A história
da humanidade se aproxima de nova fase. Que cenário descortinar-se-á quando
expirar a cultura do servilismo imposto aos seres humanos a partir do momento
em que passaram a ser comandados por duas lideranças falsas, religião e
políticos? A inegável evolução mental haverá de condenar à morte a atual cultura
da subserviência que há muito se encontra na UTI sem possibilidade de convalescência.
Ou a humanidade acaba com a fase atual ou será acabada por ela. Não há como se
sustentar uma sociedade que destruiu sua força criativa: a juventude. Os jovens
inteligentes foram levados a tal estado de infelicidade que estão se tornando
depressivos e suicidas, enquanto que os demais, por força da cultura da
necessidade de enganar para tirar proveito, foram transformados em cordeiros de
Deus, manada pronta a vagar para onde quer que haja alguma imagem a ser
cultuada, sem nem de longe perceber o engodo que os falsos líderes escondem
atrás disto tudo. Estas pobres criaturas, vítimas da lavagem cerebral que os
faz querer serem ricos em vez de felizes, são indiferentes a tudo que não sejam
futilidades como as brincadeiras do pão e circo envoltas em grossa corrupção
que consome fabulosa quantidade dos recursos públicos dos quais depende o
futuro de seus filhos. A consequência da cultura do TER é fazer com que a
humanidade se aproxime mais e mais do precipício. E enquanto isto ocorre, seres
humanos que se destacaram entre os demais em função do acúmulo de conhecimento adquirido
sobre a espécie humana fazem devorteios em torno de assuntos que não dizem
respeito à única coisa que deveria merecer a atenção de todos: a qualidade de
vida e mesmo a sobrevivência da espécie humana, instinto que orienta os
irracionais no que diz respeito à preservação da espécie. Quanto mais perto do
abismo chega, mais os seres humanos festejam sua vida medíocre de reprodutores,
fabricantes de bosta e enchedores de latrina. Se o ser humano tivesse
permanecido irracional, vivendo em estado puramente natural, o mundo não
poderia estar em piores condições do que as atuais. É desinteligente não se
dedicar a tais assuntos para divagar inutilmente sobre o que Einstein pensava
sobre Deus, ou o que quis Einstein dizer ao afirmar que acreditava no Deus de
Spinoza, ou o que vem a ser esse tal de Deus de Spinoza, ou o que vem a ser deísmo,
panteísmo, judaísmo, catolicismo, budismo, e o diabo a quatro. Tudo isto não é
senão verborreia inútil que tem o mesmo papel do pão e circo de desviar a
atenção do lugar onde deveria ela estar. O filósofo e físico Marx Jammer,
colega de Einstein, diz no livro Einstein E A Religião, que o grande cientista
teria afirmado que através da religião os jovens são enganados pelo Estado com
mentiras e que teria desaprovado educação religiosa para seus filhos,
considerando-a contrária a todo o pensamento científico. Vê-se, pois, que o
tagarelismo inútil mais confunde do que esclarece. Como pode alguém, conhecedor
da realidade de que a religião e a política, irmãs siamesas, fomentam a
ignorância por ser dela que se nutrem, e, ao mesmo tempo, acreditar em um Deus,
qualquer que seja esse Deus? Enquanto se perde tempo com tais futilidades, está
a bater na porta uma triste realidade prenunciada pelos incêndios, enchentes,
tsunamis, doenças e violência, anunciando para quem tem olhos de ver um futuro
tão triste que leva os jovens inteligentes à depressão, ao suicídio, a disparar
armas sobre outros jovens.
Em meio a
todo esse imbróglio nos encontramos nós os brasileiros, infelizes e alegres de
uma alegria de demente mental, pobres coitados submetidos a uma violenta
tempestade de imoralidades sobre esse belo pedaço de chão transformado no paraíso
da bandidagem que se apossou do poder de mando. Chegamos a uma posição tão
desesperadora que o jornal Folha de São Paulo publica a seguinte notícia: Recessão
e desemprego freiam as denúncias de assédio sexual no Brasil -
Medo de perder o emprego ou sofrer violência ainda maior faz mulheres
optarem pelo silêncio. Ser obrigado
a engolir as injustiças é de uma crueldade sem limite. Mas os brasileiros estão
acostumados. Afinal, como carneiros de Deus, devem esperar pela felicidade no
céu, onde não lhe faltará pastagem. Somos um povo tão desgraçado que o funcionário
público Rodrigo Janot, por ser cumpridor do dever, está sendo vítima de ataques
por cumprir seu dever de denunciar malfeitores. Entretanto, para alento da
esperança de moralidade, o jurista Lafayete Pondé Filho em matéria publicada no
caderno Painel do Leitor do jornal Folha de São Paulo fez a seguinte e lúcida
declaração: “O procurador Rodrigo
Janot deve se orgulhar das críticas que vem recebendo. Demérito seria receber
elogios de tipos tão desprezíveis. E não custa lembrar: só se atira pedra em
árvores que dão bons frutos!”. Contudo, a preferência do brasileiro é pela
erva daninha. De acordo com estas palavras
do deputado presidiário Eduardo Cunha, "Moro queria destruir a
elite política e conseguiu", fica
demonstrada a triste realidade de ter sido o poder político assaltado pela
imoralidade, falta de decoro e pelo banditismo uma vez que a elite política a
que se refere o deputado presidiário é isto que estamos vendo: criminosos
condenando homens justos, contando inclusive com o aval da justiça. Não se pode
ter dúvida da necessidade de outro tipo de sociedade. Uma sociedade na qual os
responsáveis pela administração pública devem estar constantemente sob o olhar
vigilante de uma juventude inteligente para que os responsáveis pelos recursos
públicos, em função do vínculo empregatício, não sejam obrigados a se tornarem
representantes dos interesses escusos do grupinho de um por cento que se tornou
dono do mundo e que obriga o STF a proteger celerados e exigir que as escolas
públicas ensinem religiosidade às crianças a fim de perpetuar a indiferença
política, fonte de todos os males.
