segunda-feira, 14 de novembro de 2016

ARENGA 337


O mundo dos intelectuais é um mundo diferente do mundo da gente. Na página 368 do livro História da Raça Humana, Henry Thomas diz o seguinte: “No século XVIII a civilização da Europa quase atingia seu fim, como resultado da ambição e dos desatinos de seus governantes. A geração que veio depois de Shakespeare presenciou a mais sangrenta guerra religiosa de toda a história. Durante trinta anos os reis católicos e os príncipes protestantes massacraram seus súditos e devastaram suas nações para a maior glória de Deus. Quando terminou a guerra, em 1648, a Europa Central era um deserto. Homens e lobos famintos lutavam pela carcaça de um cavalo; a população da Alemanha diminuiu de dezesseis para seis milhões de criaturas humanas; o Palatinado (um dos Estados da Alemanha Ocidental) foi saqueado vinte e oito vezes; e a Boêmia teve nada menos de trinta mil aldeias incendiadas”. Como falar em civilização num ambiente de tamanho barbarismo? Civilizado é quem sabe viver em sociedade, não quem a destrói. Será que para os intelectuais o barbarismo é privilégio das repúblicas de banana? O ambiente o que autor chama de civilização em nada difere da brutalidade do ambiente em que Deus ajuda Jacó a tomar Jericó e passar a fio de espada homens, mulheres, crianças, velhos, bois ovelhas e jumentos (Josué 6: 20).

A intelectualíssima Rebecca Newberger Goldstein escreveu um livro chamado 36 Argumentos Para a Existência de Deus, que só mesmo intelectual para se ligar naquela baboseira inútil. Apenas duas coisas em todas as 532 páginas de baboseira enaltecida por outros intelectuais fazem sentido.  Uma delas está na página 17, quando diz que a sociedade americana encara os ateus como pessoas desprovidas de valores internos, portanto, passíveis de serem criminosos, estupradores, viciados em drogas, desvairados. Faz sentido a tal opinião por ser a mesma do apresentador de televisão José Luís Datena quando comentava um crime pavoroso e afirmou que o homem sem Deus é capaz de tudo. Tal opinião, comum a Datena e aos americanos, ocorre por duas circunstâncias: por dinheiro ou por absoluto desconhecimento. O filósofo americano Sam Harris, no livro Carta À Uma Nação Cristã, declarou sua preocupação com o fato de serem os dirigentes de sua sociedade escolhidos por pessoas sem o necessário discernimento mental para tal responsabilidade, uma vez que a maioria dos americanos (que os escolhe) são religiosos. Quer o autor dizer que os religiosos não têm esclarecimento bastante para desempenhar o papel importante de escolher os governantes que também governarão as pessoas esclarecidas, o que fica sobejamente comprovado com a eleição do senhor Trump, que promete cortar as verbas destinadas à contenção do aquecimento global. Há, pois, coerência entre as duas opiniões (a de Datena e a do povo americano) por se tratar de pessoas sem noção do que seja sociabilidade. Não se chega à conclusão a que chegaram os ateus de sermos nós mesmos os responsáveis pelo que somos sem antes ter aprendido as lições dos Grandes Mestres do Saber. O frei Leonardo Boff, procurador de Deus, acaba de nos mostrar a realidade de devermos nós mesmos cuidar de nós ao escrever no Jornal do Brasil matéria na qual declara que os estudantes com seu movimento de ocupar escolas estão buscando outro Brasil e outro tipo de fazer política. É o próprio representante de Deus que admite a realidade de que se depender de Deus, como tem sido, a juventude tá mesmo é ... Ó. E não cola o papo furado do “faça tua parte” porque os únicos que têm tido sucesso na continuação da parte que iniciaram são os causadores da infelicidade humana como prova esta notícia do jornal Folha de São Paulo: Prescrição atinge um terço de ações penais contra políticos no Supremo.

