segunda-feira, 10 de julho de 2017

ARENGA 434


 

Ante a falência deste governo de banqueiros, Renan Calheiros afirma que a solução pode ser assumir a presidência da república o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, mais um que integra o universo dos politiqueiros a irem para a cadeia no caso de virem todos aqueles que têm filhos a superar o fetiche do pão e circo e se ligar na obrigação cívica de emparedar com os bravos jovens da Lava Jato que lutam uma luta que deveria ser lutada por aqueles pais indiferentes ao futuro dos filhos. É em defesa destes filhos cujos pais estão menos preocupados com seu futuro do que com o resultado do exame de urina do jogador de futebola que os jovens da Lava Jato estão de olho no senhor Renan Calheiros que propõe entregar os destinos do país ao filho de outro politiqueiro a ser alcançado pela Lava Jato, Cesar Maia, sobre quem a imprensa dá a seguinte notícia: A Justiça do Rio decidiu manter a condenação do ex-prefeito do Rio Cesar Maia e da Fundação Solomon R. Guggenheim que determina o ressarcimento aos cofres públicos do município de US$ 2 milhões (mais de R$ 7,4 milhões). Será realmente esta a sorte deste país de grandes belezas e que também tinha grandes riquezas naturais antes de serem surrupiadas pelos governos de povos que se dizem civilizados, mas que são tão incivilizados e ignorantes que ao nos chamar de macacos estão, na verdade, nos chamando de seus pais, atitude com a qual desqualificam a nobreza da honra de suas senhoras mães? O “jeito” para o Brasil proposto pelo senhor Calheiros é um jeito de preservar as malandragens da falta de ética e decoro da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar uma vez que o próprio senhor Calheiros usou o dinheiro do leite das crianças pobres para alimentar uma filha sua, segundo a imprensa.

A propósito da aproximação do sentido de “jeito” e “cura”, ao depararem estes meus olhos de oitenta e um anos em torno dos quais digladiam as mulheres que o acham verdes contra as que os preferem azuis com um livro chamado O BRASIL TEM CURA, escrito pela bela jornalista Rachel Sheherazade, saltaram deles chispas não sei se verdes ou azuis, provocadas não apenas por um livro sugerindo cura para os males do Brasil, mas, e principalmente por ser escrito por uma funcionária de Silvio Santos, um dos promotores desses males não só como peça do pão e circo, mas também por estar envolvido nas falcatruas do Banco Panamericano, também conforme a imprensa. Por que, então, haveria de se arriscar a perder seu ótimo emprego a bela jornalista e apresentadora na televisão do senhor Silvio Santos, se emprego está tão raro, propondo curar o Brasil dos males que nutrem a fortuna do seu patrão? Fiquei naquela de por que comprar, por que não comprar? Comprei. Comprei e constatei tratar-se de mais um converseiro daqueles que saem do nada e levam a lugar nenhum. Na página 36 lê-se: “Incansável, o brasileiro vem tentando combater os erros mediante a multiplicação das virtudes. Como bom semeador, tem esperança de encontrar um solo fértil, onde as ideias, os valores e as boas ações inspirem, cresçam, prosperem e se multipliquem”. Alguém é capaz de encontrar um só brasileiro portador de tão nobres características? Nem mesmo em povo algum do mundo elas existem porque nem os “civilizados” as têm como prova o estado de beligerância que inferniza a humanidade. Então, não é de supor venha a tê-las um povo que merece a descrição feita pela própria escritora na página 37, reconhecendo nossa inferioridade da forma que se segue: “Somado aos problemas reais, cuja solução adiamos “ad aeternum”, está nosso complexo de vira-lata, termo cunhado pelo perspicaz dramaturgo Nelson Rodrigues e que designa nossa baixíssima autoestima. Ele afirmava que “o brasileiro é um Narciso às avessas, que cospe na própria imagem”. E por que isso ocorre? Porque nossa autoimagem é extremamente negativa”.

Se o brasileiro cultivasse a virtude, como afirma a bela jornalista, não cuspiria na própria imagem, como afirma o dramaturgo cujas observações correspondem fielmente à personalidade do brasileiro, povo no qual o instinto de rato é mais forte do que no próprio rato e a pusilanimidade é bastante para fazê-lo orgulhoso em servir de capacho para as botas sujas dos gringos cavadores de riqueza como mostram os aviões abarrotados de idiotas deslumbrados com o American Way of Life levando economias para as compras em Me Ame. Inté.

 

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