O mal que infelicita a humanidade é o
mais letal de todos os males porque sendo irracionais os germes que dão origem
às doenças infelicitantes, podem ser flagrados pela ciência e eliminados com
medicamentos, ao passo que os germes que dão originem à infelicidade humana e
que são os próprios seres humanos travestidos de líderes, sendo racionais, escondem-se
atrás de suas ação tão bem escondidos de modo a que a humanidade nem mesmo percebe
ser infeliz, daí viver em infindáveis festejamentos, arrastando alegremente atrás
de si uma carga sobre humana e desnecessária de infelicidade. Não sabendo que
pode pensar seus próprios pensamentos segue feito boiada o canto da sereia
emitido pelo berrante do ópio colorido da televisão rumo a um trágico destino
ao multiplicar-se irresponsável e ilimitadamente sem considerar a realidade de
ser limitada a capacidade do planeta de suportar tamanha quantidade de seres
humanos, nada mais do que ciscos que já se arvoram a macular a pureza do
universo que os criou.
Até os que estão certos de saber
pensar, não atinam se ligam na realidade de que pensam tão errado que fracassam
nas boas intenções de ajudar os que não sabem que podem pensar. Vai daí que
excetuando os parasitas que sugam a vitalidade da sociedade humana, tudo que resta
da humanidade é classe trabalhadora. Desta forma, na página 21 do livro A Mosca Azul, do nosso
estimado Frei Beto, há um pensamento que se materializado lancetaria o tumor do
mal humano e que é o seguinte: “ – ...por que a classe trabalhadora vota
sempre em patrão? Por que não votar em si mesma e deselitizar o Congresso,
pisar as alfombras do poder com solas gastas e chinelos de dedos? Classe em si,
classe para si. Por que não criar o próprio partido, partir o bolo da
democracia e repartir a renda nacional?” – . Bonito, muito bonito! Mas não
vai além da boniteza porque apesar ser capaz esse pensamento de trasladar a
humanidade para um mundo sem tanto sofrimento, não ocorreu a quem assim pensou ser
justamente por não saber que esta trasladação depende apenas do voto de cada um.
E é o próprio Frei Beto quem equivocadamente diz aos inocentes ser a solução
para a infelicidade humana questão da vontade de deus.
E nem adiantaria a quem ouve tamanho
disparate indagar por que deus não faz a mudança porque não faltam aos
profissionais da fé e da política argumentos que justifiquem a crendice de uns
e a maldade de outros.
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