segunda-feira, 3 de agosto de 2015

ARENGA 144

               Quem não se incomoda com o sofrimento alheio não passa de monstro espiritual. Não é outra senão esta qualificação que merece quem usa o pouco tempo que lhe é permitido viver exclusivamente para juntar dinheiro, indiferente às crianças submetidas aos mais variados tipos de violência, inclusive a escravidão sexual. Ainda mais brutal que a indiferença é a realidade de ser a maioria dos sofrimentos decorrente da maldade de outros seres humanos. Um sujeito malucão até no nome, Chomsky, que é linguista, filósofo, além de outras façanhas como informa a amigona Wikipédia, entre elas ser premiado com o prêmio Sidney da Paz, por seus trabalhos literários em prol de justiça social, inclusive por se declarar contra a política externa do seu país, os Estados Unidos. Por tão meritórias atividades e espírito humanitário, por recompensa mereceu o repúdio e a condenação do filósofo Alan Dershowitz, do mundo dos ricos, ao se referir ao amante da boa convivência humana da seguinte forma: "Chomsky não tem nenhuma credibilidade entre pessoas sérias que se preocupam com a verdade. Ele seria uma piada se não fosse tão influente entre a esquerda-dura irracional e os acadêmicos anti-intelectuais que propagandeiam seus estudantes ingênuos a se mudarem para o Planeta Chomsky, onde podem viver suas vidas paranóicas privados de qualquer contato com a realidade do planeta Terra”. Considerando que a realidade do planeta é a chegada dos Cavaleiros do Apocalipse, como discordar de quem prega uma convivência pacífica, portanto, orientada pela inteligência, para dar ouvidos a esse apologista do sistema cruel de jogar bombas sobre crianças arrancando-lhes os braços? O Planeta Chomsky a que jocosamente se refere esse filósofo capitalista não seria melhor do que o planeta elogiado pelo seu companheiro de ideologia Henry Kissinger, aquele bundão branco que recomendou a competição em vez da cooperação?
               Só opinião encomendada é capaz de condenar o mundo idealizado por Chomsky e preferir esse outro mundo onde de um momento para outro as pessoas são estraçalhadas por explosões ou alvo de rajadas de armas automáticas. A felicidade do Planeta apreciado e recomendado pelo filósofo capitalista Alan Dershowitz equivale à felicidade do sujeito que caiu do vigésimo andar e a cada andar pelo qual ele passava em sua queda mortífera dizia que até ali estava tudo bem. Esse “tudo bem” é o mesmo em que acredita o povo conduzido pelas mentiras das consciências prostituídas de quem se presta ao trabalho sujo de vender falsas opiniões. A melhor e mais sensata coisa a se fazer ante o quadro de horror que se descortina é procurar outro caminho para caminhar. Inté.  


 

 
 

 

 

 

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