Feito
barata tonta pelo efeito de inseticida, papagaios de microfone de matizes que
vão de jornalistas a cientistas políticos e filósofos verborragiam sobre o que
está errado, mas sem dedicarem uma sílaba sequer sobre o que se deve fazer para
corrigir os erros. Falam, por exemplo, que na democracia é o povo que escolhe
seu governante. No entanto, se assim é, por que então o povo brasileiro em sua
democracia tem um governante que não quer? Matraqueia-se sobre o que acontece
na Venezuela, na Catalunha, nos governos russo, americano, da Coreia do Norte,
do Estado Islâmico e o diabo a quatro, como se fossem coisas isoladas, quando, na
verdade, são ingredientes do mesmo prato da estupidez humana de acreditar dar
certo uma organização social na qual noventa e nove por cento dos associados
entre os quais grande contingente de miseráveis sejam obrigados a custear vida
faustosa e perdulária para o um por cento restante. O que deve ser motivo de
especulação é o motivo pelo qual pessoas de grande capacidade de discernimento
como filósofos e escritores premiados serem rebaixadas à mesma mentalidade
medíocre da ralé ignorante de povo, realidade que fica exposta quando aquelas
pessoas fazem coro com a massa ignara e também se declaram apreciadores das
duas armas capitalistas mais letais contra a sociedade: a religião e o pão e
circo que anulam o poder criativo e inovador da juventude que apesar de ser a
força viva da sociedade humana, teve amputada a inteligência ao ponto de não
perceber o quanto distante da realidade estão coisas como o beijo do Papa no pé
do desgraçado que a sociedade abandonou ao léu e a elevação à categoria de
“celebridades” e “famosos” de pessoas de mentalidade medíocre. No que corre por
trás dito daí está a causa de toda a desarrumação que infelicita a humanidade,
uma força oculta e tão poderosa que leva jovens a comprar bíblias como proteção
e serem indiferentes aos males que os afligem e que os infelicitarão depois de
passado o vigor físico da juventude, quando, então, se abaterão implacavelmente
sobre eles os achaques de uma velhice desassistida. O que deve ser motivo de cogitações
é o que leva o filósofo Jacob Petry, na página 27 do livro Poder &
Manipulação, da editora Faro Editorial, a afirmar acreditar ser verdade que
Deus e a sorte determinam metade de nossas ações, quando a realidade é ser Deus
apenas uma criação dos primeiros seres pensantes que precisavam ter em quem
buscar proteção contra aquilo que lhes escapava à compreensão, vindo, posteriormente,
a ser esta ficção usada como engodo para manter as massas ignaras na condição
de carneiros, contentes com as delícias que as esperam no céu. O que será que
torna um filósofo incapaz de perceber esta realidade? Aliás, o céu deve ser na
verdade um lugar muito chato onde se ora em vez de tomar uísque e desfrutar das
delícias que só as mulheres podem proporcionar.
O que as
forças ocultas que a Lava Jato desocultou teme tanto quanto o Diabo teme a cruz
é que as pessoas atinem com o significado daquilo que disse o Grande Mestre do
Saber Leonardo da Vince de que erra muito quem pensa pouco. O maior temor das
forças ocultas é que os seres humanos venham a tomar aquela atitude da figura
criada pelo mestre Leonardo de um homem em atitude meditativa conhecida como o
pensador porque quem a tal se dispuser chegará inevitavelmente à conclusão de
haver algo de muito errado com a humanidade. É impossível a quem quer que seja,
independentemente de inteligência, deixar de concluir que não corresponde à realidade
tanto a afirmação de que os administradores públicos existem para zelar pela
sociedade quanto a existência de um Deus de bondade infinita que ama todos os
seres humanos, quando a realidade mostra os humanos afligidos por sofrimentos
incontáveis devido à sua condição de marionetes manipuladas por mãos tanto inescrupulosas
quanto perversas. Quando a antissociabilidade do capitalismo germinava na
Inglaterra e ela era o país mais rico do mundo, já naquela época, excluída a
ingenuidade de se acreditar descendermos de Adão e Eva, o fato de pensar levou
alguém à lucidez de perceber a insustentabilidade da cultura capitalista de
muitos com pouco e poucos com muito. É o que se afere da página 225 do livro
História Geral e do Brasil, de Claudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo, editora
Scipione, onde consta a seguinte declaração sobre tal insustentabilidade: “... as coisas na Inglaterra não podem ir
bem, nem vão melhorar, enquanto todas as riquezas não forem postas em comum
...”. Embora não seja possível uma comunhão dos bens materiais dos quais
depende a paz social, a estupidez capitalista do individualismo exagerado chega
ao absurdo de pressupor a existência de quem não precise satisfazer as
necessidades básicas de comer, morar e vestir. No saite África 21 Online, matéria
sobre a prospecção da riqueza mineral africana, com o título (PORQUE É QUE A
RIQUEZA DE ÁFRICA NÃO ENRIQUECE OS AFRICANOS?), tem-se o seguinte: “A elite congolesa ficou muito mais rica,
bem como os prospetores, mas a população, devastada pela pobreza, não ganhou
nada”.
Por deixar
seu destino a cargo de estranhos, a humanidade sempre se ferrou. Daí a
necessidade de novo caminho por onde seguir em frente, mas um caminho bem
iluminado e sem os labirintos que levam a justiça a obrigar que as inocentes
crianças sejam infectadas pelo germe divino que corrói a capacidade de
raciocinar encontrado na religiosidade e no pão e circo. Inté.
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