Continuando
nossa peregrinação pela bíblia sob a luz da realidade, encontramos em Gênesis, 15;
14, que Deus prometeu a Abrão fazer sua descendência não só muito grande, mas
também muita rica. Aliás, em muitas
ocasiões a riqueza é enaltecida na bíblia. Naquela época a riqueza consistia em
animais, terras, ouro e pedras preciosas, o que faz a história da bíblia tão
infantil quanto as várias histórias de moças sofredoras de vários sofrimentos,
principalmente de pobreza e que se casaram com príncipe muito rico e foram
felizes para sempre. Entretanto, apesar de enaltecer tanto a riqueza, em
Provérbios, 30 – 8, encontramos o seguinte: “...não
me dês nem a pobreza nem a riqueza ...” Aqui, sim, pede-se afirmar não haver bestagem
porque o acúmulo de riqueza cria o acúmulo de probreza, e o acúmulo de probreza
cria a violência e a violência cria infelicidade. A riqueza sempre foi o
objetivo das religiões. Todos os representantes de Deus sempre tiveram por
objetivo acumular fortunas sob a alegação de ajudar os pobres, coisa de uma
estupidez sem limite porque a única maneira de ajudar os pobres é dar-lhes
dignidade e integrá-los à sociedade, eliminando neles a pecha de excluídos,
coisa que a religião não faz. Ao contrário, prega a necessidade de esmola e
caridade. Em História da Civilização Ocidental, página 594, sobre a Revolução
Francesa, o historiados afirma que naquela época a igreja possuia imensa
riqueza e que o clero superior, não obstante ser apenas um por cento da
população possuia vinte por cento de toda a terra e mais enormes riquezas
compostas de castelos, obras de arte, ouro e joias. dinheiro do governo dos
Estados Unidos traz a inscrição “IN GOD WE TRUST” (creio que podemos entender
como “acreditamos em Deus”, não obstante ser o país mais rico do mundo, também
é o mais assassino do mundo e sua riqueza foi criada a custa de muito
sofrimento dos povos sobre os quais o governo americano atira bomba para lhes
tomar o que tem. Também eu acreditaria em Deus se em vez de permitir que queles
assassinos das bundas brancas causassem tanta infelicidade a ponto de mandar
que os nossos monstros de óculos escuros atirassem ao mar os nossos jovens
idealistas, eu ralaria meus joelhos no chao, ficaria de “rosto em terra”,
imolaria carneiros, novilhos e rolas (pássaro), faria tudo que Deus gosta de
acordo com a bíblia se Ele desse uma salpicada de lava quente no cocuruto não
só dos assassinos que arrancaram os braços das criancinhas iraquianas, cuja
cena macabra me fez chorar diante da televisão, mas também de todos os malditos
provocadores de guerras.
O complexo de Midas do povo americano,
contrariando a sabedoria de “não me dê
riquezas”, tem por consequência o estado de terror em que se encontra
aquele povo ante a perspectiva de vingança daqueles a quem maltratou e roubou.
O dinheiro que eles roubaram precisa ser gasto em esquema de proteção que
inclui vigilância eletrônica sobre todo o planeta, e, mesmo assim, sujeito a
qualquer hora ter um avião despencando sobre suas cabeças ou uma bomba
explodindo debaixo do nariz. Como os assassinos tem a mesma mentalidade,
Sarney, culpado pela miséria do Maranhão e infinitas mortes por falta do
dinheiro que rouba, propôs que nosso dinheiro também trouxesse a seguinte
mensagem: “DEUS SEJA LOUVADO”.
De Gênesis, 16; até 16; 16, e Gênesis 17; até 17; 27, temos as seguintes
bestagens: Como a mulher de Abrão não pudesse parir, ela fez uma coisa que
qualquer marido gostaria que fizesse sua mulher: sugeriu a Abrão que
grudunhasse a criada da casa chamada Agar e fizesse um filho nela para eles, como
se a mãe desse filho fosse desaparecer depois de dar a luz ao rebento.
Demonstranto esperteza pela primeira vez na vida, Abrão não pensou duas vezes e
mandou brasa, engravidando Agar. Entretanto, não passara pela cabeça da mulher
de Abrão, a Sarai, a difucildade de haver harmonia entre duas mulheres que
dormem com o mesmo homem, e o resultado foi que Sarai expulsou para o nada a
pobre Agar com anuência do paspalho Abrão. Eis que aparece um anjo quando a pobre
Agar se achava desesperada em pleno deserto e a avisou que ela teria um filho
que seria como um jumento selvagem contra muita gente e que muita gente seria
contra ele. Pelo visto, esse anjo era “mui amigo” do pobre nascituro. Aconselhou
o anjo a Agar que ela voltasse e se harmonizasse com sua patroa, a mulher de
Abrão, o moleirão. Nascido o rebento, recebeu o nome de Ismael, como havia
recomendado o anjo que conversou com Agar.
