segunda-feira, 22 de junho de 2015

ARENGA 129


Na vida, tudo que se faz é ao contrário de como devia ser feito. Esse negócio de casar com mulher “gostosona”, por exemplo, em vez de ser só desfrute, não é lá toda essa belezura como se acredita ser. Não deve ser motivo de orgulho para quem firmou um contrato de exclusividade sexual com uma dessas garotas com as quais não se pode evitar desejar intimidades por ter a impressão muitas vezes falha de que seria algo maravilhoso.   Quem frequenta boteco entende muito mais da vida do que os paspalhos tipo “nunca bebi” “nunca fumei”. Uma coisa que ouvi num boteco dá a medida exata da situação de quem se casa com “gostosona”. Existe muito mais sabedoria nesta frase aparentemente boba do que em todos os livros bem encadernados e metidos a dar orientações sobre a vida, principalmente no que diz respeito à vida de casal. A frase é a seguinte: MULHER GOSTOSONA E MELANCIA GRANDE, NEM UMA E NEM OUTRA DÁ PARA UM CARA COMER SOZINHO. É justamente aqui onde está o motivo de ser mais vantagem assinar o contrato com mulher sem atrativos exageradamente exuberantes.  Os caras das mulheres gostosonas, independentemente de suas vontades, logo recebem um Romãozinho insinuando ao pobre coitado, coisas do arco da velha. Aí o cara começa a pensar se aquela festona da noite não teve uma preliminar. Enquanto isso, no cara da mulher normal, esse tipo de ansiedade geralmente é bem menor, e muitas vezes inexistente. A mulher normal, embora ela nem saiba disso, guarda no íntimo do seu íntimo, uma espécie de gratidão por ter sido escolhida, e isto faz muito bem. Se não evita algum cacete, favorece a normalidade. Além disso, na maioria das vezes foi preciso dar uma mãozinha à natureza a fim de completar a exuberância, de modo que de repente o sujeito tá com um peito exuberante na mão, mas com uma bolota de silicone dentro, o que nunca é a mesma coisa de ter na mão um peito só peito. Nenão? Inté.

 

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