A intenção dos políticos que
se desmoralizaram praticando atos indignos de se livrarem por lei da pecha de
desmoralizados é irmã gêmea da intenção dos representantes de deus quanto à
punição de pecado por não o amar porque se fosse possível amar por obrigação os
casamentos não se desmantelariam.
Falsidades inoculadas nas crianças como Papai Noel, Natal e Bicho
Papão, e, na juventude, divindades, necessidade de riqueza, merecer homenagem
na dada de nascimento se foram os pais os únicos responsáveis pelo nascimento,
estas coisas tornam a humanidade incapaz de privar-se da possibilidade de ser
desnecessariamente infeliz como é uma vez que nasce e cresce num mundo de
falsidades.
Paradoxalmente, o excesso de alegria vem a se tornar causa de tristeza
uma vez que na alegria não se medita sobre a vida e sem esta meditação nenhuma
diferença existe entre o ser pensante e a besta. Desta forma, passada a
disposição para as alegrias e chegado o tempo de transformar-se no “caco” a que
se referiu Schopenhauer, o desconhecimento da realidade da vida traz tristeza a
quem viveu em alegrias apenas.
A invenção de deuses foi nociva aos seres humanos porque os torna
desinteressados por lhes parecer inútil especular sobre a possibilidade de
viver melhor uma vez que acreditam ser necessário acontecer tudo de ruim que lhes
acontece.
A recomendação de haver mérito em ajudar pobres, então, é uma mentira
tão velha quanto grande. Não há necessidade de haver pobres se no mundo há
recursos suficientes para que todos vivam bem. Além disso, não é preciso haver
tanta gente a demandar por recursos.
Ao contrário da invenção de deus, a invenção de Jesus Cristo, sobre quem
historiadores não se envergonham de discorrer sobre sua existência como fazem
com quem realmente existiu, foi uma invenção capaz de trazer felicidade à
humanidade infeliz em sua alegria de débil mental.
Entretanto, sendo demasiadamente estúpida a humanidade, perdem-se os
ensinamentos atribuídos ao Cristo inventado pela necessidade de um pacificador
que aparasse as arestas da desordem na política romana. A orientação dos
conselhos supostamente deixados pelo Cristo, se seguidos, seria banida a usura
e cada um trataria o semelhante do mesmo modo como deseja ser por ele tratado. Nada
mais do que isto é quanto basta para livrar a humanidade dos motivos que a
infelicitam.
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