sábado, 13 de junho de 2015

ARENGA 124

               1 – Sobre flanelinha cobrar até setenta reais por vaga, um papagaio de microfone esbravejava ser necessário mostrar a estes moleques que não é tão fácil assim tomar dinheiro das pessoas.

2 – No ano de 198l, algumas crianças disseram ter visto a Virgem Maria em determinada cidade, e, em função disto, a notícia dá conta de que pessoas aos montes acorreram para lá, o que se transformou em fonte de renda.
3 – Atacante do Bahia anuncia namoro com musa do Vitória e gera polêmica.
4 – Quem é mais famoso: Deus ou Luciano Huck?
5 – Que alimentamos, quando nos alimentamos?
Nestas manifestações da imprensa está a verdade revelada na afirmação dos Grandes Mestres do Saber de ser a ignorância a causa dos males do mundo. Não dá para quem não seja completo imbecil conviver em harmonia espiritual com seres mentalmente tão inferiores como os que formam uma sociedade envolvida na irrelevância e falta de coerência destes assuntos. A sociedade humana veio esbarrar num imenso impasse que a levará ao nada. A História mostra que os seres humanos têm necessidade de serem conduzidos como bois. É realmente de manada o comportamento da massa bruta de povo sempre levada para as guerras como fez Alexandre ou para a religiosidade como fez Moisés. Como das guerras resultam sofrimentos e da religiosidade resultam conformismo e submissão, são ambas orientações desinteligentes. Os líderes guerreiros eram movidos pela ambição. Os líderes religiosos, ainda que visando bons propósitos em função da brutalidade mental do povo, foram obrigados a recorrer ao medo do poder de uma força tão superior que foi capaz de criar o universo, portanto, uma liderança baseada no ludíbrio. É daí que vem a impossibilidade de qualquer grupo humano em qualquer lugar do mundo se dar bem enquanto permanecer nesse estado mental rasteiro, incapaz de sábias decisões coletivas uma vez que as lideranças o tem levado por caminhos tão errados que o resultado é o estado lamentável em que se encontram os seres humanos convencidos de que para se viver é necessário destruir os recursos naturais de que depende a vida. Como disse quem sabe o que diz, os males do mundo provêm exclusivamente da ignorância. Na chegada à Cidade de Itambé, aqui na Bahia, há uma estátua do santo protetor dos motoristas ostentando os dizeres: “buzine três vezes e siga”. No Rio Grande do Sul, um grupo aspergia água e orações em pés de milho para fazer chover. Na Cidade São Paulo, imensa multidão se põe a correr e aspirar veneno numa disputa estúpida para ver quem corre mais. Na Inglaterra, homens se submetem a processos que os levem a sentir as dores do parto. Nos Estados Unidos, multidões se reúnem para receber Jesus Cristo. Lá na região onde teria nascido Cristo, bombas são despejadas sobre crianças e jovens cepam fora a cabeça de outros jovens para agradar a Deus. Na Índia, as vacas representam divindades e o povo entra num rio imundo em busca de saúde. Na Espanha, apesar de terem os espanhóis substituído pessoas por bois, o povo ainda se diverte com espetáculos onde um gladiador tortura bois. Em todo o mundo serve de diversão espetáculos bárbaros de socos e pontapés entre dois lutadores. Disto se deduz a realidade da constatação de que tudo depende da superação da ignorância, o que não será possível sem a convicção generalizada da necessidade de superá-la vez ser ela, a ignorância, o principal objetivo dos condutores dos grupos humanos apegados à falsa necessidade de riqueza e poder, no que são beneficiados com a invenção da vantagem de ser infeliz aqui para ser recompensado quando estiver junto a Deus.
A falsa orientação seguida pela humanidade é facilmente percebida ao se observar a existência de multidões de necessitados ao lado fabulosos palácios onde vivem políticos uma vida regalada e não menos fabulosos palácios onde vivem líderes religiosos tão inúteis quanto os líderes políticos. O que falta mesmo é lucidez para perceber estar tudo errado. O jovem Luciano Huck não tem motivo para ser famoso e a coisa mais fácil no mundo é tomar dinheiro das outras pessoas porque se não fosse não haveria montanhas de dinheiro nos infernos fiscais tomadas das outras pessoas. Inté.
 
 


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