Qual será o futuro de uma juventude cuja sociedade
dá origem a notícias desse tipo?
3 Muro que separa turistas de moradores da
Vila Esperança tem 3 metros de altura, 25 centímetros de espessura e 1
quilômetro de extensão na rodovia dos Imigrantes.
5 - Após virar ministro, Meirelles recebeu 50
milhões no exterior, diz site - De acordo com reportagem do BuzzFeed, ele
também recebeu 167 milhões pouco antes de assumir. Recursos vieram de clientes
como a J&F, de Joesley Batista.
- Três meses antes de assumir o
mais alto posto da economia brasileira, Henrique Meirelles recebeu 167 milhões de reais em contas que mantinha no
exterior e que foram usadas para pagamentos por serviços prestados por sua
empresa de consultoria, a HM&A. Entre os grandes clientes está a J&F,
de Joesley Batista. Após quatro meses no cargo de ministro da Fazenda, foram mais 50
milhões de reais depositados nas contas no exterior.
5 - Sem dinheiro, estado do Rio perde reforço de
4 mil policiais - A unidade da
federação que já contabiliza a morte de 91 policiais em 2017, tem 4 mil agentes
de segurança aprovados em um concurso de 2014 que ainda não chegara às ruas
porque o estado não tem dinheiro para treiná-los.
6 - Deputado Wladimir Costa faz tatuagem com o
nome de Michel Temer "Temer é um trilhão de vezes melhor que vagabundos
socialistas.
Mas então, é nas mãos de tipos assim que os
jovens deixam o destino de seus filhos enquanto correm atrás de um diploma que
lhes possibilite ganhar o dinheiro que terá o destino mostrado nas notícias? O
que leva as pessoas a não se ligarem na situação de sua sociedade a ponto de ter
deputado ridículo bastante para gravar no corpo o nome de homem e tão
socialmente míope que confunde socialismo com a politicagem de que participa,
desconhecendo que o socialismo está implícito no próprio conceito de sociedade,
uma vez que toda sociedade exige a participação de seus integrantes? Se a sociedade
humana é infeliz, deve esta infelicidade ao individualismo próprio de idiotas, termo
como que os gregos antigos se referiam aos indiferentes aos assuntos
pertinentes à sociedade.
Falta um elo de união entre o ser humano e sua
sociedade porque nenhuma ligação fazem os indivíduos entre sua pessoa e a
sociedade, o que equivale a abdicar da paz espiritual e a satisfação interior
de cada um, como deve ser compreendido o conceito de felicidade, impossível de
ser alcançada numa sociedade conturbada. Erra fragorosamente quem entrega seu
destino a cargo de analfabetos políticos além de desordeiros travestidos de
autoridades. E as pessoas agem desta maneira absurdo a fim de lhes dobrar tempo
para cuidar da vida particular, o que é uma bobagem muito grande porquanto
cuidar do social é tão importante quando cuidar da individualidade. Apesar de
imprescindíveis os bens materiais, eles perderão o sentido quando o passar do
tempo trouxer a incapacidade de agir fisicamente, quando, então, a espiritualidade
encontrada nos pensamentos serão as únicas coisas a ocuparem a atividade, fase
da vida em que o conhecimento é mais importante do que o enriquecimento. É algo
de muito interessante observar como as pessoas se acham eternas, pensando que
terão energia para sempre. A ninguém ocorre ficar sem poder trabalhar, de se
locomover, de ir ao banco, de cuidar de dinheiro, ainda que vendo ao lado
pessoas desprovidas até mesmo da privacidade de sua higiene íntima. Enorme
distância separa os seres humanos da realidade de que a vida social é tão
importante quanto a vida individual, merecendo, pois, a sociedade, a mesma
atenção dispensada à vida individual, principalmente por parte da juventude que
herdará o resultado do presente.
