quinta-feira, 6 de agosto de 2015

ARENGA 146

               O brasileiro nunca perdeu oportunidade de exteriorizar sua índole repugnante e ilimitada inferioridade espiritual. Resistiu o máximo que pode a decisão de terminar com a escravidão, prática demoníaca de tratar seres humanos de forma desumana, só o fazendo forçado vergonhosamente pelo medo do poderio bélico da Inglaterra que, por interesses também escusos escondidos atrás da atividade comercial, veio a ser contra a escravidão da qual se servira até então. Decidida a trocar a escravidão do chicote pela escravidão do emprego, a Inglaterra meteu bala em navio negreiro ancorado em porto brasileiro, fazendo com este povinho de merda enfiasse o rabo entre as pernas e acabasse com a aquela prática vergonha. Antes disso, vinha o Brasil tomando medidas paliativas, empurrando com a barriga o assunto da libertação dos escravos. Uma destas medidas foi a Lei do Ventre Livre, no ano de 1871, que libertava os recém-nascidos a partir daquela data. Como a lei só beneficiava as crianças nascidas depois de sua vigência, e se exigia comprovação da data de nascimento da criança para que ela fosse beneficiada e deixasse de ser escrava, os sempre canalhas brasileiros donos de escravos conchavavam com canalhas representantes de Deus, os párocos, responsáveis pelas igrejas onde fazia o registro das crianças, para que eles as registrassem com data anterior à publicação da lei ainda que tivesse a criança nascido depois, prática demoníaca que impedia àquelas crianças o direito à liberdade. Esta monstruosidade é narrada pelo professor Laurentino Gomes no livro 1889.
               Raro é o intelectual que se dispõe a desnudar a canalhice que é a religião e mostrar a realidade de ter ela a mesma finalidade que tem a política: BENEFICAR SEUS EXECUTORES COM A IGNORÂNCIA DO POVO. O modo de administração pública vigente no mundo precisa se esconder atrás de mentiras, no que tem sucesso pelo vínculo empregatício dos escritores assalariados e papagaios de microfone obrigados pela necessidade do salário a fazer crer as mentiras das quais dependem a política e a religião, duas faces da mesma moeda. Vez por outra pinta quem não dá bola para isso, como o Grande Mestre do Saber ROBERT GREEN INGERSOL, e diz verdades como estas: “Alguém precisa dizer a verdade sobre a bíblia. Os padres não ousariam, pois seriam expulsos de seus púlpitos. Os professores nas faculdades não ousariam, pois perderiam seus salários. Os políticos não ousariam, pois seriam derrotados. Os editores não ousariam. Pois perderiam seus leitores. Os comerciantes não ousariam, pois perderiam seus clientes. Os homens de prestígio não ousariam, temendo perder seus admiradores. Nem mesmo os balconistas ousariam, pois poderiam ser despedidos”.
Ainda na luta em prol da verdade, questiona Ingersol se o diabo seria capaz de fazer maldade maior do que a maldade feita por Deus em 2 Samuel 24:11-15. Realmente, ali Deus é ainda pior que os banqueiros porque estes arrancam os bens, mas deixam a vida, enquanto Deus, a título de castigar Davi, tascou uma peste que matou setenta mil pessoas. Continua o Grande Mestre do Saber Robert G. Ingersol: “Se tivéssemos nascido em Constantinopla, a maioria de nós iria dizer: "Não há nenhum Deus além de Alá, e Maomé é seu profeta." Se nossos pais tivessem nascido nas margens do Ganges, nós poderíamos ser adoradores de Shiva, esperando pela chegada ao céu de Nirvana”. Lúcidas palavras. A ideia de Deus é inoculada na criança pela ignorância dos pais de geração a geração. É chegada a hora de cortar esta corrente satânica da qual resultam as aflições. O único poder capaz de aliviar os sofrimentos é o deus dinheiro. Portanto, se ligar no que está sendo feito com o erário é mais importante que Deus e orações. Inté.

 

 
 

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