa de esmolas com as quais os preguiçosos podem ter pelo menos como evitar a morte famélica. Pois bem, em vez de trabalhar para juntar à esmola do governo alguma renda que lhe proporcionasse melhor condição de vida, simplesmente se contenta em viver de esmola mergulhando na ociosidade absoluta, o que a história de dois preguiçosos cada um numa rede, quando um deles pergunta ao outro se ele tem remédio para mordida de cobra porque está vindo uma cobra na direção deles.

 

   

sábado, 22 de fevereiro de 2025

ARENGA 789

 

Na administração da riqueza pública, nas atividades relacionadas a diversão e na interpretação da palavra de deus é onde estão os melhores empregos do mundo visto que os profissionais em tais atividades ficam tão ricos como nunca ficará um trabalhador em qualquer outra atividade. Tirando fora os promotores de brincadeiras que não têm a mínima noção do quanto são prejudiciais à sociedade, os comandantes das duas outras categorias de profissionais executam um trabalho deveras interessante de apenas dizer à humanidade o que ela deve ou não deve fazer. Não deixa de haver nisso alguma bizarrice porque se trata de adultos e não de crianças que precisam de orientação nesse sentido.

Também muito interessante em tudo isso é que há cerca de cinco séculos um jovem francês chamado Etienne de La Boétie já tinha despertado para esta questão e escreveu um livro chamado Discurso Sobre a Servidão Voluntária sobre o assunto da obediência servil que faz a humanidade aceitar de bom grado uma orientação sem sentir curiosidade em saber se é certa ou errado o que lhe mandam fazer ou deixar de fazer.

Tendo vivido antes de Thomas Hobbes, que despertou a humanidade para a maldade humana que a impede a vida social, e de Thomas Paine, que observou não serem os humanos capazes de comportamento condizente com vida civilizada, certamente por isso ao jovem filósofo La Boétie não tenha ocorrido que a brutalidade humana precisa ser contida e que para tal fim instituiu-se o governo com poder de repressão capaz de impor um comportamento compatível com a necessária vida em sociedade.

Também escapou ao jovem filósofo a realidade de que aquilo a que ele se refere como tirania e opressão contra a qual se deve rebelar, decorrem justamente da falta de civilização citada por Hobbes e Paine como causas impeditivas de vida social harmoniosa.

Sendo a humanidade absolutamente incivilizada, e sendo que a orientação para um modo de vida civilizada não pode partir de um ser que desconhece o que seja civilização. Corresponderia a recorrer a um analfabeto para alfabetizar. É aí onde está a origem da tirania e da opressão à que sujeita o povo. Quanto à necessidade de rebelar-se contra ela, sugerida pelo filósofo, embora ele diga também que tal rebelião deva dispensar violência e ser feita de modo inteligente, faz-se necessário, entretanto, que se conheço o modelo de administração que vai ocupar o de opressão e tirania engendrado por seres incivilizados levados aos postos de mando por um povo também incivilizado. A tal sistema não se chega da noite pro dia. Demanda um sistema de educação capaz de superar o analfabetismo político citado por Brecht como a causa dos males do mundo. 

      

 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

ARENGA 788

 

              A filosofia, na verdade, é uma trapalhada tão grande que nós leitos devemos ficar apenas na superfície, em coisas simples. Nem há necessidade de conhecer o propósito da filosofia do que nos diz sua definição de ser amor ao saber, ao conhecimento. É o que basta para nos poupar da ignorância e da inocência que tanto prejudica a humanidade.

Olha só que coisa interessante. Ainda hoje uma jornalista escreveu matéria intitulada OS INTELECTUAIS QUE ME PERDOEM, MAS ACREDITO EM DEUS. Depois de aprender com a filosofia o que mestre Sócrates nos ensinou da importância da análise da vida, quem aprendeu a lição percebe que a jornalista comete ato falho ao se desculpar perante os intelectuais porque isto  significa que ter grandes conhecimentos das coisas da vida, que é como podemos entender a qualificação de intelectual, ela afirma que a crença em deus é própria de quem não é intelectual. Isto é, ela demonstra a realidade de haver maior desconhecimentos da vida entre pessoas sem intelectualidade, pouco conhecimento.

A esse respeito, aliás, o jornal Tribuna da Bahia tem estampado fotos das inúmeras festas de lavagem de escadas de igrejas, de Iemanjá, e, hoje, da lavagem de Itapuã. As fotos mostram para os bons entendedores que a multidão é feita por pessoas do povão inocente por conta de ter aprendido as inverdades que os meios de comunicação lhe insuflam na mente e que é justamente o público cativo da crendice. Foi o que confirmou a jornalista quando pediu desculpas aos intelectuais por acreditar em deus.

Desta forma, estando na falta de conhecimento a fonte dos males do mundo, como asseverou mestre Bertold Brecht, cabe a esta juventude dinâmica e tão terrivelmente preocupada com o futuro dos descendentes que nem mesmo se deixa envolver com celular tamanha é a vontade de endireitar a política do mundo e pô-la em mãos de líderes autênticos como os que há entre os jovens (quem sabe se não acontece?) que logo, logo, esta mesma juventude esperta vai trocar por outro o sistema educacional montado para manter o povo longe do discernimento.

