quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

ARENGA 212



A declaração de jurista renomado tanto pelo conhecimento jurídico quanto pela honradez, diz com todas as letras da falta de condições morais necessárias à formação de uma sociedade brasileira civilizada. Embora o mesmo ocorra em todas as outras sociedades, mesmo as tidas como civilizadas, suas indecências de sociabilidade só não aparecem por falta de uma a Operação Lava Jato. O jurista disse que O Conselho Nacional de Justiça é um órgão constitucional, com competência para controlar o cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Considerando que para ser juiz exige-se reputação ilibada além de notório saber jurídico, conclui-se que em havendo civilização um juiz não precisaria ser controlado, o que significa, na verdade, ser fiscalizado. A necessidade de serem os juízes fiscalizados para que não se comportem diferentemente de como deveriam se comportar, ao lado do comportamento imoral dos políticos mostra a realidade de ainda não teremos encontrado uma forma civilizada de administração pública em função da absoluta incapacidade moral que impede práticas absolutamente honestas. Em sua declaração o doutor Fábio Konder Comparato condena o fato de não estarem os ministros da Suprema Corte sujeitos a controle jurídico algum, o que é prova completa e arrematada do nosso atraso mental levando-se em conta que até os ministros da mais alta corte de justiça precisam de controle. Afinal, trata-se de um corpo de homens sábios cuja função é resguardar pelo espírito de moralidade que alei exige a fim de poder funcionar a contento a sociedade. E diz ainda o doutor Fábio que o Senado Federal não é o órgão apropriado para julgar os crimes de responsabilidade cometidos pelos Ministros do Supremo Tribunal Federal, o que é a pá de cal na possibilidade de haver civilização porquanto o colegiado formado por homens de reputação ilibada precisa de fiscalização. Ter-se-ia aqui a mesma questão: se Deus fez o universo, quem teria feito Deus? No caso do STF, quem o fiscalizaria, QUEM? É triste viver em ambiente de tal degradação moral. Inté.

 
 
    

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