quinta-feira, 17 de maio de 2018

ARENGA 488


Apenas uma olhadela na história sobre o comportamento dos seres humanos através dos tempos é suficiente para levar à conclusão de ter a humanidade emburrado e embirrado numa inexplicável teimosia em não refletir sobre as causas que dão origem à sua infelicidade. Da teimosia paquidérmica em recusar conhecer a origem do sofrimento que inferniza a humanidade resulta a eternização da infelicidade por não ser possível combater os efeitos enquanto permanecerem as causas que lhes dão origem. Ao observar as coisas da vida percebe-se que as causas que dão origem ao sofrimento humano provêm de duas grandes mentiras: Necessidade de riqueza e de religiosidade. Analisando-se a necessidade de riqueza conclui-se que ela dá origem à desarmonia da qual resulta muita infelicidade para muitas pessoas no mundo. No entanto, em vez de combatida a falsa necessidade de riqueza, é estimulada por cérebros privilegiados de corpos que esquentaram com a bunda as cadeiras das Harvards do mundo e saem de lá pregando a estupidez da concorrência necessária ao ajuntamento de riqueza. Do mesmo modo, desprezando-se a prolixidade dos intelectuais, e analisando-se a religiosidade com a clareza da simplicidade, conclui-se ser a religiosidade o maior defeito que pode ter um ser humano em termos de sociabilidade, isto é, a condição necessária para que as pessoas possam viver de modo agradável em comunidades uma vez não poderem viver isoladamente. Mas a cegueira mental não permite enxergar a realidade uma vez que a religiosidade aniquila o justificado orgulho oriundo da grandiosidade de ser um ser humano. Faz isto ao convencer este ser humano de ser ele tão vil a ponto de ser incapaz de gerir sua própria vida, fazendo-o dependente da vontade de um Deus que além de ver normalidade na escravidão, prega a caridade que faz um ser humano se abster de um mínimo de orgulho e se conformar com a condição de trapo. O tapa-olho do não serem questionáveis os mistério de um Deus esconde a realidade de ser falsa a ideia de um Deus bom que ao mesmo tempo se mostra tão cruel que Sua vontade obriga pessoas acuadas por chamas e sem outra alternativa a se lançarem como pássaros pelo ar de um prédio em chamas sob olhares em lágrimas de pais, filhos e amigos.
O capítulo VI do livro História da Raça Humana, do historiador Henry Thomas, encerra mais uma das muitas evidências da recusa humana em raciocinar sobre a necessidade de assumir seu destino e deixar de deixar-se conduzir feito boiada através dos tempos. Ali se vê que o rei francês Luís XIV e o príncipe alemão Carlos Luís tentaram subornar o paupérrimo filósofo Espinosa a fim de que este expressasse ideias que lhes fossem favoráveis. Este pequeno trecho da história é suficiente para revelar a incapacidade que têm os seres humanos de pôr em funcionamento sua máquina de produzir raciocínios porque ainda hoje instituições como Fundação Templeton e Prêmio Nobel, além da distribuição de bíblias têm o mesmo objetivo de comprar consciências. Caso raciocinassem, visto que a história da humanidade é estudada, já era para se ter chegado à conclusão da necessidade de se abolir a cultura de seguir às cegas a orientação de lideranças pela simples e inegável razão de serem falsas absolutamente todas elas. A revista Veja de quatro de abril de 2018 traz uma reportagem intitulada ESTÁ TODO MUNDO MILIONÁRIO. Esse “todo mundo” se refere a nossos líderes políticos. E na página 315 do          Livro da Política consta a seguinte observação do filósofo Noam Chomsky: “O poder está cada vez mais concentrado em instituições que nunca prestam conta”. Este “nunca prestam conta” significa o desbaratamento da imensa fortuna que a massa bruta de povo entrega na bandeja aos falsos líderes para que façam dela o que bem quiserem. Graças a esta indiferença é que os banqueiros exigem e os falsos líderes concordam em afirmar que as aposentadorias de quem suou a camisa é que são responsáveis pela falta do dinheiro roubado.
O resultado da cultura de adorar riqueza e Deus é uma juventude de percepção tão limitada a ponto de se sentir gratificada pelo fato de suas crianças aos cinco anos já pronunciarem frases em inglês. O que há por trás disto é a continuação do poder das Forças Ocultas que através do Acordo MEC/USAID obrigaram o governo dos generais a deixar a educação da juventude brasileira a cargo dos Estados Unidos tão amados pelos analfabetos políticos e sobre os quais o intelectual em política, o senador Saturnino Braga, no Jornal do Brasil, escrevendo a respeito da afirmação do governo americano sobre o general Ernesto Geisel, diz o seguinte: “Ademais, ademais, não dou crédito a informações da CIA que sempre, de uma forma ou de outra, quer destruir nossos valores político-econômicos e impedir o desenvolvimento do Brasil como potência independente”. Aí está, pois, a realidade de que os brasileiros que amam o American Way os Life dormem com o inimigo e dão mostras de completo analfabetismo político ao orgulharem-se por suas criancinhas já falarem inglês. É tudo uma questão de raciocinar. Inté.

 




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