A
humanidade está condenada a esperar que seja melhor do que o ano velho cada ano
novo recebido com fabulosos gastos em festas das quais resultam queimaduras e
mortes por foguetório, acidentes de trânsito e assaltos, para depois continuar
tudo do mesmo jeito de antes. Afinal, a esperança é imortal. Nesse cenário,
como ademais em tudo que é imbecil e ridículo, desponta o Brasil. País de
exuberante beleza e riquezas naturais a serviço dos gringos, de povo amoral,
imoral e ladravaz, cuja juventude é incapaz de um só gesto inteligente, é
ilimitado o azar desse povo de triste memória. Quando tentou mudar sua triste
sina de só levar ferro de governos que tomam dos pobres para dar aos ricos,
levou à presidência de sua ridícula república de bananas um caçador de marajás do saco roxo.
Teve como resultado o confisco do seu dinheirinho juntado a duras penas. Como
tudo continuasse contra si, elegeu um operário sem o dedo mindinho da mão
esquerda que a máquina roeu. Depositou tanta esperança no seu operário de nove
dedos que depois de ser presidente por oito anos ele mandou o povo eleger uma
subalterna sua enquanto decorria o tempo em que ficava impedido de ser
candidato outra vez. Tudo melou de novo, e o povo continuou a levar ferro.
Agora, sempre de esperança em esperança, colocou na presidência de sua ridícula
república um religioso. Sendo brasileiro o fantasma do deus do povo, está ele
convencido de não haver como não dar certo desta vez. Entretanto, como nada lê,
não sabe o que disse sobre religião ninguém menos do que o Grande Mestre do
Saber, Thomas Paine, segundo o fabuloso escritor Vinícius Bittencourt, na
página 27 do livro Falando Francamente: “Quando
lemos as histórias obscenas, as libertinagens volutuosas, as cruéis e
traiçoeiras execuções, as vinganças impiedosas, que enchem mais da metade da
Bíblia, pensamos que seria mais consistente chamá-la a palavra do demônio do
que a palavra de Deus. É um relato de perversidades que contribuem para
corromper e embrutecer a humanidade. Todas as igrejas, sejam elas maometanas,
judias ou cristãs, me parecem meras invenções humanas, estabelecidas para
amedrontar e escravizar a humanidade e açambarcar as riquezas e o poder”.
Como estas
palavras de Paine foram ditas há mais de trezentos anos, quando não havia ainda
a revista Forbes para mostrar pastores entre as pessoas mais ricas do mundo e a
suntuosidade dos demais chefes religiosos, justifica o “me parece” porque
atualmente as pessoas intelectualmente superiores aos frequentadores de igreja,
axé e futebola não têm mais qualquer dúvida quanto a terem as igrejas por
finalidade exatamente aquilo que parecia ao grande pensador. De estupidez em
estupidez caminha a humanidade. Inté.
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