quarta-feira, 17 de junho de 2015

ARENGA 125

               Quando a imprensa noticiava o rigor com que foi punido um ladrão chinês do dinheiro público lá da China, o assunto levou nossos corruptos a dizer que lá se pune com rigor por não ser uma democracia, o que levou o jornalista Ricardo Boechat a se referir sobre o assunto no seu modo contundente e sem meias palavras a dizer que tal comentaria correspondia à desmoralização da democracia. Realmente a afirmação do corrupto só confirma a desmoralização de um sistema político tido como melhor apenas por não haver outro pior. A democracia é cantada em prosa e verso pelos administradores públicos por inverter a posição deles de empregados para senhores de escravo. Na democracia, a vida dos administradores públicos nos palácios é ainda mais faustosa do que que a vida dos senhores de escravos Casas Grandes, e a vida nas senzalas contava pelo menos com cuidados à saúde dos escravos para que eles pudessem trabalhar, coisa que a senzala humana moderna nem isso tem. Até mesmo o faz de conta do “respeito à opinião pública” já não precisa existir nem mesmo no faz de conta porque os administradores públicos sentem-se tão seguros em sua pose de donos do poder que bradam na tampa do nariz do populacho não lhes interessar sua opinião. Um batalhão de papagaios de microfone, verdadeiros macacos de auditório, leva à massa humana repugnante a convicção de estar certo o consumismo, o que está errado, e estar errado o que está certo como Reforma Agrária.
Não há mais no mundo espaço para as grandes fortunas permitidas e até estimuladas pela democracia, cuja busca resulta num frenesi alucinado onde uns morrem e outros matam para tomar as coisas uns dos outros a fim de ser atendida a necessidade desnecessária de ser rico, comportamento antissocial e perigoso porque os necessitados, malta ignorante de bichos festeiros, terminará por cansar e desistir desse negócio de “Deus proverá” e repetir os trágicos acontecimentos que têm a guilhotina como símbolo maior. Em virtude da pouca quantidade de bichos humanos a demandar subsistência, no passado, ter riqueza podia ser considerado fato de menor importância social como acontecia com o personagem Santos do Grande Mestre do Saber Machado de Assis, arquitetando planos e mais planos para que seu filho viesse a ser riquíssimo. Atualmente, porém, com mais de sete bilhões de enchedores de latrinas não mais se pode cogitar de grandes fortunas. Inté.

 
 


 

 

 

 

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