segunda-feira, 15 de abril de 2024

ARENGA 725

 

Você sabe como um MINISTRO do STF é escolhido?

Pergunta o jornal Gazeta do Povo. Aliás, por que do povo se povo gosta é de requebrar em vez de ler? Mas isto é outra história e no momento lidamos com a pergunta da Gazeta do Povo.  Embora seja fácil a resposta à pergunta da Gazeta, nenhuma banca formada de políticos concordaria com a resposta fácil: os ministros do STF são escolhidos por quem lá no mais íntimo de sua personalidade guarda muitos motivos pelos quais algum dia virá a necessitar de foro privilegiado.

 

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A ordem política é fruto de uma ordem ética (Confúcio).

Infelizmente, verdadeiramente infelizmente, não é assim. Como seria bom se fosse. Pode ter sido verdade no tempo que viveu Confúcio porque se ética tem a ver com moral, que tem a ver com honestidade, que tem a ver com o objetivo da política, citado por Thomas Paine em Senso Comum, e que seria o de assegurar a tranquilidade social com o menor custo, sendo a intranquilidade e altíssimos os custos o resultado da política em todo o mundo, e se reina tamanha injustiça que segundo Ladislau Dowbor em O Capitalismo Se Desloca, um por cento dos humanos é porque estamos a anos luz do pensamento dos mestres Confúcio Paine porque a política que administra a sociedade humana tem por objetivo primeiríssimo incentivar o analfabetismo político a fim de ser mais fácil levar o povo no papo furado. Um exemplo desta triste realidade á a reivindicação de governantes para que jogos sejam realizados em seu país. Enquanto a turba esperneia no gol, o ferro canta no seu lombo.

 

Governo não é um cabide de emprego, o ato de governar deve estar nas mãos daqueles que estão dispostos a se sacrificar pelo bem comum. (Livro de Carlos Alexandre de Paula intitulado Qual é Nossa Crise, pag. 82).

Parece gozação com a cara da gente. Que sacrifício há em ter vida tão regalada em palácios com acesso a montanhas de dinheiro para fazer dele o que bem quer, inclusive levar para casa e aumentar a riqueza se já é rico ou ficar rico se era pobre?

 

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Estou cada vez mais convencido que chegou o momento de encontrarmos uma maneira de pensarmos a espiritualidade e a ética acima da religião (XIV Dalai Lama).

Nunca deixou de haver no mundo quem pensasse com sensatez pelo menos uma vez na vida sem que de nada adiantasse. As imensas turbas muitas vezes vitimadas por desastres e atos terroristas buscando proteção divina é a indiscutível prova do que diz Vinicius Bittencourt em Falando Francamente quando afirma que mesmo depois de ter a ciência provado a origem do universo, ainda permanecerá a crença na criação divina.

 

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Justificar tragédias como vontade divina tira da gente a responsabilidade por nossas escolhas. (Humberto Eco).

Grande! Doutor Humberto. Esta verdade era justamente a razão do combate sistemático de Nietzsche à religião. Não era atoa sua implicância, visto que a religiosidade castra a capacidade de raciocinar com sua história mal contada de não se discutir os mistérios de deus, quando, na verdade, deus não é nada mais que uma invenção humana. Esta é a razão pela qual ele é representado com forma de homem e não de mulher por causa do machismo que faz dizer “eles” para se referir a um grupo de cem mulheres e apenas um homem. Daí o dito de um pensador de que se o porco ou o cavalo criasse um deus ele teria a forma de porco ou cavalo.

 

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Quando o homem deixa de crer em Deus, pode crer em qualquer coisa (G. K. Chesterton).

Assim como a sabedoria do pensamento do Dalai Lama citado acima, a respeito de religião, deparamos com esta aberração mental do escritor britânico Chesterton se quem acredita em deus é que é justamente quem é capaz de acreditar em qualquer coisa como Jonas ter sido engolido por uma baleia e cuspido por três dias depois sãozinho da silva. E que dizer das pragas no Egito?

Olha, minha gente, um conselho de quem observa a vida há quase um século: é bom pensar sobre o seguinte pensamento de mestre Honoré de Balzac, em Ilusões Perdidas: “Existem duas histórias: a história oficial, aquela que nos ensinam; e a história secreta, na qual se encontram as verdadeiras causas dos acontecimentos, uma história vergonhosa”? Por não pensar é que o povo não sai da situação de povo a fim de ser gente.

 

 

 

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