terça-feira, 1 de novembro de 2016

ARENGA 329


No livro O LIVRO DA POLÍTICA, da Editora Globo, pode ser encontrado o pensamento de pessoas cuja preocupação em meditar e chegar a sábias conclusões para depois passá-las à humanidade, de modo a orientá-la no caminho da sensatez, juntamente com o blog Outras Palavras, devem ser leitura obrigatória para todos aqueles que almejam superar o analfabetismo político, uma vez que é da política que depende o bem-estar social sem o qual não pode haver bem-estar pessoal. Apenas a política é a causa da situação aflitiva do mundo. O culto que se dispensa a Deus, fosse transferido para a política o mundo não estaria à beira do caos. Mas ela, a política foi tão desvirtuada que aqui entre nós quadrilhas de bandidos assumiram o poder e perseguem os poucos homens de bem que procuram preservar seu verdadeiro sentido. Temos aqui algumas citações de pensadores, os quais, e não escórias da intelectualidade merecem a qualificação de celebridades e “famosos:   

1 - Confúcio afirmou que o povo segue o exemplo do governante. Desta sábia conclusão se deduz que não podendo ainda as sociedades prescindir dos governos, e sendo estes formados por pessoas cuja personalidade foi deformada pelas gerações que os antecederam e que implantaram neles o complexo de Rei Midas, não podem eles dar outro exemplo senão o de haver vantagem em explorar o semelhante, única forma de satisfazer a necessidade desnecessária de ouro, razão pela qual o mundo foi transformado numa fábrica de fazer riqueza, do que resulta a infelicidade existente. É o pior dos exemplos que os governantes dão aos governados.

2 – Platão afirmou que o maior castigo consiste em ser governado por alguém pior que os governados. Dá, ou não dá o que pensar tal conclusão? A humanidade apenas não sabe ser infeliz. Mas é plenamente infeliz por conta de ser governada por seres humanos que além dos defeitos próprios da espécie humana foi acrescentado o defeito bárbaro de parasitar a classe trabalhadora, o que os torna piores do que ninguém mais.

3 – Aristóteles afirmou que viver numa sociedade orientada pela razão é o que nos faz humanos. Nas entrelinhas desta sábia conclusão tem-se que a sociedade humana se tornou desumana por ser orientada pela irracionalidade de ser rico cada ser humano, o que é absolutamente impossível. É desta orientação fartamente pregada pelas marionetes dos ricos donos do mundo, também chamadas de economistas, verdadeiros arautos do mal, que resulta a situação insustentável em que se encontra a humanidade, prestes a não ter mais água, comida e ar respirável.

4 – Kautilya, filósofo indiano, segundo a amigona Wikipédia, teria afirmado, segundo consta da página 45 de O Livro da Política, que o ato de governar precisa de ajuda, ajuntando a título de ilustração o exemplo de uma roda, que não se move sozinha. Sábia conclusão. O general Charles de Gaulle, posteriormente, afirmou ser a política uma questão muito séria para ser deixada a cargo dos políticos. Entretanto, como governar virou sinônimo de enganar, os governantes isolaram-se das sociedades que governam e se enclausuraram numa redoma de corrupção da qual faz parte irresponsabilidade, ladroagem, cinismo, prostituição, imoralidade. Para isso, claro, é preciso evitar que o povo enganado saiba o que se passa lá por debaixo do pano. Como disse o governador de São Paulo, se o povo souber a verdade a guilhotina será ressuscitada.

5 – Han Fei Tzu afirmou ser o começo do fim quando maus ministros desfrutam de lucro e segurança. Até parece que esse cara há mais de dois mil e duzentos anos via lá de longe as sociedades atuais, principalmente a brasileira quando absolutamente todas as autoridades sem exceção arrebanham imensas riquezas com tal segurança que basta "negar as acusações" para que a "justiça" as absolva de qualquer coisa.  O modo canhestro de administração que dá às autoridades o direito de não serem fiscalizadas, tendo elas a personalidade fundamentada na falsa premissa da necessidade de riqueza, fica impossível a qualquer ministro estar diante do ouro e segurar a barra para não meter as mãos nele.

6 – Agostinho de Hipona, outra personalidade digna da qualificação de célebre, perguntava: Não havendo justiça, o que são os governos senão um bando de ladrões? Que grandessíssima conclusão! Esse cara se referia diretamente, parece, à nossa situação. Como não se pode falar de justiça quando a nobilíssima arte de governar foi transformada num conluio entre os três poderes encarregados de se autofiscalizarem? Desmoralizaram-se tanto que perseguem os colegas honestos o que ocorre quanto se insurgem contra a Operação Lava Jato sob os mais canhestros argumentos de haver exagero na ação dos bravos jovens defensores das futuras gerações. Que tipo de exagero pode cometer quem procura proteger a sociedade? A afirmação do grande pensador bate com o realidade atual porque absolutamente todos os governantes de todo o mundo não passam de bandos de ladrões que parasitam seus governados.

7 – Outro pensador, Al-Farabi, afirmou que o povo recusa o governo de homens virtuosos. Sábia conclusão! Explica o motivo pelo qual a democracia é tida como a melhor forma de administração pública apenas por não haver outra menos ruim. Nem podia ser diferente uma vez que é o povo quem escolhe os governantes. Tendo os governantes por tarefa primordial inutilizar a capacidade de raciocínio do povo atrofiando-lhe a mentalidade de modo tão eficaz que o faz ter nulidades como “celebridades” e “famosos”, consequentemente, não pode ele, o povo, ter o discernimento necessário para escolher governantes, razão pela qual palhaço, boxeador, pastor, jogador de futebola, ladrões e nulidades que tais são transformadas em autoridades governamentais.

 8 – Outra verdadeira celebridade, Jean Bodin, segundo ainda O Livro da Política, afirmou que a soberania é o poder absoluto e perpétuo de uma comunidade. Isto quer dizer que se o brasileiro tivesse vergonha na cara, teríamos todos a cara vermelha de vergonha porque pode alguém encontrar soberania na babação de ovo pelo “American Way of Life” vergonhosamente demonstrada pela mídia através do espalhafato deprimente sobre as eleições nos Estados Unidos e do festejamento copiado do Halloween, fartamente incentivado pelo jornal Folha de São Paulo?

Todas estas sábias observações resultaram numa conclusão magistral do grande pensador Marx ao afirmar que os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo. A questão, porém, é transformá-lo. Faltou, entretanto ao grande pensador a percepção do impasse existente por duas questões seguintes: PRIMEIRA. Os que detém o poder não querem mudar nada uma vez que suas personalidades deformadas de Reis Midas encontram ambiente propícia na situação atual. SEGUNDA. Mudar, o povo mudou em 1789 na França e em 1917 na Rússia, mudanças que se não mudaram para pior, em nada melhorou suas condições sub-humanas. A mudança para uma sociedade civilizada exige elevado grau de politização, o que inexiste no povo em função de ser sua educação ditada pelos que não querem nada mudar. Que precisa mudar, não há dúvida. A porca torce o rabo é que para mudar se faz necessário uma juventude que não só não leva para caso um zero do Enem, mas também que seja alfabetizada politicamente a fim perceber que tudo que lhe dizem a papagaiada de microfone e os escritores assalariados são recados de seus algozes, os ricos donos do mundo.  Inté.

 

 

 

 



 

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