Desse modo, o maior benefício que podemos auferir na filosofia é nos apegar ao prestígio que ele atribui ao saber. Não vale a pena descobrir o que quer dizer o filósofo que afirma ser impossível ao superveloz Aquiles vencer uma corrida contra uma tartaruga e que nenhum de nós pode atravessar uma sala. Isso, pode ser deixado de lado. É melhor.

 

   

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

ARENGA 787

 

O preenchimento do cargo de presidente da república brasileira está totalmente à deriva e, portanto, à disposição de quem quer que se apresente para conduzir o país sem necessidade de comprovação de comportamento nem dignidade e muito menos de folha corrida. Certa vez, o privatizador da Vale, o doutor Fernando Henrique Cardoso, a quem a própria família diz não merecer confiança, e que certamente por esse motivo é atualmente rico pecuarista depois de ser presidente da república, como mostra matéria no Google intitulada “De sociólogo a Fazendeiro”, teve a coragem de afirmar na cara dos frequentadores de igreja, axé e futebola que o boneco da Globo Luciano Huck seria um bom candidato a presidente do Brasil. Não é de admirar que agora se cogita de ser Gustavo Lima, cantador de músicas sertanejas pretendente a ocupar o mais alto cargo da administração pública deste rico e belo país de triste sorte e povo tão   facilmente enganável que produz riqueza suficiente para enriquecer os responsáveis por sua administração e ainda sobra o bastante para socorrer vítimas de grandes  desastres climáticos e manter aparência de boa administração pública. Desta forma, como não seria nosso país no caso de ter toda sua riqueza administrada corretamente?

Entretanto, por indiferença dos donos desta riqueza fabulosa, apenas o que sobra depois do esbanjamento espetacular é aplicado na administração pública.

Na verdade, é o mundo inteiro que está em total desordem. Como não há quem se interessa pela ordem, porquanto a falta de respeito à ordem é a praia do “levar vantagem” da malandragem nos postos de mando, uma vez que a massa bruta e aparvalhada do dono de tudo e verdadeiro senhor do mundo, o povo, além de trabalhar tem por única atividade espernear da alegria de débil mental, é daí que vem a situação atual de tamanha barbárie que fora da situação de guerra o mundo nunca esteve em situação tão aflitiva, com ênfase para as republiquetas de banana.

 

domingo, 16 de fevereiro de 2025

ARENGA 786

 

Em mais um dos bons livros com os quais o pensador Ladislau Dowbor mostrar como viver sem tantos dissabores a quem só tem ouvidos para orações, axé, urros da palavra esquisita gol e as mediocridades sobre “famosos” e “celebridades”, mas nunca para quem se liga em sabedoria, livro intitulado RESGATAR A FUNÇÃO SOCIAL DA ECONOMIA, ali mestre Dowbor toca no ponto crucial o qual parece escapar a muita gente também de capacidade comprovada. Trata-se do excedente da produção, isto é, tudo aquilo que é produzido além do necessário para o consumo. Quando isto acontece, ensina o mestre, esse excedente é apropriado por uma elite sob os mais capciosos argumentos para justificar tal procedimento na verdade injustificável posto que antissocial. Esta elite, na verdade, além de perdulária, é inútil tanto quanto os bailarinos das rodas de valsas nos salões de castelos medievais.

Entretanto, produzir mais do que o necessário não será mais uma das muitas formas de estupidez? Não há um só imbecil entre a cambada de apropriadores do excedente produzido para formação das imensas riquezas que não se diga cristão. No entanto, ao ser perguntado como se proteger dos ladrões Cristo respondeu que bastava não ter mais do que o necessário para não ter o que ser roubado. Além do mais, como há muito percebeu alguém que pensa, tudo que excede da medida certa faz mal. Portanto, por que não se questionar o o comportamento do olho maior que a barriga se faz mal à sociedade a existência das imensas riquezas que excedem milhões ou bilhões de vezes o necessário e que impede vida digna à maioria dos seres humanos?

Nenhum líder deve ser mais temido que estimado como que o puxador de sado de príncipes, Maquiavel, também não deve ser um maria-vai-com-as-outras nem subornável a ponto de passar de mala e cuia para o lado dos apropriadores do excedente produzido pela sociedade.

O problema é não haver entre a classe política quem não tenha a boca já entortada pelo hábito da prática da má política. Não atentar para tal realidade é demonstrar desamor pelos descendentes porque assim eles não terão motivo algum para ter boas recordações e reverenciar seus ascendentes. É um mal muito grande que os pais praticam contra seus filhos deixar que recebam a educação engendrada pela cultura do venha a mim e os outros que se danem que já se fala em ensinar sistema financeiro a crianças. Sem um espírito de cooperação e estima mútua nenhuma sociedade tem como superar a barbárie e a impossibilidade de haver bem-estar tanto social quanto individual.

O quadro social que se nos apresenta sugere haver apenas duas alternativas: conformar a humanidade em viver mal ou engendrar uma forma de despertar a juventude de sua eterna e imbecil apatia pela atividade política para que daí possa haver líderes autênticos. Fora isso, resta apenas permanecer como está com os falsos líderes arrebanhando para sua companhia justamente os apropriadores do excesso de tudo aquilo que é produzido na sociedade para com este excedente ajuntar riqueza até que por não saber o que fazer com ela procurar alienígenas no universo afora.