segunda-feira, 27 de julho de 2015

ARENGA 140


            Com a mais absoluta das certezas, esse nosso país de fazer vergonha, para tomar jeito de país, precisa transferir o povo para os quintos dos infernos. Uma população de gente em vez de povo não aceitaria uma presidente da república capaz de dizer que o combate à corrupção prejudica o país. Como entender ser o país obrigado a conviver com a bandalheira de construtoras ladravazes, o que equivale a dizer que a corrupção beneficia o país? Como encarar uma juventude indiferente a tal estado de coisas? O que levará os jovens à indiferença quanto a tudo que diz respeito a seu futuro? Nem eles sabem o porquê de serem tão idiotas, mas se não se livrarem da idiotia vão ser excomungados por seus descendentes famintos e sedentos por única culpa da cultura de destruir a natureza para fabricar uma riqueza que não beneficia ninguém por se destinar às caixas-fortes que os ricos donos do mundo escondem nos infernos fiscais localizados nos países que se dizem civilizados. Num desses países, a Inglaterra, o jornal “Financial Times” escreveu matéria intitulada "RECESSÃO E POLITICAGEM: A CRESCENTE PODRIDÃO NO BRASIL". Esta é a manchete da matéria na qual consta o seguinte: “NÃO É À TOA QUE O BRASIL HOJE TEM SIDO COMPARADO A UM FILME DE TERROR SEM FIM”. Em resposta, o valoroso jornalista Mauro Santayana escreveu reportagem intitulada OS NOSSOS "YES, BWANA!" E OS NOVOS "HAI, BWANA!" DO FINANCIAL TIMES, desancando magistralmente a pose dos ingleses das bundas brancas que se internam em hospital para se sentirem como mulher parindo. Além de frescos, são tão corruptos quanto os demais seres bárbaros da humanidade ainda ligada aos tempos de caçador/coletor, barbarismo que aflora na atitude de ser indiferente às criancinhas virando comida de peixe na tentativa de fugir de bala e fome.
                 Homem de brios, coisa rara nessa terra de canalhas, o grande jornalista Mauro Santayana nos defendeu magistralmente no Jornal do Brasil. Só não se sente agradecido quem ainda é povo. Mas o que disse o grande jornalista é para não deixar de dizer alguns desaforos em troca da ofensa porque o que disseram os bundas brancas é a pura verdade como prova a matéria do mesmo Mauro Santayana denominada A CRISE DA RAZÃO POLÍTICA E A MALDIÇÃO DE BRASÍLIA, onde, de maneira precisa, expõe com clareza a monstruosa corrupção que grassava no governo militar e que hoje ainda é pior. Naquela ocasião, um ministro mandou fazer para o povo pagar, na mansão que o povo pagava, uma piscina em forma da letra inicial do seu nome.  É realmente humilhante gringo comparar o Brasil com filme de terror, mas os constantes esquartejamentos que resultam em pedaços de cadáver pelas ruas são cenas dignas dos filmes de Hitchcock.

Não há mais como não se estabelecer novos parâmetros para o comportamento humano acelerar o passo rumo à civilização. É bestial haver miséria porque no mundo há riqueza suficiente para que todos vivessem com dignidade. Todo o problema está na falta de compreensão de que em virtude da quantidade de seres humanos a demandar recursos não justifica a existência das caixas-fortes para deleite dos Tios Patinhas do mundo. A frase “Se o jovem soubesse. Se o velho pudesse” é de uma sabedoria tal que qualquer uma das duas situações levaria a uma sociedade civilizada. Se, por exemplo, os velhos pudessem fazer a mudança, a sociedade seria boa porque eles sabem que para não faltar recursos para coisa nenhuma é preciso ficar de butuca nos gastos públicos porque do jeito que está aí, não dá. Os velhos sabem das coisas, mas não tem disposição. Os jovens, por outro lado, se tem a disposição que lhes confere o poder invencível da energia, tem também o desconhecimento que os faz ignorantes da realidade que só lhes chegará quando já não prestarem mais para nada a não ser chorar no corredor do hospital. Para o jovem, a vida é só brincadeiras. Mas chega o dia de enfrentar a realidade, e ela não tem nada a ver com brincadeira. Portanto, seria melhor para os jovens (e o propósito deste mal amanhado blog é justamente procurar mostrar aos jovens ser possível evitar muitos tropeções que serão tropeçados por pura inexperiência), que dedicassem algum tempo a analisar se não deve ensinar outros valores aos filhos. É na criança que se forja a personalidade do adulto. O psicólogo americano John B. Watson afirmava que podia fazer de uma criança saudável, escolhida na rua ao acaso, um médico, advogado, artista, mendigo ou ladrão, independentemente de seu talento, inclinações, capacidades, gostos e origem de seus ancestrais. É por isso que os pais não devem deixar seus filhos aprenderem unicamente o que é tradicionalmente ensinado nas escolas porque lá vão aprender que a coisa mais importante do mundo é ganhar dinheiro o mais que puder, independentemente de como fazê-lo, o que leva a isto que aí está. Inté.


 

 
 

 

 

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