domingo, 21 de maio de 2017

ARENGA 422


Na página 68 do livro Os Fundamentos do Direito, Editora Martin Claret, o filósofo Léon Duguit observa que mediante o voto criaram-se parlamentos contra o despotismo dos reis, vindo depois o indivíduo a cair no despotismo dos parlamentos. Observando o modo como se comporta o povo através da história da humanidade chega-se à conclusão de se tratar de seres tão espiritualmente insignificantes que não merecem outro destino no mundo que não o de levar ferro a torto e a direito. Trata-se de seres tão extravagantes que consideram como seus expoentes máximos aquelas pessoas cujos únicos méritos se resumem na capacidade de matar e destruir, ou aquelas cujos únicos méritos se resumem na capacidade de promover brincadeiras, enquanto que a arte de viver, como nos ensinaram os filósofos, exige necessidade das ponderações, meditações e conclusões sobre a melhor maneira de se comportar durante a viagem curta que vai do nascimento à morte. Isto quer dizer que demanda uso da inteligência e seriedade. As brincadeiras são folguedos que embora indispensáveis à vida, devem restringir-se apenas aos momentos de intervalo entre os de ponderações mentais elevadas a fim de descansar a cuca. Nunca, em tempo algum, devem as brincadeiras ser consideradas como atividade principal como as consideram os seres humanos a ponto de transformar seus promotores em pessoas merecedoras de fama, celebridade e riqueza. É este desvio de finalidade da atividade de viver que dá origem ao triste e infeliz destino do ser humano que nem mesmo sabe que é infeliz.

No que diz respeito à espécie mais indigna entre os indignos seres humanos, os brasileiros, estão estes fadados a carregar no lombo desde o berço e para sempre o peso morto de parasitas sociais. Esfolados nos primeiros tempos de cortar Pau-Brasil para carregar caravelas, de lá para cá vem tendo o rabo fustigado por todos os tipos de governos nacionais e estrangeiros. Para fechar com chave de ouro a infelicidade deste povinho de merda, fala-se agora num governo encabeçado por HENRIQUE MEIRELES, representante da classe antissocial dos banqueiros cuja perversidade contra o povo não tem limite. Na “prosa” anterior, vimos que a história mostra a sacanagem que os banqueiros faziam com os pobres de espírito que formam a massa bruta de povo, recebendo comissão dos chefes religiosos tão socialmente criminosos quanto os banqueiros para enganar aqueles infelizes vendendo-lhes passagens para o céu. Crimes contra a sociedade de tal monta só existe no comportamento dos advogados milionários à custa de vender imagem honesta de salafrários que roubando o erário deturpam tanto o ambiente social que dão origem à morte de milhares de pessoas, principalmente crianças. O destino deste povinho escória da humanidade parece mesmo ter sido traçado por Satanás porque outro nome cogitado para presidir esta república de banana é LUCIANO HUCK, representante de uma categoria constituída de analfabetos políticos e de tudo o mais, verdadeiros palhaços que se sentem realmente importantes por terem sido transformados em famosos e celebridades de araque, marionetes cujos cordão são manejados pelos fomentadores do pão e circo, cuja única finalidade é esconder a verdade como fazem todos aqueles que têm algo a esconder, realidade que pode ser constatada na necessidade de se proibir um simples comentário a uma noticia no jornal como aconteceu com meu comentário à matéria da jornalista Mônica Bergamo no jornal Folha de São Paulo, intitulada STF PODE EVITAR QUE LULA SEJA PRESO DEPOIS DE CONDENAÇÃO EM 2ª INSTÂNCIA. Caso alguém encontre alguma mentira no meu comentário, que levante a mão: “O STF é o órgão máximo da justiça. A justiça aplica a lei. A lei é feita para proteger bandidos. Não podia ser diferente.” Foi o que comentei sobre a notícia de ser o STF contra a prisão de Lula. Por que, então, precisa ser cortado? Caso a lei não protegesse bandidos, estariam impunes os políticos, na verdade criminosos muitas vezes mais danosos à sociedade do que os infelizes que abarrotam os presídios? Pode-se encontrar outra finalidade no instituto criado pela lei, chamado PRESCRIÇÃO, senão a postergação do julgamento de crimes praticados pelos bandidos de gravata até que decorra o tempo necessário para que se vejam isentos da acusação, cujo exemplo maior é Paulo Maluf? Entretanto, apesar da mais transparente verdade, precisa ser escondida. Enquanto isto, no mesmo jornal Folha de São Paulo há uma coluna voltada para assuntos relacionados com cachorrinhos e gatinhos de madame. Cadê que ninguém se preocupa com as criancinhas, do mesmo modo como se preocupa com ricos empresários como demonstra a notícia de que o banqueiro Henrique Meireles busca acalmar investidores sobre consequências de delações? É por estas e outras do mesmo tipo que a vida não pode se deixar enrolar pelo pão e circo, como nos ensinam os filósofos. Portanto, juventude aparvalhada, que nem sequer sabe que um dia será julgada por seus descendentes, para merecer a estima e o respeito deles coloque a vivacidade própria dos jovens no lugar da estupidez a que foram vocês reduzidos pelo pão e circo. A única fé que merece realmente fé é a fé na razão. Não há mais lugar no mundo para o pensamento do religioso Santo Agostinho propondo que se dê maior ênfase à fé (religiosa) do que à razão. Inté.

 

 

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