A evidência de ter falido a cultura atual do ajuntamento de riqueza acaba
de ser mostrada pela notícia de que os ricos de Nova Iorque, incomodados diante
de tamanha desigualdade social, estão evitando ostentar riqueza. O rico tem o
mesmo comportamento da hiena que rosna se outra fera se aproxima da carniça,
mesmo sendo esta superior à sua capacidade de consumo. Mas não é apenas em Nova
Iorque que existem as hienas rosnando em torno de montanhas de riqueza. É o que
mostra o relatório da ONG britânica Oxfam: Seis brasileiros têm a mesma riqueza
que os 100 milhões mais pobres, e os 5% mais ricos detêm a mesma fatia
de renda que os demais 95% da população. Como se aceitar tamanho descompasso? Há de se cuidar
do primeiro passo na efetivação da necessária mudança que se não acontecer por
meios inteligentes acontecerá pela brutalidade da violência dada a realidade de
se ter chegado à situação indiscutivelmente insuportável porquanto faltam
recursos para as mínimas coisas enquanto fardos de dinheiro são roubados e as
marionetes do pão e circo fazem apologia de monstruosidades antissociais como o
agribiuzinesse e os bancos. O caderno País, do Jornal do Brasil de 07/08/2017,
dá conta de que matéria do jornal ‘Le Monde Diplomatique' versa sobre dois
assaltantes que se fizeram filmados enquanto roubavam um banco e diziam: "Ei, Temer, filho de p ...! Você acha
que só você pode, hein? Filho de p ... Nós também podemos, veja!”.
A tal
desmoralização chegou nosso país, debaixo do queixo ainda imberbe de uma
juventude incapaz de sacudir fora o conformismo imbecil que lhe impõem falsos
líderes políticos e religiosos e tomar atitude orientada pela sabedoria que
recomenda o uso da inteligência em vez da brutalidade a fim de organizar uma
sociedade realmente organizada. Esta outra notícia na imprensa dá o tom da
merda moral em que foi transformado nosso pobre e infeliz Brasil: Descoberta
de brasileiro rendeu Nobel de medicina a britânico. Inegavelmente, recai uma maldição sobre esta população de religiosos.
Absolutamente ninguém responde a saudação “como vai” sem acrescentar um graças
a Deus à resposta de estar bem. O religioso é um ser estúpido e incapaz
de concluir que a religião é irmã siamesa da política. Matéria jornalística de autoria do jornalista
Mauro Lopes, publicada no blog Outras palavras, intitulada RESGATE DE UMA
HISTÓRIA OCULTADA, é ilustrada com a imagem de um Papa ao lado do ditador Pinochet,
monstro que mandava helicópteros jogar jovens idealistas ao mar por divergência
política. Chegará o tempo em que se perceberá a verdade de ter a
religião por finalidade parasitar a credulidade da massa ignorante como prova a
presença de chefes religiosos na revista Forbes e o banco do Vaticano. Nesse exato
momento, o presidente desta sociedade infeliz faz doação à igreja católica de
um terreno da massa bruta de povo, e diz estar com a alma lavada. Também está
na imprensa que a Igreja Universal tem um império empresarial em nome de
integrantes de sua cúpula de 23 emissoras de TV e 40 rádios, além de 19
empresas de segmentos diversos, como agência de turismo, jornais, editora,
imobiliária e até uma empresa de táxi-aéreo, a Alliance Jet”. A
religiosidade se nutre da ignorância, o que fica evidente ao se constatar que
ela decresce à medida que cresce o esclarecimento. Embora demasiadamente lenta,
é inegável haver progresso mental. Época houve em que o ateu seria torrado pela
Inquisição, o que não ocorre atualmente. E quem afirma o enfraquecimento da religião
não é apenas um Zemané ateu. É o que mostra este trecho da matéria publicada no
jornal Folha de São Paulo: Pode levar
séculos, mas as religiões vão cair em desuso. A predição é de Michael Shermer,
historiador da ciência e escritor americano que fundou a Sociedade dos Céticos
nos EUA. O mundo ficará bom a partir da segunda geração depois daquela
cujos pais alfabetizarem politicamente os filhos e ensiná-los o motivo pelo qual
professores são tratados a porradas e jogador de futebola a pão de ló. Por trás
disso está a desgraça que grassa mundo afora. Inté.
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