Protestar
não é vandalismo como afirmam os escritores assalariados e a papagaiada de
microfone. Pedir educadamente ao juiz que repare uma injustiça sofrida é
protestar, sem no entanto vandalizar coisa nenhuma. Depredar, sim, é
vandalismo. Comete-o com grande sacrifício para a sociedade, seus predadores,
os ajuntadores de riqueza, vândalos de cuja ação predatória resulta a
infelicidade que assola o mundo. Deve-se à cultura da necessidade desnecessária de ajuntar
riqueza o individualismo incompatível com a vida comunitária que depende de cooperação
em vez de competição, razão pela qual se torna enigmático o comportamento de
pessoas sabidamente cultas além de inteligentes como, por exemplo, o
jornalista, escritor e comentarista político Reinaldo Azevedo ao afirmar que o
socialismo morreu. Como morreu, se o ser humano é essencialmente, por natureza,
um ser sociável que não vive de outra forma senão juntos? Como viver comunitariamente
sendo cada um o lobo do outro? Totalmente impossível! Se até um Zemané
percebe esta realidade, por que, então, ignora-a personalidade tão requintada
intelectualmente como o ilustríssimo doutor Azevedo? A ojeriza à palavra
“socialismo” deve se limitar aos analfabetos políticos e aos monstros
espirituais que condenam a maior parte dos seres humanos à impossibilidade de satisfazerem
suas necessidades primárias enquanto párias sociais porquanto parasitas da
sociedade são elevados à categoria de “celebridades” e “famosos” com direito a
uma vida perdulária, marionetes criadas pelos ricos donos do mundo com a triste missão de fazer palhaçadas que distraiam a atenção para futilidades, com o que se impede a elevação espiritual e favorece a condição de otário conformado. A imprensa noticiou o roubo de um anel de mais de
dezesseis milhões de reais que pertencia a uma pessoa à qual se referia como
celebridade, mas que não passava de uma atriz. Não se pode ficar
impassível ante tal situação. Absolutamente nada pode explicar a estupidez das
pessoas que se manifestaram na Avenida Paulista a favor da eleição do candidato
a presidente americano. É de causar nostalgia a falta de senso comum, a
brutalidade espiritual do povo no mundo inteiro, mormente o povo das repúblicas de banana. Povo passou a ser sinônimo de
animalidade, brutalidade, insignificância, submissão, razão pela qual os gatos
pingados que se insurgem contra esta situação precisam ser incentivados em vez
de censurados. O blog Outras Palavras é uma escola de cidadania que devia ser
frequentada por todos. Lá está publicada interessantíssima matéria denominada CAPITALISMO,
TEU NOME É SOLIDÃO, onde se lê o seguinte: Não é surpresa que o isolamento social esteja fortemente associado a
depressão, suicídio, ansiedade, insônia, medo e percepção de ameaça. Mais
surpreendente é descobrir o leque de doenças físicas que ele causa ou exacerba.
Demência, pressão sanguínea alta, doenças cardíacas, AVCs, queda de resistência
a vírus, até mesmo acidentes são mais comuns entre pessoas cronicamente
solitárias. A solidão tem um impacto na saúde física comparável a fumar 15
cigarros por dia: parece aumentar o risco de morte precoce em 26%. Isso se dá,
em parte, porque eleva a produção do hormônio do estresse cortisol, que inibe o
sistema imunológico.
Aí está,
pois, pessoa também inteligente e culta afirmando a necessidade indiscutível da
interdependência entre os seres humanos, portanto, do socialismo. O inter-relacionamento
entre os humanos já era percebido pelos pensadores gregos, razão pela qual têm
o mesmo berço a palavra “polis” (cidade), lugar onde se ajuntam pessoas e a
palavra “política”, definida pelo filósofo Alemão do século XIV, Johannes
Althusius, como a arte de unir os homens entre si, sendo que o velho Aristóteles
já afirmava ser o homem um animal político, isto é, social. A única coisa capaz
de justificar aversão ao socialismo é a manifestação de preferência ao sistema de
propriedade privada em oposição à propriedade coletiva, o que não se justifica
em pessoas esclarecidas porquanto da apropriação por poucos dos bens
necessários a todos resulta a impossibilidade de mentes sadias nos
despossuídos uma vez que o bem-estar espiritual depende do bem-estar corporal
que, por sua vez, depende de bens materiais que supram as necessidades
primárias. Erra, pois, fragorosamente, quem faz apologia da cultura
antissocialista porque dela resulta uma sociedade às avessas como dá notícia a
seguinte notícia no jornal: BOLSA EMPRESÁRIO DEVE CUSTAR R$224 BILHÕES EM 2017,
uma total aberração. O que é um empresário, afinal, senão uma pessoa rica?
Sendo rica, o que justifica tirar recursos de promover bem-estar social para
dar a quem já os tem de sobra? É estranhíssimo que pessoas inteligentes não
percebem o contrassenso existente na situação atual de depender o bem-estar
social de uma coisa inteiramente impossível: que cada pessoa tenha um emprego.
Não pode haver emprego para todos que dele dependem como quer o devaneio econômico
das marionetes da economia cujos cordões são manuseados pelos ricos donos do
mundo que, por sua vez, têm seus cordões manuseados pela cultura da falsa
necessidade de riqueza sem limite. O que dirão de tais pessoas seus descendentes quando não tiveram mais comida, água e ar?
A contenção
dos gastos públicos alardeada pela papagaiada de microfone não tem outra
finalidade que não guardar nos infernos fiscais os recursos economizados com
gastos sociais, daí a falsa pregação de ser deficitária a Previdência Social.
Esbanja-se dinheiro a rodo em roubalheiras e acúmulo de aposentadorias, mas
falta para dar tranquilidade a quem precisa descansar depois de ter trabalhado.
Gastos que precisam de limite são os perdulários como a reivindicação de três
bilhões de reais pelas quadrilhas intituladas partidos políticos a título de
fundo partidário. Gastos que precisam de contenção são os antissociais e
perdulários como os ganhos astronômicos das toupeiras espirituais transformadas
em “celebridades” e “famosos”, verdadeiros parasitas sociais. Gastos que precisam de contenção soas os destinados à plêiade de "excelências", na verdade excrescências. Inté.
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