Ante a
falência deste governo de banqueiros, Renan Calheiros afirma que a solução pode
ser assumir a presidência da república o presidente da Câmara dos Deputados
Rodrigo Maia, mais um que integra o universo dos politiqueiros a irem para a
cadeia no caso de virem todos aqueles que têm filhos a superar o fetiche do pão
e circo e se ligar na obrigação cívica de emparedar com os bravos jovens da
Lava Jato que lutam uma luta que deveria ser lutada por aqueles pais
indiferentes ao futuro dos filhos. É em defesa destes filhos cujos pais estão
menos preocupados com seu futuro do que com o resultado do exame de urina do
jogador de futebola que os jovens da Lava Jato estão de olho no senhor Renan
Calheiros que propõe entregar os destinos do país ao filho de outro politiqueiro
a ser alcançado pela Lava Jato, Cesar Maia, sobre quem a imprensa dá a seguinte
notícia: A Justiça do Rio decidiu manter
a condenação do ex-prefeito do Rio Cesar Maia e da Fundação Solomon R.
Guggenheim que determina o ressarcimento aos cofres públicos do município de
US$ 2 milhões (mais de R$ 7,4 milhões). Será realmente esta a sorte deste
país de grandes belezas e que também tinha grandes riquezas naturais antes de
serem surrupiadas pelos governos de povos que se dizem civilizados, mas que são
tão incivilizados e ignorantes que ao nos chamar de macacos estão, na verdade, nos
chamando de seus pais, atitude com a qual desqualificam a nobreza da honra de
suas senhoras mães? O “jeito” para o Brasil proposto pelo senhor Calheiros é um
jeito de preservar as malandragens da falta de ética e decoro da Comissão de
Ética e Decoro Parlamentar uma vez que o próprio senhor Calheiros usou o
dinheiro do leite das crianças pobres para alimentar uma filha sua, segundo a
imprensa.
A propósito
da aproximação do sentido de “jeito” e “cura”, ao depararem estes meus olhos de
oitenta e um anos em torno dos quais digladiam as mulheres que o acham verdes
contra as que os preferem azuis com um livro chamado O BRASIL TEM CURA, escrito
pela bela jornalista Rachel Sheherazade, saltaram deles chispas não sei se
verdes ou azuis, provocadas não apenas por um livro sugerindo cura para os
males do Brasil, mas, e principalmente por ser escrito por uma funcionária de
Silvio Santos, um dos promotores desses males não só como peça do pão e circo,
mas também por estar envolvido nas falcatruas do Banco Panamericano, também
conforme a imprensa. Por que, então, haveria de se arriscar a perder seu ótimo
emprego a bela jornalista e apresentadora na televisão do senhor Silvio Santos,
se emprego está tão raro, propondo curar o Brasil dos males que nutrem a
fortuna do seu patrão? Fiquei naquela de por que comprar, por que não comprar?
Comprei. Comprei e constatei tratar-se de mais um converseiro daqueles que saem
do nada e levam a lugar nenhum. Na página 36 lê-se: “Incansável, o brasileiro vem tentando combater os erros mediante a
multiplicação das virtudes. Como bom semeador, tem esperança de encontrar um
solo fértil, onde as ideias, os valores e as boas ações inspirem, cresçam,
prosperem e se multipliquem”. Alguém é capaz de encontrar um só brasileiro
portador de tão nobres características? Nem mesmo em povo algum do mundo elas
existem porque nem os “civilizados” as têm como prova o estado de beligerância
que inferniza a humanidade. Então, não é de supor venha a tê-las um povo que
merece a descrição feita pela própria escritora na página 37, reconhecendo
nossa inferioridade da forma que se segue: “Somado
aos problemas reais, cuja solução adiamos “ad aeternum”, está nosso complexo de
vira-lata, termo cunhado pelo perspicaz dramaturgo Nelson Rodrigues e que
designa nossa baixíssima autoestima. Ele afirmava que “o brasileiro é um
Narciso às avessas, que cospe na própria imagem”. E por que isso ocorre? Porque
nossa autoimagem é extremamente negativa”.
Se o
brasileiro cultivasse a virtude, como afirma a bela jornalista, não cuspiria na
própria imagem, como afirma o dramaturgo cujas observações correspondem
fielmente à personalidade do brasileiro, povo no qual o instinto de rato é mais
forte do que no próprio rato e a pusilanimidade é bastante para fazê-lo
orgulhoso em servir de capacho para as botas sujas dos gringos cavadores de
riqueza como mostram os aviões abarrotados de idiotas deslumbrados com o
American Way of Life levando economias para as compras em Me Ame. Inté.
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