Eis que
aparece Deus a Abrão pavoneando-se de ser Todo-Poderoso. Ante tanto poder,
Abrão prostrou-se com a cara no chão, gesto imitado por um santo mambembe
moderno que costumava beijar o chão quando descia do seu aviaozão. Não se sabe
se o lugar beijado pelo santo moderno que comia macarrão e sentava na privada era
desinfetado ou se o poder divino o livraria de alguma doença caso um cachorro ou
rato tivesse irrigado o lugar a ser beijado. O que as pessoas não percebem
porque não sabem que podem pensar é que esses beijos e rostos no chão tem a
finalidade de convencer os convencidos a sujeitar-se a tudo que lhes é imposto,
inclusive sustentar mordomias de deputados presidiàrios para os quais estão
sendo construidas celas especiais.
Não se sabe quanto tempo Abrão ficou com a cara
no chão. O certo é que Deus disse a Abrão que o nome dele passaria a ser
Abraão, e que ele seria pai de tantos filhos que nem dava para se contar, e que
esses filhos seriam pais de outros tantos filhos, e assim por diante. Como a
terra era pouco habitada por aquela ocasião, vem daí estas alusões a numerosas
descendências, o que resultou na superpopulação que acarretará fome, sede e ainda
mais doenças. O certo é que em Sua prosa com Abraão Deus exigia ser adorado e
muito bajulado por toda a cambada que descenderia de Abraão, inclusive o próprio
Abraão, seu filho e os escravos. Este “negócio” não foi documentado em papel
registrado no cartório. Como no Direito Consuetudinário, aquele que se baseia
apenas no costume, também o trato entre Deus e Abraão se baseou num trato
verbal que tinha como contraprestação por parte de abraão e sua posteridade não
só a obrigação moral de bajular Deus eternamente, mas também a obrigação
material de decepar um pedaço da pele da rola (não pássaro) de todos que tivessem
rola.
Entretanto, que motivo teria um escravo para
amar Deus, se Ele que tudo pode se mostrava adepto da escravidão, coisa que os
homens vieram a rejeitar por sua crueldade?
De Gênesis, 18; a 18; 33, temos os seguintes
acontecimentos bizarros: Encontrando-se Abraão curtindo uma preguiça sob um sol
escaldante, na porta de sua tenda, quando lhe aparecem Deus e dois anjos
acompanhantes. Ao notá-los, Abraão de novo enfiou a cara no chão, levantou em
seguida e trouxa água para que lavassem os pés. Naquela região esturricada, mas
da qual se dizia emanar leite e mel, água era tão rara que só se lavava os pés.
Nem mesmo Deus tinha direito a um banho reconfortador. Em seguida, correu
Abraão para sua mulher e lhe pediu, ou melhor, ordenou, porque naquela época
mulher era submissa ao marido, que fizesse depressa pães assados ao borralho
com três medidas de flor de farinha. Tomou um novilho tenro e bom, ordenando ao
criado que o preparasse. Tomou, ainda, coalhada e leite, serviu tudo isso a
Deus e aos dois anjos que, pelo tanto de comida, deviam estar esfomeados e
comeram. Se for dito aos empoados religiosos a caminho das igrejas que Deus
como carne, pão, leite e coalhada, eles dirão que a biblia não pode ser
encarada por partes isoladas e aquele que assim fala está blasfemando e
possuído pelo satanás. Mas, que está escrito lá que Deus e os anjos comeram,
isso está. Não creio que alguém possa explicar como se faz Sua digestão.
De barrigas cheias, foi perguntado a Abraão
onde se encontrava sua mulher, que a estas alturas já era Sara em vez de Sarai,
respondendo Abraão que ela estava lá dentro da tenda. Realmente lá estava ela
escutando a conversa. Tanto Abraão como Sara foram surpreendidos com a notícia
dada não se sabe se por Deus ou se por um dos anjos de que Sara ia parir um
filho. Como ela era estéril e já nem menstruava mais, achou engraçado aquele
papo e foi repreendida porque tanto Deus como os anjos sabiam que ela tinha se
rido, embora não soubessem onde ela se encontrava ao perguntar por ela.
De pés lavados e barrigas abastecidas, foram guiados
por Abraão em direção a Sodoma, embora Deus tudo soubesse, precisou ser guiado.
Disse Deus, quando bastaria pensar, que ocultaria de Abraão suas intenções.
Também disse que desceria, quando já estava no chão, e veria se era verdade o
que se dizia da devassidão de Sodoma e Gomorra, declarando que só saberia
depois de ver. Desconfiado de que Deus ia destruir Sodoma e Gomorra, Abraão
tentou mostrar a Deus a injustiça que era matar o não pecador por causa do
pecador, mas ficou sem resposta. É preciso arranjar outro saco emprestado para
aquentar tanta bestagem. Por enquanto, Inté.
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