A declaração do doutor Sergio Moro de
que os políticos não têm interesse em combater a corrupção e faltar um discurso
mais vigoroso da classe política nesse sentido é algo de estarrecedor do ponto
de vista da saúde social uma vez que na atual conjuntura, a sociedade é
administrada exclusivamente pelos políticos. Se os responsáveis pela sociedade
não têm interesse em combater a corrupção, como realmente não têm, evidente
fica o fracasso de administração pública vigente porque se aos executores da
política interessa a corrupção, nesse caso, será a institucionalização do
banditismo como mostram as notícias da imprensa, o que ocorre em função da
cultura do enriquecimento a qualquer preço, enraizada na alma dos seres
humanos, o que leva à prática de corrupção todo aquele que detém algum poder.
Uma vez implantada a cultura da vantagem de ser rico, esta cultura tornou a
riqueza uma necessidade, e esta necessidade deu origem à corrupção uma vez que
não se pode ser rico honestamente. O próprio trabalho da Operação Lava Jato tem
demonstrado como se fazem as grandes fortunas. Portanto, o que se diz a
respeito de solução para os problemas que afligem não só nossa sociedade de
idiotas, mas também a sociedade humana, pode ser descartado como inútil porque
os seres humanos serão eternamente infelizes enquanto depositar na riqueza a
esperança de viver bem, cultura que orientou o comportamento humano desde que
se tem notícia de sociedades humanas. É chegado o momento de uma nova cultura
despontar no horizonte a fim de se poder ter esperança em tempos menos piores.
A história da humanidade está a iniciar uma nova fase. O medo de mudar para o
novo, característica do comportamento dos seres vivos, dará lugar à coragem
diante da ameaça de iminente perigo permanecendo como está. É chegada a hora de
reconhecer estar falido o modelo de vida escolhido pelos dirigentes do mundo, a
começar pelo absurdo de apenas alguns gatos pingados serem juízes da
humanidade, o que é uma forma de corrupção porque esses poucos com poder de mando
sobre muitos têm usado desse poder para explorar o trabalho daqueles a fim de
satisfazer a necessidade na verdade desnecessária de produzir para eles a
riqueza que acreditam necessitar, por força da cultura do enriquecimento que já
deu provas suficientes de sua antissocialidade. Já sopram novos ventos trazendo
a realidade de ser erro grosseiro uma sociedade na qual poucos possam esbanjar
riqueza ao lado de muitos esbanjando pobreza. Esta cultura mumificada persiste
por força da dificuldade de se trocar por novas as ideias enraizadas, ainda que
falsas. Com O Mito da Caverna, Platão mostrou esta realidade irrefutável. Para a
reviravolta da qual resultará uma sociedade menos infeliz, uma vez que ser
totalmente feliz é ilusão própria da velha sociedade, só falta que a juventude
perceba, e isto acontecerá mais cedo ou mais tarde, a necessidade de transferir
sua atenção para uma política de bem-estar social. Para tanto, faz-se
necessário eliminar a “frouxidão” nas normas de comportamento impostas pelo
direito por não ser ele, o direito, uma ciência exata, como mencionou o doutor
Moro. As normas de direito precisam acima de tudo ser exatas e rigorosas no que
diz respeito à preservação e ao resguardo dos interesses da sociedade. Agredir
a harmonia social tem que resultar necessariamente em eficaz reparação com a
retirada do agressor do convívio social e ressarcimento dos danos causados à
coletividade. Esta é a única maneira de se reverter a cultura do enriquecimento
às custas do desassossego social. Está muito errado quem conquistou um
lugarzinho que imagina cômodo numa sociedade em polvorosa por ser impossível
haver algum oásis de sossego em meio à uma guerra. Os defensores desse tipo de
sociedade com um por cento da população escravizando o resto são tão inocente
que nem mesmo sabem estar entre os escravizados.
