sábado, 1 de agosto de 2015

ARENGA 142

               A irracionalidade parece ser mais forte aqui do que em qualquer outro lugar do mundo.  O fato de ser a advogada Beatriz Catta Preta obrigada e abandonar sua carreira de advogada por ameaça de morte é demonstração de total falência das instituições públicas. Ajuntando os ingredientes que envolvem este caso resulta numa total desmoralização da administração pública. Tirando fora o povo, porque povo não sabe que pode pensar, aqueles que não são mais povo sabem ser insustentável a seguinte situação que envolve a advogada e a ameaça. Tudo que se pode perceber em torno desse assunto é um recado para mudar a forma adotada até agora de proceder.  O caso da advogada indica o fracasso do sistema pelas seguintes razões: A advogada defendia integrantes da máfia formada por perigosos bandidos de sangue de barata que matam crianças por falta do leite e autoridades governamentais, formando uma organização criminosa que no atual modelo de democracia sempre existiu e só deixará de existir quando houver número suficiente de espécimes de gente para promover a mudança capaz de salvar do caos as criancinhas que não sabem ainda o que estão aprontando para elas os canalhas das empreitas, dos bancos, das fábricas de armas, os mangagões do petróleo, enfim, do conluio entre estes despudorados amantes de riqueza e as “autoridades”. É de causar pasmo a quem não é mais povo o fato de serem as próprias autoridades pagas pelo erário a fazer parte de conluio contra a sociedade que deveriam proteger dos conluios. A primeira vez que esta organização criminosa no Brasil ouviu um brado contra seus crimes foi quando a senadora Heloisa Helena esgrimiu certeiros golpes contra todos os males da política ao dizer: “ESTE SENADO NÃO MERECE RESPEITO PORQUE NÃO SE FAZ RESPEITAR”. Depois disso, a segunda vez que a bandidagem ouviu outro brado de BASTA foi quando o doutor Joaquim Barbosa a enfrentou no peito e na raça durante o julgamento do Mensalão. Mas o poder dos bandidos, contando com a conivência ignorante da massa espúria de povo, continuava se dado bem até aqui. Entretanto, para alento da esperança de quem é gente, numa prova de que este país não abriga só ignorantes ajuntadores de dinheiro e apreciadores de igreja, futebola e axé, fez escola a coragem do macho Joaquim Barbosa, verdadeiro herói nacional, e eis que surgem outros machos nas pessoas dos doutores Rodrigo Janot, Sergio Moro e a rapaziada do Ministério Público e da Polícia Federal, machos do  mesmo naipe de quem também mija na parede, continuando sem arredar pé da luta de combate aos mafiosos, metendo a cambada na cadeia sem dó nem piedade. Vendo a coisa preta para o lado da bandidagem que defende sob a alegação de que ninguém que tem dinheiro pode ser julgado sem direito de defesa, e quem não o tem é afogado em balde d’água como julgamento, a advogada orientou os bandidos ricos que defende a contar uma pequena parte das canalhices de que tinham conhecimento a fim de melhorar a barra para eles perante a justiça dos bravos defensores sociais mencionados que não lhes dava folga. Assim, os bandidos tiveram de contar canalhices praticadas por autoridades governamentais, seus comparsas no desbaratamento do erário. Aí a coisa ficou preta pro lado da doutora Preta. A bandidagem denunciada não gostou e ameaçou a advogada de que podia acontecer com sua família o mesmo que aconteceu com a juíza Patrícia Acioli que por defender esta sociedade de merda recebeu em recompensa vinte e um tiros. Para proteger seus filhos como faria qualquer mãe, a doutora Beatriz Cata Preta teve que sair fora do seu trabalho lucrativo de dividir o butim com a bandidagem como fazia seu colega de escritório e ex ministro da justiça Thomaz Bastos. Isso mesmo. Pode parecer mentira, mas não é não senhor. O doutor Thomaz Bastos que era ministro DA JUSTIÇA e dono do escritório de advocacia do qual também participava a advogada em questão, deixou o posto de defensor da sociedade e assumiu sua verdadeira vocação de ajuntar dinheiro de qualquer origem e se empenhou despudoradamente na defesa dos criminosos do Mensalão, que teriam sido poupados pela atuação de outros ministros não fosse a bravura do doutor Joaquim Barbosa cuja imagem vem sendo denegrida por energúmenos das consciências prostituídas em troca de pagamento. E a que conclusão se chega diante desse ninho de ratos? À triste conclusão da falência dos poderes públicos, o que suscita outra indagação: Mas, se assim é, e é exatamente assim que é, qual a razão para tantos festejamentos que fazem a euforia dos papagaios de microfone? Resposta óbvia: porque se trata de povo da pior qualidade.
 


               Outro fato relacionado a este assunto e que empurra ainda mais o sistema vigente para o abismo aparece na pergunta do Jornal do Brasil ao comentar o acontecido com a advogada, indagando se a justiça existe apenas nas favelas. É estarrecedor o fato de um órgão dos mais importantes da imprensa considerar justiça a guerra da qual resultam policiais e jovens mortos como moscas no veneno. O que existe nas favelas é uma injustiça tão grande que resulta na violência sem controle. Para o mundo dos ricos, justiça de pobre é a violência que afogou o pedreiro Amarildo. Como mentalidade de povo é a mesma de bois, vacas e bezerros, razão pela qual é denominado de manada, nove em cada dez brasileiros apoiam a redução da maioridade penal, diz a imprensa. Por que será que este belo pedaço de chão é tão infeliz? Segundo o próprio povo, é porque Deus, de propósito, separou a parte pior da manada humana para morar aqui. Também meu pai, lá na fazenda, escolhia os animais menos aptos ao manejo pacífico para vender e se livrar deles. Inté.
 
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

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