Com a mais
absoluta das certezas, esse nosso país de fazer vergonha, para tomar jeito de
país, precisa transferir o povo para os quintos dos infernos. Uma população de
gente em vez de povo não aceitaria uma presidente da república capaz de dizer
que o combate à corrupção prejudica o país. Como entender ser o país obrigado a
conviver com a bandalheira de construtoras ladravazes, o que equivale a dizer
que a corrupção beneficia o país? Como encarar uma juventude indiferente a tal
estado de coisas? O que levará os jovens à indiferença quanto a tudo que diz
respeito a seu futuro? Nem eles sabem o porquê de serem tão idiotas, mas se não
se livrarem da idiotia vão ser excomungados por seus descendentes famintos e sedentos
por única culpa da cultura de destruir a natureza para fabricar uma riqueza que
não beneficia ninguém por se destinar às caixas-fortes que os ricos donos do
mundo escondem nos infernos fiscais localizados nos países que se dizem
civilizados. Num desses países, a Inglaterra, o jornal “Financial Times”
escreveu matéria intitulada "RECESSÃO E POLITICAGEM: A CRESCENTE PODRIDÃO
NO BRASIL". Esta é a manchete da matéria na qual consta o seguinte: “NÃO É
À TOA QUE O BRASIL HOJE TEM SIDO COMPARADO A UM FILME DE TERROR SEM FIM”. Em
resposta, o valoroso jornalista Mauro Santayana escreveu reportagem intitulada
OS NOSSOS "YES, BWANA!" E OS NOVOS "HAI, BWANA!" DO
FINANCIAL TIMES, desancando magistralmente a pose dos ingleses das bundas brancas
que se internam em hospital para se sentirem como mulher parindo. Além de
frescos, são tão corruptos quanto os demais seres bárbaros da humanidade ainda
ligada aos tempos de caçador/coletor, barbarismo que aflora na atitude de ser indiferente
às criancinhas virando comida de peixe na tentativa de fugir de bala e fome.
Homem de
brios, coisa rara nessa terra de canalhas, o grande jornalista Mauro Santayana
nos defendeu magistralmente no Jornal do Brasil. Só não se sente agradecido
quem ainda é povo. Mas o que disse o grande jornalista é para não deixar de
dizer alguns desaforos em troca da ofensa porque o que disseram os bundas
brancas é a pura verdade como prova a matéria do mesmo Mauro Santayana
denominada A CRISE DA RAZÃO POLÍTICA E A MALDIÇÃO DE BRASÍLIA, onde, de maneira
precisa, expõe com clareza a monstruosa corrupção que grassava no governo
militar e que hoje ainda é pior. Naquela ocasião, um ministro mandou fazer para
o povo pagar, na mansão que o povo pagava, uma piscina em forma da letra
inicial do seu nome. É realmente humilhante gringo comparar o Brasil com
filme de terror, mas os constantes esquartejamentos que resultam em pedaços de
cadáver pelas ruas são cenas dignas dos filmes de Hitchcock.
Não há mais
como não se estabelecer novos parâmetros para o comportamento humano acelerar o
passo rumo à civilização. É bestial haver miséria porque no mundo há riqueza
suficiente para que todos vivessem com dignidade. Todo o problema está na falta
de compreensão de que em virtude da quantidade de seres humanos a demandar recursos
não justifica a existência das caixas-fortes para deleite dos Tios Patinhas do
mundo. A frase “Se o jovem soubesse. Se o velho pudesse” é de uma sabedoria tal
que qualquer uma das duas situações levaria a uma sociedade civilizada. Se, por
exemplo, os velhos pudessem fazer a mudança, a sociedade seria boa porque eles
sabem que para não faltar recursos para coisa nenhuma é preciso ficar de butuca
nos gastos públicos porque do jeito que está aí, não dá. Os velhos sabem das
coisas, mas não tem disposição. Os jovens, por outro lado, se tem a disposição
que lhes confere o poder invencível da energia, tem também o desconhecimento
que os faz ignorantes da realidade que só lhes chegará quando já não prestarem
mais para nada a não ser chorar no corredor do hospital. Para o jovem, a vida é
só brincadeiras. Mas chega o dia de enfrentar a realidade, e ela não tem nada a
ver com brincadeira. Portanto, seria melhor para os jovens (e o propósito deste
mal amanhado blog é justamente procurar mostrar aos jovens ser possível evitar
muitos tropeções que serão tropeçados por pura inexperiência), que dedicassem
algum tempo a analisar se não deve ensinar outros valores aos filhos. É na
criança que se forja a personalidade do adulto. O psicólogo americano John B.
Watson afirmava que podia fazer de uma criança saudável, escolhida na rua ao
acaso, um médico, advogado, artista, mendigo ou ladrão, independentemente de
seu talento, inclinações, capacidades, gostos e origem de seus ancestrais. É
por isso que os pais não devem deixar seus filhos aprenderem unicamente o que é
tradicionalmente ensinado nas escolas porque lá vão aprender que a coisa mais
importante do mundo é ganhar dinheiro o mais que puder, independentemente de
como fazê-lo, o que leva a isto que aí está. Inté.
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