A companhia
do povo é tão desagradável que dá vontade de pular do décimo andar ou entrar
debaixo de uma carreta. Mas essa vontade passa logo. É que além do medo, há o
consolo de haver gente entre o povo. O jornalista de quem eu gostaria de ser
parente, Alex Ferraz, nos lembra uma coisa que dá muito o que pensar. É uma
conclusão a que chegou o Mestre do Saber Oscar Wilde, estigmatizado por ser
homossexual, o que hoje é motivo de orgulho como se deduz da exposição pública
da homossexualidade por quem a tem. Os caminhos sinuosos por onde nos leva a
vida não podem ser evitados e é por isso que ora estamos assim, ora estamos
assados. A única coisa que permanece do mesmo jeito como sempre foi é a
estupidez. Impedir o desaparecimento e o surgimento de velhos e novos costumes
sociais é tão impossível quanto viver sem oxigênio. O reboliço decorrente da
interação dos componentes da sociedade faz explodir qualquer recipiente em que
seja enclausurado. É verdade que absolutamente nenhuma mudança trouxe benefício
social coletivo, o que se deve ao fato de não ter sido ela feita com esta
finalidade. Aí está a badalada reforma política há vinte anos falada. Em que
beneficia o povo o fato de o sujeito poder começar a desfrutar do erário aos
dezenove ou vinte anos em vez dos vinte e um antes exigidos? Esta e mais duas
ou três palhaçadas é em que resultou a reforma política. É próprio de quem é
povo participar da vida social apenas com encargos, sem nenhuma participação
fora de fornecer os recursos que são gastos de modo completamente diferente de
sua finalidade. Não pode haver para o povo definição mais completa do que
manada. A quantidade de dinheiro que o povo entrega ao governo para jogar fora seria
suficiente para organizar uma sociedade livre do medo que acomete os bichos
frequentadores de igrejas, campos de futebola e a prostituição do mundo das
“celebridades” e dos “famosos”, palavras modernas para a profissão dita mais
antiga do mundo e que atrai rufiões do mundo todo em busca da putaria que toma
conta desta terra das bundas e peitos artificialmente avantajados à mostra, o
que de certa forma tem suas vantagens inconfessáveis, mas muito ruim em termos
de civilização e sociedade harmoniosa. Constatada a inevitabilidade das
mudanças, cumpre cuidar para que se mude sempre para posição melhor que a
anterior. O que se vê, entretanto, é exatamente o contrário. A manada muda
sempre para o pior. Peço licença para o velho chavão de “no meu tempo...” mas a
lembrança de dois soldados levando um preso com a metade da cabeça raspada e
fustigando o pobre infeliz vez em quando com a brasa do cigarro causou comoção
não só no menino que eu era e nos demais da casa, mas também em toda a
vizinhança. Entristece a constatação de ter sido trocado aquele sentimento de
solidariedade humana pelo regozijo com que hoje os espécimes de povo que
representam o povo celebraram a aprovação de lei que torna legal aplicar às
crianças o mesmo tratamento que os dois soldados aplicavam no infeliz ladrão. O
povo jamais terá capacidade de perceber o papelão de asno que faz ao deixar aos
cuidados de ladrões comprovados a riqueza de cuidar de todos, resultando desse
comportamento burro a formação de riquezas privadas retiradas do dinheiro de
evitar a choradeira no corredor do hospital.
A existência de oásis de sabedoria no deserto da burrice evita pular da janela ou entrar debaixo da carreta. A frase mencionada lá em cima e lembrada por Alex Ferraz do jornal Tribuna da Bahia, faz lembrar que no mundo não há só bichos. "Chamamos de Ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de Caráter". É esta a frase em questão, mas a conclusão a que se chega ao pensar sobre ela traz de volta a vontade de pular da janela ou entrar debaixo da carreta porque deixa ver nossa situação miserável de não termos nem ética nem caráter. As coisas que os brasileiros fazem mesmo quando todos estão olhando são coisas indignas. A desmoralização, falta de pudor, vergonha, sensibilidade, instinto de rato, tudo aqui nessa terra de manada é contrario à ética e a favor de um povo tão safado que rouba até a Cruz Vermelha. Quanto ao caráter, então, seria de rir se não fosse a tristeza de contatar a qualidade do caráter desse povinho desprezível para quem ator de filme pornográfico é “celebridade” e o doutor Sergio Moro é um desconhecido. É pena que o décimo andar é muito alto e a carreta, muito pesada. Inté.
A existência de oásis de sabedoria no deserto da burrice evita pular da janela ou entrar debaixo da carreta. A frase mencionada lá em cima e lembrada por Alex Ferraz do jornal Tribuna da Bahia, faz lembrar que no mundo não há só bichos. "Chamamos de Ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de Caráter". É esta a frase em questão, mas a conclusão a que se chega ao pensar sobre ela traz de volta a vontade de pular da janela ou entrar debaixo da carreta porque deixa ver nossa situação miserável de não termos nem ética nem caráter. As coisas que os brasileiros fazem mesmo quando todos estão olhando são coisas indignas. A desmoralização, falta de pudor, vergonha, sensibilidade, instinto de rato, tudo aqui nessa terra de manada é contrario à ética e a favor de um povo tão safado que rouba até a Cruz Vermelha. Quanto ao caráter, então, seria de rir se não fosse a tristeza de contatar a qualidade do caráter desse povinho desprezível para quem ator de filme pornográfico é “celebridade” e o doutor Sergio Moro é um desconhecido. É pena que o décimo andar é muito alto e a carreta, muito pesada. Inté.
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