Mas os ensinamentos dos sábios estão vetado tanto ao ocupado senhor Datena quanto aos jovens americanos uma vez que suas universidades substituíram os professores por computadores que lhes ensinam o “Time is Money”, enquanto os Grandes Mestres do Saber ensinam o contrário. Ensinam que tempo deve ser usado para fortalecer cada vez mais a união entre as pessoas, dada a necessidade de boa convivência para que possa haver harmonia social. Portanto, conhecedores de tais ensinamentos, os ateus são exatamente as pessoas menos propensas a cometer crimes, ficando, pois, descartada a presunção tanto do senhor Datena quanto do povo americano da nossa índole criminosa, o que se deve às suas mentalidades envolvidas com dinheiro que não lhes permitem ter acesso aos ensinamentos dos sábios, inocência que entre muitos males está não só o de impedir a percepção de que as autoridades existem para evitar que se morra, e não para homenagear os mostos, mas também a incapacidade de perceber haver algo de muito esquisito  no fato de pensarem doutores do mesmo modo como pensam os analfabetos que não têm a menor dúvida sobre a existência do universo. A segunda e última coisa que faz sentido em todo o livro dos 36 argumentos para a existência de Deus está na página 508 quando sugere que só a existência de Deus justifica a sobrevivência dos judeus. A coerência é mostrar que o mundo dos intelectuais é um mundo às avessas porque a declaração de que apenas Deus pode justificar a sobrevivência dos judeus, diante de todas as atribulações por que sempre passou aquele povo, prova de modo insofismável a inexistência de Deus porquanto os judeus, povo por Ele preferido, tem sofrido o que o diabo não quer através dos tempos. A companhia de Deus significa o sofrimento em que se baseiam as religiões, razão pela qual deve-se manter distância Dele como fazemos nós os ateus para quem o sofrimento deve se resumir aos inevitáveis como, por exemplo, os cânceres decorrentes do veneno existente na comida por obra dos ricos donos do Agribiuzinesse que garantem e assinam embaixo ser indispensável a proteção de Deus. Todos os argumentos em torno da existência de Deus podem se resumir a apenas um: CADÊ ELE?

O mundo dos intelectuais faz mal em superestimar a burrice de quem não é intelectual. Ouvi um desses perfumados e inúteis arrumadinhos jogadores de conversa fora fazer pose na televisão para responder à pergunta sobre as perspectivas do governo Trump dizendo que uma das possibilidades é diminuir a preocupação com os pobres. Ora, tal afirmação só pode ser burrice ou mal caratismo das opiniões compradas por ser inteiramente impossível aos ricos donos do mundo não se preocuparem com os pobres por total dependência de quem lhes movimentem as máquinas de fazer dinheiro, destino ingrato imposto ao povo inclusive pela religiosidade com seu papo furado de haver vantagem na pobreza. As incoerências do mundo da intelectualidade são tão vastas quanto o universo. Almofadinhas das letras e sua erudição inútil, do alto de seu pavoneamento literário afirmam que a discordância mundial com a eleição do senhor Trump a presidente dos americanos das bundas alvejadas decorre do fato de ser ele, o senhor Trump, contra a situação atual vivida no mundo, ou “Status Quo”, como preferem prá fazer bonito, do mesmo modo como também acreditam fazer bonito os advogados quando precisam provar um fato futuro e pedem ao juiz para autorizar uma vistoria “Ad perpetuam rei memoriam”. Não se pode condenar o senhor Trump por ser contra esse negócio de “status quo”, se resultou dele tanto sofrimento mundo afora, o que demonstra haver sensatez na perpetuação desse, com licença da palavra, “status quo”. Portanto, o senhor Trump pode ser destrambelhado por tudo que tem feito, principalmente pelo espírito antissocial de Rei Midas, mas não por discordar do bicho “status quo” do qual resulta o mundo cão. Como o mundo passou a girar ao contrário, fica difícil compreender o porquê de pensar assim o senhor Trump, uma vez que ele é um dos donos do mundo, condição que lhe dá direito a tudo que quiser, como prova sua eleição. A infeliz indispensabilidade de eleição deve ser um processo de escolha que leve em conta a capacidade de liderança do escolhido, o que afasta a interferência de dinheiro. Como dizem os autores de Evolução Espontânea, na página 21, “Os velhos padrões de visão do mundo não podem mais nos ajudar a caminhar”. Mas tudo continua do mesmo jeitim. ATÉ QUANDO???!!! Inté.

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