Matéria do
jornal Le Monde Diplomatique Brasil denominada SOBRE UMA CLASSE MÉDIA MARRENTA
E BURRA dá conta de ser o brasileiro tão desclassificado que os portugueses
criticam a enxurrada de brasileiros que chegam por lá achando-se melhores do
que as outras pessoas, apesar de terem baixíssima cultura e civilidade. A única
coisa para este país de merda presta mesmo é para dar vexame mundo afora. Levanta
ainda a matéria jornalística a questão de se saber o motivo pelo qual o
brasileiro continua inculto apesar de ter aumentado o número de brasileiros que
frequentam faculdades. Entretanto, na mesma reportagem consta a realidade de
que os brasileiros não leem, o que deixa esclarecido o motivo não só de serem
eles incultos e incivilizados, mas também de ser o brasileira o povo mais povo
de um mundo habitado em sua totalidade por seres tão estúpidos que são
incapazes de decidir sobre seu destino, razão pela qual é preciso que alguém
lhes como proceder. O assunto tratado na reportagem do jornal mostra também a
realidade de que os intelectuais se envolvem tanto com a intelectualidade que
não veem as coisas simples. Está aí no jornal Folha de São Paulo reportagem de
um intelectualíssimo sobre Adão e Eva, assunto que apesar de simplesmente
ridículo para os tempos atuais, merece comentários de pessoas do povo. Como
pode alguém, diante da situação explosiva em que se encontra o mundo, perder
tempo em assuntos tipo Adão e Eva ou os rogos por paz e os beijos do Papa no pé
do criminoso? A existência destas coisas é suficiente para demonstrar a
necessidade de uma cultura na qual as pessoas mais mentalmente capazes
priorizem as necessidades básicas de todos os seres humanos em vez de se
perderem em intelectualidades restritas ao seu mundinho de eruditos como faz o
intelectualíssimo Léon Duguit, na página 19 do livro Fundamentos do Direito,
Ed. Martin Claret, quando diz NÃO SER POSSÍVEL ADMITIR-SE O FUNDAMENTO DO
DIREITO ANTERIOR À CRIAÇÃO DO ESTADO, MAS SER POSSÍVEL PROVAR A MANIFESTAÇÃO DO
DIREITO NUM ESTÁGIO ANTERIOR À CRIAÇÃO PELO ESTADO. Como entender uma porra
desta? Outro intelectualíssimo, Norberto Bobbio, no livro Estado, Governo,
Sociedade, na página 129, refere-se ao Estado da seguinte forma: “Et licet
peccatum humanae originis per baptisme gratiam cunctis fidelibus dimissum sit,
tamen aequus deus ideo discrevit hominibus vitam, alios servos constituens
alios dominos, ut licentia male agendi servorum potestate dominantium
restringatur”. O que se faz necessário é mandar esses caras para determinado
lugar e voltar as preocupações para coisas simples que só aparentemente são inexplicáveis
tais como as referidas pelo jornalista que escreveu a reportagem do Le Monde de
ser comum um médico apressado para chegar em casa a fim de ver o BBB, um engenheiro
interessado nos programas de auditório dos dias de domingo, advogados e
professores ansiosos para o lançamento do próximo Vingadores.
A esta lista de contradições podem ser
acrescentadas outras tais como a existência de autoridades judiciárias
defendendo bandidos, advogados dividindo com ladrões do colarinho branco o
produto do roubo, pessoas que não sabem fazer um O com um copo elevadas à
categoria de famosos e celebridades, papagaios de microfone defendendo a
necessidade de açular a polícia contra caminhoneiros por reivindicarem algum
alívio em sua condição de escravo, enfim, aquilo de que se necessita realmente,
em vez de demonstrações de erudição, é procurar esclarecer por qual motivo tais
coisas são consideradas normais, principalmente a que leva doutores a terem a
mesma mentalidade do vulgo que lota igrejas, terreiros de axé e futebola. É
tudo uma questão de acreditar na máxima religiosa de não haver necessidade de
pensar. Inté.
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