A única
maneira de se encontrar meio menos desinteligente de vida é trocando por novas
as mentalidades bolorentas que infelizmente ditam as regras para uma juventude
conformada e submissa a tais regras. O que se diz a título de solução para os
problemas representam nada mais do que a necessidade de fazer crer estar
trabalhando. Quando o general chefe do nosso exército afirma que as próximas
eleições trarão normalidade ao caos político, está apenas tentando mostrar
serviço porque os futuros eleitos não serão diferentes dos atuais,
representantes de interesses antissociais dos grandes empresários, realidade
que a Lava Jato trouxe à tona, mas que encontrava escondida debaixo dos panos.
Agora que apareceu, não há nada a esperar de novas eleições porque a chave do
cofre onde se encontram as soluções para todos os problemas continuará nas mãos
de falsos líderes para cujos princípios morais, ao contrário de homens
honrados, têm por fundamento a desonestidade de usarem dos cargos públicos para
se locupletarem. Sempre foi assim e assim será sob a orientação das ideias
ultrapassadas que uma juventude mentalmente sadia varrerá para os quintos dos
infernos. Na página 45 do livro Histórias da Gente Brasileira, de Mary Del Priore,
consta o seguinte: “Quando d. Pedro I,
ainda na qualidade de regente português, cruzou o Vale a caminho da capital da
província de São Paulo, as fazendas de café já impressionavam. Por exemplo, a
do capitão das Ordenanças de Baependi, Hilário Gomes Nogueira, de velha família
mineira, que abriu as portas para receber a comitiva do príncipe, em suas
terras onde desabrochavam cafezais, trigais e plantações de anil. Só no ano de
1822, na sua fazenda de São João Marcos, Hilário colheu 500 arrobas de café,
exportando-as para a corte. Era dono de oitenta e seis escravos que cultivavam
milho, arroz, feijão e criavam porcos para o comércio de toucinho. Num outeiro,
voltado para o levante e protegido do vento frio do Sul, ergueu uma das maiores
e mais imponentes sedes da província, com suas senzalas e a grande tulha para
armazenar grãos. No entorno, frentes de escravos abriam clareiras, derrubando
perobas, canelas e cabinas para plantar café. O riacho Pirapetinga, os rios
Bananal e Turvo hidratavam a região”. A cultura do uso de cargos públicos
em proveito próprio é mais uma evidência da necessidade de ideias novas porque
é na dilapidação do erário que está a causa da desarmonia social que infelicita
os necessitados, mas que a todos infelicitará indistintamente. Na página 95 do
mesmo livro há referência a um americano chamado Daniel Parish Kidder que foi
encarregado pela Sociedade Bíblica Americana para difundir a bíblia no Brasil.
Absolutamente nenhum futucador de telefone é capaz de saber o que escondem as
entrelinhas desta notícia. Pensarão que os americanos estavam preocupados com o
bem-estar espiritual dos brasileiros em sua ingenuidade sobre os preceitos
divinos. Por trás disto, jovens inocentes e conduzidos feito manada, está a
causa de padecer a sociedade de tudo que precisa e que podia ter, mas não tem.
São os
próprios associados à sociedade humana que se submetem à condição de
inferioridade aceitando quem lhes seja superior, cultura também embolorada que
precisa dar lugar a uma nova cultura que considere os seres humanos como uma
irmandade, portanto, de seres igualmente merecedores de viver com dignidade. Na
página 26 do livro Curso de Direito Romano, de José Cretella Júnior, consta que
da sociedade romana faziam parte os patrícios, classe privilegiada, detentora
do poder e desfrute de todas as vantagens. Do lado oposto, os plebeus, que
apesar de habitarem a cidade, não participavam da organização política. Queiram
ou não os preconceituosos, somos todos irmãos e com as mesmas necessidades.
Falta é elevação mental suficiente para perceber esta realidade, mas que uma
juventude melhor que a atual haverá de reconhecer. Inté.
Nenhum comentário:
Postar um comentário