domingo, 18 de junho de 2023

arenga 680

 

                   A intenção dos políticos que se desmoralizaram praticando atos indignos de se livrarem por lei da pecha de desmoralizados é irmã gêmea da intenção dos representantes de deus quanto à punição de pecado por não o amar porque se fosse possível amar por obrigação os casamentos não se desmantelariam.

Falsidades inoculadas nas crianças como Papai Noel, Natal e Bicho Papão, e, na juventude, divindades, necessidade de riqueza, merecer homenagem na dada de nascimento se foram os pais os únicos responsáveis pelo nascimento, estas coisas tornam a humanidade incapaz de privar-se da possibilidade de ser desnecessariamente infeliz como é uma vez que nasce e cresce num mundo de falsidades.

Paradoxalmente, o excesso de alegria vem a se tornar causa de tristeza uma vez que na alegria não se medita sobre a vida e sem esta meditação nenhuma diferença existe entre o ser pensante e a besta. Desta forma, passada a disposição para as alegrias e chegado o tempo de transformar-se no “caco” a que se referiu Schopenhauer, o desconhecimento da realidade da vida traz tristeza a quem viveu em alegrias apenas.

A invenção de deuses foi nociva aos seres humanos porque os torna desinteressados por lhes parecer inútil especular sobre a possibilidade de viver melhor uma vez que acreditam ser necessário acontecer tudo de ruim que lhes acontece.

A recomendação de haver mérito em ajudar pobres, então, é uma mentira tão velha quanto grande. Não há necessidade de haver pobres se no mundo há recursos suficientes para que todos vivam bem. Além disso, não é preciso haver tanta gente a demandar por recursos.

Ao contrário da invenção de deus, a invenção de Jesus Cristo, sobre quem historiadores não se envergonham de discorrer sobre sua existência como fazem com quem realmente existiu, foi uma invenção capaz de trazer felicidade à humanidade infeliz em sua alegria de débil mental.

Entretanto, sendo demasiadamente estúpida a humanidade, perdem-se os ensinamentos atribuídos ao Cristo inventado pela necessidade de um pacificador que aparasse as arestas da desordem na política romana. A orientação dos conselhos supostamente deixados pelo Cristo, se seguidos, seria banida a usura e cada um trataria o semelhante do mesmo modo como deseja ser por ele tratado. Nada mais do que isto é quanto basta para livrar a humanidade dos motivos que a infelicitam.  

 

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