quarta-feira, 29 de maio de 2019

ARENGA 573


 


Muitos pensadores têm tentado mostrar à humanidade como viver de forma menos sofrível. Porém, como a humanidade não sabe ser sofredora, como mostra a quantidade de festejamentos, o esforço deles tem dado em nada. Ninguém se preocupa com prevenção contra um mal que supõe inexistente. Assim, desconhecendo a realidade de sua servidão, como a manada, a humanidade segue ao som do berrante de seus algozes, indiferente à sua triste sina de ter um destino traçado por falsos líderes, incapaz que é de traçá-lo por si mesma.
Embora a ninguém seja dado o direito de negar ser a harmonia da cooperação imprescindível ao sucesso de qualquer sociedade, no que diz respeito à sociedade humana, Reis Midas tem usado do artifício do pão e circo sustentado por uma rede infinita de papagaios de microfone que se revezam a fim de não deixar cair a peteca do engodo de fazer crer ser normal o modo de vida atual, embora ele seja tão desarticulado da realidade que pessoas de nenhuma importância intelectual recebem honrarias e riqueza enquanto que as pessoas de real valor por contribuírem com o desenvolvimento do raciocínio, a exemplo de Paulo Freire, são consideradas inimigos sociais.
  Prevalece entre os seres humanos a mentalidade medieval de quando Martinho Lutero afirmou ser a fé mais importante do que a razão. Apesar de verdadeiro absurdo, tal crença permanece viva no comportamento de jovens integrantes de idiotices como Juventude de Fé, capaz de encontrar algo senão ridículo no beijo do papa no pé do infeliz como meio de prevenir a infelicidade.
Embora a ninguém seja dado o direito de saber ser a cooperação indispensável ao sucesso de qualquer sociedade, no que diz respeito à sociedade humana, entretanto, os seres humanos foram convencidos de estar na competição a chave que abre a porta para o sucesso social.  Malandramente, os adeptos da competição usam do poder que o dinheiro lhes confere para entorpecer a atividade cerebral dos seres humanos convencendo-os ser normal gastarem sua vitalidade produzindo a riqueza sobre a qual não terá direito algum.
O mais interessante em tudo isto é que o próprio povo seja o defensor de seus algozes, razão pela qual seu destino será um terno ferro no rabo. Aliás, a cada dia cresce o número de adeptos do ferro no rabo. Quem sabe, o mundo feminino traga sensatez à humanidade? Inté.   
     






























     




























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