A
irracionalidade parece ser mais forte aqui do que em qualquer outro lugar do
mundo. O fato de ser a advogada Beatriz Catta Preta obrigada e abandonar
sua carreira de advogada por ameaça de morte é demonstração de total falência
das instituições públicas. Ajuntando os ingredientes que envolvem este caso
resulta numa total desmoralização da administração pública. Tirando fora o
povo, porque povo não sabe que pode pensar, aqueles que não são mais povo sabem
ser insustentável a seguinte situação que envolve a advogada e a ameaça. Tudo
que se pode perceber em torno desse assunto é um recado para mudar a forma
adotada até agora de proceder. O caso da advogada indica o
fracasso do sistema pelas seguintes razões: A advogada defendia integrantes da
máfia formada por perigosos bandidos de sangue de barata que matam crianças por falta do leite e autoridades
governamentais, formando uma organização criminosa que no atual modelo de
democracia sempre existiu e só deixará de existir quando houver número
suficiente de espécimes de gente para promover a mudança capaz de salvar do
caos as criancinhas que não sabem ainda o que estão aprontando para elas os
canalhas das empreitas, dos bancos, das fábricas de armas, os mangagões do
petróleo, enfim, do conluio entre estes despudorados amantes de riqueza e as “autoridades”.
É de causar pasmo a quem não é mais povo o fato de serem as próprias autoridades
pagas pelo erário a fazer parte de conluio contra a sociedade que deveriam
proteger dos conluios. A primeira vez que esta organização criminosa no Brasil
ouviu um brado contra seus crimes foi quando a senadora Heloisa Helena esgrimiu
certeiros golpes contra todos os males da política ao dizer: “ESTE SENADO NÃO
MERECE RESPEITO PORQUE NÃO SE FAZ RESPEITAR”. Depois disso, a segunda vez que a
bandidagem ouviu outro brado de BASTA foi quando o doutor Joaquim Barbosa a
enfrentou no peito e na raça durante o julgamento do Mensalão. Mas o poder dos
bandidos, contando com a conivência ignorante da massa espúria de povo,
continuava se dado bem até aqui. Entretanto, para alento da esperança de quem é
gente, numa prova de que este país não abriga só ignorantes ajuntadores de dinheiro
e apreciadores de igreja, futebola e axé, fez escola a coragem do macho Joaquim
Barbosa, verdadeiro herói nacional, e eis que surgem outros machos nas pessoas dos doutores Rodrigo Janot, Sergio Moro e a rapaziada do Ministério Público e da Polícia Federal, machos do mesmo naipe
de quem também mija na parede, continuando sem arredar pé da luta de combate aos
mafiosos, metendo a cambada na cadeia sem dó nem piedade. Vendo a coisa preta para o lado da bandidagem que defende
sob a alegação de que ninguém que tem dinheiro pode ser julgado sem direito de
defesa, e quem não o tem é afogado em balde d’água como julgamento, a advogada
orientou os bandidos ricos que defende a contar uma pequena parte das
canalhices de que tinham conhecimento a fim de melhorar a barra para eles
perante a justiça dos bravos defensores sociais mencionados que
não lhes dava folga. Assim, os bandidos tiveram de contar canalhices praticadas por
autoridades governamentais, seus comparsas no desbaratamento do erário. Aí a
coisa ficou preta pro lado da doutora Preta. A bandidagem denunciada não
gostou e ameaçou a advogada de que podia acontecer com sua família o mesmo
que aconteceu com a juíza Patrícia Acioli que por defender esta sociedade de
merda recebeu em recompensa vinte e um tiros. Para proteger
seus filhos como faria qualquer mãe, a doutora Beatriz Cata Preta teve que sair
fora do seu trabalho lucrativo de dividir o butim com a bandidagem como fazia
seu colega de escritório e ex ministro da justiça Thomaz Bastos. Isso mesmo. Pode parecer
mentira, mas não é não senhor. O doutor Thomaz Bastos que era ministro DA JUSTIÇA
e dono do escritório de advocacia do qual também participava a advogada em
questão, deixou o posto de defensor da sociedade e assumiu sua verdadeira
vocação de ajuntar dinheiro de qualquer origem e se empenhou despudoradamente
na defesa dos criminosos do Mensalão, que teriam sido poupados pela atuação de
outros ministros não fosse a bravura do doutor Joaquim Barbosa cuja imagem vem
sendo denegrida por energúmenos das consciências prostituídas em troca de
pagamento. E a que conclusão se chega diante desse ninho de ratos? À triste
conclusão da falência dos poderes públicos, o que suscita outra indagação: Mas,
se assim é, e é exatamente assim que é, qual a razão para tantos festejamentos
que fazem a euforia dos papagaios de microfone? Resposta óbvia: porque se trata
de povo da pior qualidade.
Outro fato
relacionado a este assunto e que empurra ainda mais o sistema vigente para o
abismo aparece na pergunta do Jornal do Brasil ao comentar o acontecido com a
advogada, indagando se a justiça existe apenas nas favelas. É estarrecedor o
fato de um órgão dos mais importantes da imprensa considerar justiça a guerra
da qual resultam policiais e jovens mortos como moscas no veneno. O que existe
nas favelas é uma injustiça tão grande que resulta na violência sem controle.
Para o mundo dos ricos, justiça de pobre é a violência que afogou o pedreiro
Amarildo. Como mentalidade de povo é a mesma de bois, vacas e bezerros, razão
pela qual é denominado de manada, nove em cada dez brasileiros apoiam a redução
da maioridade penal, diz a imprensa. Por que será que este belo pedaço de chão
é tão infeliz? Segundo o próprio povo, é porque Deus, de propósito, separou a
parte pior da manada humana para morar aqui. Também meu pai, lá na fazenda,
escolhia os animais menos aptos ao manejo pacífico para vender e se livrar
deles. Inté.
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